Imaginemos que um qualquer
assistente operacional de uma impositiva Direção de Finanças, decerto desaustinado
com a parte mais chata da porca vida, decidiria enviar fiscais à caça dos
pequenos devedores ao fisco. Poderia ter enviado os fiscais para zonas ricas
detendo os grandes devedores ao fisco e às instituições bancárias,
penhorando-lhe as mansões, mas poderia lixar-se e às tantas seria despromovido,
passando para assistente operacional do refugo.
A situação,
qualificada de excessiva, seria glosada por tudo quanto é comentador, humorista.
Imaginemos mais ainda, que uma estagiária, dir-se-ia que pelo facto do namorado
a ter deixado, se preparava para enviar os fiscais a deter os casamentos, quiçá
penhorando as alianças e o véu da noiva. No caso das festas populares seriam penhorados
os frangos assados. No caso dos funerais seriam apreendidas as urnas.
Dir-se-ia que os
partidos (ainda) não contestariam estas ações porque se encontrariam de
férias. Até Setembro.
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