domingo, junho 02, 2019

Imaginemos o rescaldo da semanada no Portugal que (não) temos

                                                                         pensador.com

   Imaginemos que um qualquer assistente operacional de uma impositiva Direção de Finanças, decerto desaustinado com a parte mais chata da porca vida, decidiria enviar fiscais à caça dos pequenos devedores ao fisco. Poderia ter enviado os fiscais para zonas ricas detendo os grandes devedores ao fisco e às instituições bancárias, penhorando-lhe as mansões, mas poderia lixar-se e às tantas seria despromovido, passando para assistente operacional do refugo.  
   A situação, qualificada de excessiva, seria glosada por tudo quanto é comentador, humorista. Imaginemos mais ainda, que uma estagiária, dir-se-ia que pelo facto do namorado a ter deixado, se preparava para enviar os fiscais a deter os casamentos, quiçá penhorando as alianças e o véu da noiva. No caso das festas populares seriam penhorados os frangos assados. No caso dos funerais seriam apreendidas as urnas.
     Dir-se-ia que os partidos (ainda) não contestariam estas ações porque se encontrariam de férias. Até Setembro.

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