Hoje, segunda-feira, celebra-se o Dia da
Terra. O número de animais terrestres e marinhos teve uma queda de 40% desde
1970, revela a associação ambientalista ZERO. Revela também que 40% das 11 mil
espécies de aves estão em declínio, e que as populações animais nos
ecossistemas de água doce reduziram-se em 75% desde 1970, o mesmo acontecendo
em algumas regiões do mundo com as populações de insetos. E ainda que 25% dos
recifes de coral já sofreram danos irreversíveis e 75% estão em risco de
stresse às escalas local e global.
Estima-se que os seres humanos tenham um
impacto relevante em 83% da superfície da Terra, o que afetou muitos
ecossistemas e áreas em que as espécies selvagens existiam e prosperavam.
Especificamente
quanto a Portugal, a ZERO sublinha que embora esteja em curso um investimento
sem precedentes "na eleboração ou revisão das listas e livros vermelhos
para os vertebrados, invertebrados e para a flora, a verdade é que continuamos
com limitações para efetuar a avaliação rigorosa do grau de ameaça que pende
sobre as diversas espécies protegidas".
Por
outro lado, Portugal continua sem uma cartografia dos habitats naturais e
seminaturais "que possibilite a criação das zonas especiais de
conservação", registando-se um atraso de mais de dez anos na elaboração de
Planos de Gestão, o que leva "a uma situação de incumprimento generalizado
dos compromissos assumidos pela União Europeia". E continuamos "com
uma política pública sem objetivos estabelecidos para a conservação das espécies".
Perante tudo o que foi dito não será mais correto apelidar este como o Dia de Destruição da Terra (DDT) ou Dia do Declínio da Terra (DDT)?
Sem comentários:
Enviar um comentário