Como que a pretexto do apontamento deste blogue sobre o calhandro lisboeta, vaso por onde despejavam as imundices caseiras, coisa de 1701, ficando a calhandreira quem despejava os resíduos, o jornal “Público” de hoje publicou um texto, da autoria de Filipa Almeida Mendes, onde refere que uma pessoa gasta, em média, 52 minutos por dia a coscuvilhar e a coscuvilhice pode ajudar à coesão social, concluiu recentemente um estudo científico. Mais ainda, coscuvilha-se a partir dos 5 anos.
Sendo
assim, vamos a hipóteses e sugestões:
- Calhandramos ou concuvilhamos porque alivia o stress,
ou a vesícula ou a coesão de seja lá do que for.
- Calhandramos porque vale mais coscuvilhar a
vida dos outros que ignorá-los.
- Coscuvilhamos porque temos a grande capacidade
de observar os defeitos, normalmente as miudezas caseiras dos outros.
- Calhandramos porque os outros são todos egoístas,
forretas, miudinhos, desequilibrados.
- Calhandramos porque isso já nos está na massa
do sangue desde que foram engendrado os calhandros (vasos para despejar as porcarias),
em 1701.
Por curiosidade,
recorda-se que na visita da rainha a Tomar em 1844, a câmara definiu uma multa a
quem despejasse os resíduos de casa para a rua sem gritar três vezes “Água vai”.
Água, como quem diz ...
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