''Toda a gente diz há muito que o actual modelo de campanha eleitoral está ultrapassado'', diz o historiador Pacheco Pereira no seu ''Espaço Público'' no jornal ''Público'', no passado sábado.
Vejamos por cá. As campanhas autárquicas regem-se pela saga, pelo menos dos candidatos dos partidos putativamente ganhadores (PS e PSD), a percorrerem as festas populares, devorando frango assado à mesa dos arraiais. Percorrem as festas das aldeias a fim de serem vistos, povo festeiro o candidato do nosso partido está contigo (pelo menos no comer frango assado à unha). Nas campanhas legislativas predomina as distribuições de panfletos no mercado das sextas. O PCP nunca falha. A rotina só é quebrada em caso de visita do líder nacional, com lombo assado no forno, caso se realize o sempre ansiado jantar.
Diz Pacheco Pereira que os militantes partidários das estruturas ''Querem o líder para passear na sua terra, levá-lo a cumprimentar o senhor Francisco, comerciante que é muito ''amigo'' do partido, ou seja, ajuda a financiar as campanhas locais".
Por isso, dizemos nós, não se admire se um dia destes aparecerem por aí os líderes partidários a cumprimentarem o senhor Francisco, a dona Emília, o senhor António, a dona Maria.
Beijos e sorrisos. Se houver jantar é lombo assado no forno. Nada como ir afiando os dentes ... se ainda houver dentes eleitorais para isso.
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