Coluna de Opinião – Jornal “Tomar on Line”
AUTORIA: ALFREDO MARTINS GUEDES 20.09.2006
Não é de ontem, não é de hoje e cremos que sempre assim será. É verdade! Mesmo no futuro não deixarão de existir entre nós aquelas caricatas venerandas figuras, que o nosso épico então designou de “Velhos-do-Restelo”. Como se sabe, eram na época quinhentista aquelas pessoas que nada fazendo em proveito do seu país, passavam o tempo na Ribeira-das-Naus a infernizar a vida de quem queria quebrar as amarras que os prendia a este pequeno rectângulo, pretendendo conhecer outros mundos e outras gentes, aventurando-se por “mares ignotos nunca dantes navegados”!
Não vimos agora às páginas deste ilustre Jornal falar desses tempos de Camões - (que seria uma longa história) -, mas sim, para reflectir apenas um pouco sobre o presente: - Quem como nós há tantos anos conhece a cidade de Tomar, não deixa de reconhecer que, independentemente de se tratar duma cidade muito cativante – quer pela lhaneza de acolhimento das suas gentes, quer pela sua viçosa moldura verde e rica monumentalidade -, também não pode ficar indiferente às significativas mudanças que ultimamente nela se vêm operando, mormente no tocante às questões patrimoniais, ambientais e paisagísticas, sinal evidente que existe aqui boa gente que com ela se preocupa. É gente que a quer empurrar por bons e saudáveis caminhos, e a pretende posicionar na linha da frente, rumo ao futuro.
Infelizmente, como acima se disse, os tais “Velhos-do-Restelo” não acabaram. Lendo os jornais locais, logo sabemos que eles estão por aqui. Como até agora pouco ou mesmo nada fizeram em benefício da terra que habitam, apesar de alguns deles terem sido anteriormente responsáveis pela sua governação, aparecem-nos, de quando em vez, em bicos-de-pés – ( para não tombarem no esquecimento) -, a denegrir a obra por outros aqui levantada. Surgem-nos talvez até numa tentativa desesperada de justificarem o injustificável - ou seja: o seu anterior imobilismo! A juntar a estas vozes contestatárias que hoje como quem lava as mãos se dizem independentes?, não podemos ignorar, também, alguns outros críticos ditos esquerdistas que, julgando-se etimologicamente aparentados com Éolo (senhor dos ventos), procuram volta-e-meia provocar “tsunamis político/templários”, felizmente sem graves consequências. Na realidade, dado tais vozes provirem de alguém impulsionado por “cegueira” ou seguidismo político, essas tempestades acabam invariavelmente por se esvaziar de conteúdo, tal como acontece com um balão colorido entre as mãos de uma criança!
Dentro do respeito pelas normas da ética ontológica, qualquer cidadão tem o direito de criticar aquilo que lhe apetecer – (era o que faltava, se assim não fosse, em democracia!). Já o facto de esses críticos, dentro de um trabalho tão sério e global, não serem sequer capazes de encontrar uma pequena obra que lhes mereça uma elogiosa referência - (por mais leve que seja) -, leva a que o comum cidadão passe a desconfiar que não é crítica séria que se pretende fazer; mas, pelo contrário, exercer uma escrita de maldizer; de bota-abaixo ou, o que é ainda pior: fazer política de terra-queimada!
“As obras falam mais alto que as palavras”. É verdade, sim senhor! Quem quiser prová-lo, que venha verificar com os seus próprios olhos toda esta “revolução de veludo”, encetada na cidade Templária por António Paiva! Aqui a obra existe, não é quixotesca! Não é traduzida em moinhos-de-vento, nem castelos de areia! Não é de lindas palavra, nem de desenhos encaixotados na poeira dos tempos! É obra feita, de verdade, e solidamente implantada no terreno! Quem por cá circula facilmente constata esta realidade. Bastará passar pela baixa da cidade e deliciar-se com toda aquela renovação operada na magnífica e ímpar zona do Mouchão, ali mesmo, à beira-rio! Poderá verificar toda aquela nova extensão de verdura no parque infantil e à volta do estádio de futebol. Terá a oportunidade de usufruir de modernas circulações sobre o rio, com novos passadiços, e de todos aqueles melhoramentos efectuados no pavilhão polivalente e respectivo parque subterrâneo, cuja infra-estrutura Tomar há muito necessitava.
Basta reparar, também, no árduo trabalho de requalificação dos pavimentos de certos arruamentos da zona histórica; apreciar o esforço efectuado na conservação e reabilitação de alguns edifícios, cuidando das suas “velhas pedras”, dando-lhes utilidade pública, e fazendo também com que elas continuem a fazer parte da memória dos tomarenses e de quem os visita. Desprezível não é também o denodado trabalho até agora efectuado na parte alta da cidade. Aqui, resolveu António Paiva dar-lhe novas fronteiras. Rasgou-lhe “velhas cortinas” – tipo “muros-da-vergonha”, e abriu-lhe uma moderna e ampla avenida, acrescentando ao local nova centralidade e melhor qualidade ambiental!
Mas a renovação continua nas freguesias do concelho e um pouco por toda a cidade. Na zona envolvente com o Hospital, Instituto Politécnico e as novas piscinas, foram já atempadamente criadas as necessárias condições de expansão desta urbe, construindo ali novas e arejadas acessibilidades devidamente infra-estruturadas, com vista a responder de forma harmoniosa e saudável às solicitações que, no futuro, certamente irão ser impostas pelo seu respectivo crescimento demográfico!
Há defeitos a pôr? Concerteza que sim! Pois se mesmo os homens nunca foram 100% perfeitos, quem lhes pode exigir obra na inteira perfeição? Ainda não se requalificou o Mercado Municipal? O Flecheiro? Calma, lá virá o seu tempo. Também Roma e Pavia não se fizeram num dia!
O que é certo, e isso não será por acaso, pois não depende da “miopia” dos políticos locais, foi a gestão de António Paiva quem recentemente recebeu altos elogios e prémios de reconhecimento e excelência, concedidos por altas entidades nacionais e estrangeiras!
Não habitamos nesta linda cidade. Mas temos dela o suficiente conhecimento para poder dizer que ela está em boas mãos. É um facto que AntónioPaiva tem algumas características humanas que a muitos dos seus actuais opositores escasseiam. É inteligente, é politicamente respeitoso e respeitado, e, acima de tudo, é um homem corajoso. É daquela estirpe de autarcas que não se intimidam, nem se acomodam aos ditames do poder central; pois ele é dos poucos que, caso necessário, ruma mesmo até Lisboa e “abana” as portas do Terreiro-do-Paço!
Para finalizar este nosso raciocínio, ainda gostaríamos de dizer ao autarca tomarense: - Vá em frente e não se deixe adormecer ao dissonante som das “bolorentas” cítaras, ardilosamente tocadas por certos “Velhos-do-Restelo” citadino!
Falar é fácil...
22 comentários:
Com a devida vénia pergunta-se:
Quem é este cornista?
É um "novo de Tomar"?
Em que galáxia vive?
Quem lhe encomendou a prosa?
Aguardam-se as respostas para se poder comentar.
DO JUMENTO com a devida vénia:
"O Jumento sabe que José Sócrates já escolheu a iguaria gastronómica para a consoada na Residência Oficial de São Bento, não querendo fugir à tradição e aproveitando o facto de o peru já estar bem gordinho e querendo prestar uma homenagem a Cavaco Silva, o seu mais recente admirador, o prato vai ser "Peru à Palácio de Belém".
Trata-se de uma reinvenção de um prato que na Madeira é mais conhecido como Peru à Terceira República e a que alguns também chamam "Peru à Contenente", nos hotéis da Madeira também é servido como "Dindonneau Farci à Albertoô". O peru tem que ser criado na Madeira, pois lá são mais fáceis de engordar e apresentam a aquele ar rechonchudo que torna o bicho mais apetitoso. Convém também que seja morto por aquelas bandas, depois de bem embebedado com uns copos de poncha.
Escolhendo um peru bem gordinho, leva-se o bicho a passear por algumas tascas dando-se-lhe a beber uns valentes copos de poncha. Quando o bicho começar a confundir o Presidente da República com o elefante das moedas do Jardim Zoológico arrefinfa-se-lhe com um maço de Diários da República na crista e fim de se lha acabar com o pio.
Gordinho, bem temperado com a poncha e a perder o pio é a altura de o deixar bem depenado, ficará com um ar mais magro, mas não perderá o seu aspecto luzidio. Depois mistura o que sobrou do poncho, se é que o peru não o bebeu todo, com um copo de aguardente de cana da adega da Assembleia da República e incendeia-se, passando-se depois a criação por cima da chama para que fique bem depenado.
Já depenado põe-se em cima de uma tábua e dão-se-lhe vários cortes por baixo do orçamento, retirando-se o excesso de obras públicas, inaugurações, certificando-nos de que não trás sifões agarrados. Faz-se um corte sobre a mitra (sobrecu), comprimindo-lhe o ventre para deitar cá para fora todos os impropérios que ficaram por digerir. corta-se a ponta das asas para nos certificarmos de que não foge para o galinheiro da Buenos Aires. O peru está amanhado e pronto para ser levado ao forno".
Talvez este cronista seja convidado para a ceia.
- De uma forma geral toda a classe politica em tomar faz parte deste lote....
Mal deste concelho que assim não vai a lado nenhum( ou melhor, vai mas é para mau sitio)
INFELIZMENTE NÃO É SO EM TOMAR, POIS AO NIVEL DO PAÍS TB É UMA DESGRAÇA....ESTES "SENHORES" POLITICOS PODIAM ENTREGAR A GOVERNAÇÃO DESTE PAÍS ALI AOS ESPANHOIS AO LADO. DE CERTEZA QUE ESTE PAIS MELHORAVA...
Oh GUEDES
Toma qu´é democrático.
Puseste-te a jeito e apanhaste na medida grossa.
Vê lá se aprendes e na próxima já não vais botar aqui a tua "sapiente" panegírica a metro.
Mas, vá lá, já deves ter ganho para umas férias no Agroal a medir as cheias do Nabão.
Olha e se fores ao Restelo dá lá cumprimentos aos velhos como tu e não te admires se o Américo Thomaz ou o Henrique Tenreiro (reencarnados, é certo) te condecorarem com uma medalha, prémio usto para todos os azeiteiros que regam o bacalhau.
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Adeus Guedes até à vista, muito longe daqui.
Para . VIRGÍLIO
E ainda você não se lembrou dos magníficos calcetamentos feitos nas novéis obras "paivanas", sobretudo e principalmente na zona histórica, onde a cruz dos Templários foi substituída por...deixa ver se me lembro...por nada! Observando um trabalhinho daqueles fica-se com um amargo de boca...é um autêntico deserto.
Mas enfim, deve ser um novo estilo...o estilo "Paulino Paiva".
E os novos "espaços verdes", assim pomposamente chamados pelo Paulino Trofense, mais parecem "cagadeira" de cães, exíguos, soalheiros q.b., alguns deles também com lombas.
É uma maravilha!
E o calcetamento da Rua dos Moínhos entre a rua de S. João e a Corredoura!! Dizem que é produto de inspiração colhida dum quadro do Picasso...
Quem ouviu o discurso do Engº Paiva na reunião da Assembleia Municipal só pode chegar a uma conclusão lógica o Alfredo Martins Guedes é o alter ego do Engº Paiva ou vice-versa.
São dois post-modernos con tendências para o novo-riquismo diletante, bacoco e sem substância.
Têm horror ao "velho", que arrasam, mas não constroem em substituição nada de belo ou de marcante.
O Núcleo Histórico da cidade de Tomar nas "mãos" desta gente modernista vai ficar irreconhecível e, quem por aqui passar vai dizer: isto é quase igual ao que vimos noutras cidades.
Só há uma pequena diferença entre o Guedes e o Paiva um lê os jornais locais, o outro diz que nunca os lê.
Mas é só para disfarçar.
Com "Tomarenses novos" como est(s) estamos entregues à bicharada.
Nini Ferreira vem cá abaixo para meteres na ordem aquele de quem tiveste a infelicidade de seres mandatário.
Defensor do património = Velho do Restelo
Destruidor do Património = modernista novo-rico
Nini Ferreira = Velho do Restelo
António Paiva = modernista novo-rico
O Guedes foi com o burro do presépio dar uma aula de substituição do seu Mestre sobre a " influência da revisão do PDM na requalificação da Casa das Ratas requalificada".
Só volta após o ano novo.
Será que o "GUEDES" é afinal o intermediário entre o Senhor da Trofa e o seu paizinho empreiteiro, que com conveniente disfarce está implantado com negócio sólido na construção no concelho de Tomar, com os olhos postos na urbanização do defunto parque de campismo?
A ser assim, do que se não duvida, é maquiavelismo puro com cumplicidade dos amigos do Paivão.
Claro que há cumplicidades! Nem o maior aldrabão consegue aldrabar se não tiver quem lhe reforçe as ideias...e depois não acha que é mais confortável colar-se ao poder?
Quer um exemplo? O Faria do antigo Centro de Cultura, fez um "tunning" e agora é PPD dos quatro costados...
Basta de lavarem roupa suja. Estamos em quadra festiva. Toca a dar as mãos e todos a puxar para o mesmo lado...e viva o Benfica!
Ipa.
Até que enfim.
Adepto do GLORIOSO.
Viva o BENFICA!
Sempre!
O Guedes foi ao Iraque convidado para assistir ao enforcamento da Saddan, aí também vai poder ver uma cidade esburacada.
Enforcado o Saddan deve estar de volta o grande Guedes para responder cabalmente aos "idosos do Restelo" pelos topetes e diatribes nos vituperinos comentários à sua prosa Trofista.
Eles que se cuidem, porque o Guedes não é de modas, arreia-lhes no toutiço com mais uma crónica arrasadora de elogio ao seu Herói Mítico - António Paiva.
Portanto, não esperem sentados que o Guedes não tarda aí, realizado por ter assistido a um acto cívico da maior dignidade.
E, como deve per passeado por Bagdad pode até comparar o que viu com o que se vê pela cidade de Tomar e extrair conclusões - aqui os buracos são muito mais pacíficos e bucólicos.
Nada que se compare à aridez dessa cidade da Babilónia.
Guedes chega-lhes que eles são uns incréus.
Oh amigo
O "Guedes" vai sentindo o seu ego inchado á medida que lhe vamos "penteando" as inegáveis qualidades de puxa-saco militante.
Assim não se xateia nunca.
O que sobe é o valor do frete e, aqui, paga quem deve a obrigação.
Parece a República dos Pa(i)vãos!
É só panegíricos para jericos!
Ena pá.
O Guedes não regressou ainda, quem regressou foi o Sr. Luis Ferreira.
Isto está giro.
Avante!
O professor era bom para político...Jorge/Ricardo/Vicente/Rui "Castiço"....1ºb
Viva o Benfica.....
viva AO sporting
Viva a ACADÉMICA DE COIMBRA!
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