segunda-feira, abril 01, 2019

Pelos caminhos (termas) de Portugal

   Porque sabemos que o exercício físico é fundamental para a boa condição física, mental e fator importante para a integração social e enriquecimento cultural (em sentido lato), elementos do coletivo redatorial de Tomaronline participam regularmente em caminhadas promovidas pelo CALMA:  Clube de Atividades de Lazer e Manutenção de Tomar. Desta vez Lafões foi o destino. Aqui fica mais um testemunho.
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   A ponte ferroviária de Vouzela exibe uma das deslumbrantes paisagens pelas quais mais vale ainda a pena estar vivo. Depois, o grupo de caminheiros, em jornada de fim-de-semana, promovida pelo Calma, percorreu o antigo trilho ferroviário, por entre arvoredo benfazejo em dia de sol intenso, gorjeio dos passarinhos a saudarem o pessoal. Descida para Vouzela, a ponte romana, a praça pública. Depois o percurso até S. Pedro do Sul, impressionante calçada romana, a margem do rio, os encantos e recantos que só o pedestrianismo possibilita.
   Saída de Tomar na manhã de sábado, autocarro repleto, paragem na Mealhada, sugestão de sandes de leitão para o piquenique no Bioparque, S. Pedro do Sul, seguido da caminhada, subidas e descidas, aliciante da encosta onde a água brota das rochas, formando pequenas cataratas. Podem apreciar-se antigos lagares, água fresca e cristalina a correr pelas condutas. 
     Pernoita na pousada da juventude, jantar de tenra e deliciosa vitela de Lafões. A baixa de S. Pedro do sul evolando vaporosos cheiros a enxofre, água fervente saindo das torneiras. O majestoso hotel da Inatel, frente ao edifício das termas, reflexo da componente social dos tratamentos também para o comum do trabalhador.   
     Ao longo dos dois dias, destaques ao harmonioso aproveitamento das rochas em todo o pé passado, nas estremas hortícolas, nos muros, centenárias moradias, uma ou outra ainda com os azulejos originais, tantos imóveis ao abandono, sabem-se lá as razões, interrogações de como podem moradias destas encontrarem-se abandonadas, conjeturas de quem ali viveu à desolação atual.
    No final, tarde de domingo, regresso a Tomar, o simples, correu tudo bem. No caso, andou tudo bem.

Nota: sabemos que no final desta atividade ainda houve a possibilidade de atitude solidária para com Moçambique no valor de algumas centenas de euros depositados na conta da Cruz Vermelha Portuguesa. Parabéns viajantes/caminheiros!

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