sexta-feira, agosto 30, 2019

Chega RIR ...

portaldoeleitor.pt
... ou a corrida dos 19
  Graças à nossa comunicação local, na benfazeja função de fornecer aos putativos cidadãos eleitores a panóplia, ou manancial, já temos a lista de forças políticas concorrentes às eleições legislativas, as quais vão decorrer no dia 6 de Outubro, caso não ocorram alterações climáticas significativas, coisa de queda de granizo, por exemplo.
    Ora, o cidadão eleitor dispõe de uma variedade partidária significativa, tanto quanto 19 partidos. Ainda pensámos em concorrer com o nosso blogue apenas para atingir o número redondo dos 20 partidos. Isto dando de barato que os 25 contemplava o quarteirão. Estamos a ver a carrinha publicitária eleitoral a percorrer o concelho anunciando “Domingo, dia 6 de Outubro, vote nas eleições legislativas, escolha um entre um quarteirão de partidos concorrentes”. Também soa bem 19 partidos mas não é a mesma coisa. Nem sequer é número par. Ainda somos do tempo em que em Tomar ninguém queria ser o 19 porque diziam os putos que era maricas, agora é um privilégio no que a alguns partidos concerne porque até há quota para candidatos (isto é que vai uma democracia avançada/arco-íris, hein?).
    De qualquer forma, o cidadão eleitor não pode dizer que não vai votar por não ter por onde escolher. Essa desculpa não colhe. Tudo isto porque foram 19 os partidos que entregaram no tribunal de Santarém listas de candidatos às eleições legislativas de 6 de Outubro: PSD, CDS-PP, PS, BE, CDU, PCTP-MRPP, PAN, PDR, Livre, PNR, Partido da Terra – MPT, Nós Cidadãos, PTP, PURP, PPM, Aliança, Chega, Iniciativa Liberal e RIR.
   Como se pode ver nesta lista, constam partidos como o Chega (neste em contrapartida nem sequer democracia quanto mais avançada e multicolor) e o RIR, caso se coligassem seria o Chega RIR.
    Embora convenha votar.
    Dantes dizia-se que o voto era a arma do povo.
    Agora o voto é o menos mau do povo, isto é, ainda não foi retirado ao povo (enquanto a ANTRAM e o governo, os novos donos disto tudo, quiserem). 

Isto é que vai uma crise!

quinta-feira, agosto 29, 2019

Se Pardal não tem camião, ...

                        observador.pt                                                                                                                   knoow.net    
… do sindicato de motoristas de matérias perigosas, Ministério Público (MP) pede dissolução
Será pelo facto do Pardal não ter camião?
Grande princípio universal: Feliz foi o Adão que não teve sogra nem camião.
Adão era livre que nem pardalinho. Já o pardalão, é mais complicado, é capaz de ter sogra, (ainda) tem sindicato, continua a não ter é camião. Ora, vai daí, o MP decerto quer extinguir o pardalão porque pertence ao sindicato mas não tem camião. O Pardal só sabe conduzir greves. Uma greve pode até ser conduzida de trotineta, tenha ou não tenha sogra. Já o Adão fazia greve contra quem? Será a nossa reflexão de fim-de-semana, contra quem, Adão? Contra a sogra, a Eva, o César, o Costa, a prima coxa? Que se saiba, nenhum deles tem camião.     

quarta-feira, agosto 28, 2019

Desleixo da Câmara Municipal de Tomar (II)

   Vergonhoso! Lastimável! Indigno!
   No edifício propriedade da autarquia, ex-Colégio Nuno Álvares, veja-se a frente da Estrada da Serra num estado vergonhoso, lastimável, indigno e com cartaz a anunciar “Conservatório Regional de Tomar” que consta já ter sido encerrado há largos anos. Provavelmente, do executivo ninguém lê. Em baixo, no piso térreo, perfeitamente resguardado por arame, um soberbo matagal, autarquia a dar a imagem que tem de limpeza. Provavelmente do executivo ninguém vê.
"Quem te manda a ti sapateiro ...".

Desleixo da Câmara Municipal de Tomar (I)

Biblioteca com paredes altamente degradadas 
   Em termos de prioridades da autarquia no que se refere a gastos correntes, em vez de, por exemplo, a nova ponte do Mouchão, aqui recordamos a necessidade de beneficiação das paredes da Biblioteca Municipal, concedendo-lhe a dignidade cultural que o edifício merece. Pensamos nós.
   "Quem te manda a ti sapateiro ...".

terça-feira, agosto 27, 2019

Convento de Cristo com audioguias há que séculos avariados

conventocristo.gov.pt
Assim é que os turistas gostam?
    Diz o “Tomar na rede”que, estreados em 2014 no Convento de Cristo, emTomar, os audioguias, cinco anos depois, estão todos avariados e esse serviço deixou de ser disponibilizado. Eram 10 equipamentos portáteis que permitiam que o visitante escutasse uma descrição áudio dos locais que ia percorrendo, através da introdução de um código numérico afixado em cada local ou ponto de interesse. Estavam disponíveis, gratuitamente, em português, espanhol e inglês. Os aparelhos foram avariando e não foram substituídos nem há perspetivas de que tal aconteça.
    Imaginamos nós qual seria a deceção dos turistas se visitassem o Convento de Cristo e os audioguias estivessem a funcionar. Era como irem a Fátima e lhes aparecesse Nossa Senhora.
      Não tentámos contactar a Nossa Senhora Diretora do complexo monumental porque temos fé que a Nossa Senhora Diretora não sabe da sua (in)existência quanto mais do seu (não) funcionamento. Não nos referimos à existência de Diretora nem do seu eventual funcionamento (exercício efetivo de funções), apenas às ferramentas da tecnologia auditiva.

Por que a autarquia tomarense é das mais atrasadas a pagar?


aepadvogados.net
Decerto por falta da ponte
   O “Tomar na rede“ deu o mote, nós atrevemo-nos a avançar com a explicação, tão óbvia quanto dois e dois serem vinte e dois, sobre a razão da autarquia tomarense integrar o grupo das que pagam tarde e a más horas. Ou seja, no segundo trimestre de 2019, o Município de Tomar apresentava como prazo médio de pagamentos (PMP) 149 dias (cerca de cinco meses), segundo o relatório trimestral da DGAL – Direção-Geral das Autarquias Locais. A nível nacional há 54 autarquias com um prazo médio de pagamentos (PMP) superior a 60 dias e Tomar consta dessa lista, sendo o segundo concelho do distrito que demora mais tempo a pagar. Tomar é apenas ultrapassado por Alpiarça, que tem um PMP de 224 dias.
   Quanto a nós, a autarquia tomarense demora a pagar por falta de mais uma ponte da Várzea Pequena ao Mouchão. Logo seja construída essa ponte, serão mais rápidos os pagamentos, logo a seguir, a correeeeer.
     Em Tomar passa a ser a ponte pagamento. Ou seja, a pronto pagamento. “Prontes”!

segunda-feira, agosto 26, 2019

Afinal, porque razão coscuvilhamos?

                                           asviagensdosvs.com                                                          dicio.com.br
   Como que a pretexto do apontamento deste blogue sobre o calhandro lisboeta, vaso por onde despejavam as imundices caseiras, coisa de 1701, ficando a calhandreira quem despejava os resíduos, o jornal “Público” de hoje publicou um texto, da autoria de Filipa Almeida Mendes, onde refere que  uma pessoa gasta, em média, 52 minutos por dia a coscuvilhar e a coscuvilhice pode ajudar à coesão social, concluiu recentemente um estudo científico. Mais ainda, coscuvilha-se a partir dos 5 anos.
    Sendo assim, vamos a hipóteses e sugestões:
- Calhandramos ou concuvilhamos porque alivia o stress, ou a vesícula ou a coesão de seja lá do que for.
- Calhandramos porque vale mais coscuvilhar a vida dos outros que ignorá-los.   
- Coscuvilhamos porque temos a grande capacidade de observar os defeitos, normalmente as miudezas caseiras dos outros.
- Calhandramos porque os outros são todos egoístas, forretas, miudinhos, desequilibrados.
- Calhandramos porque isso já nos está na massa do sangue desde que foram engendrado os calhandros (vasos para despejar as porcarias), em 1701. 
   Por curiosidade, recorda-se que na visita da rainha a Tomar em 1844, a câmara definiu uma multa a quem despejasse os resíduos de casa para a rua sem gritar três vezes “Água vai”. Água, como quem diz ...   

Ruas com lixo atraem turistas (?)

   Manhã de segunda-feira, em plena zona histórica, ali junto à rua de Santa Iria, há quem tenha prazer em despejar caixotes do lixo para o chão. Será estratégia? O escritor Francisco José Viegas escreveu na revista do “CM, de domingo, que andou em passeios por Lisboa e pelo Porto “Mas ficou um amargo de boca: o lixo acumulado nas ruas, becos e passagens de restaurantes (tudo é restaurante …) especialmente em Lisboa. A certa altura tive pena dos turistas. Bom, não totalmente, eles parecem gostar do cheiro, dos elevadores avariados e das filas nos transportes.
   Será que se tivéssemos cidades sem ruas porcas, sem beatas e papéis no chão, sem excrementos caninos (e grandes), sem sanitários a cada esquina em ''pé'' de árvore, sem filas, sem carros acelerados ou mal estacionados, seríamos tão visitados? Um realizador fez em tempos um cruel retrato social do mais mísero do povo italiano com o filme “Feios, porcos e maus”. A nós talvez nos fique melhor “Porcos mas simpáticos”. Pelo visto, os turistas gostam.  Talvez a limpeza e organização cansem, talvez, quem sabe?

2Cellos ao vivo na Ópera de Sydney - a ver obrigatoriamente na RTP2

rtp.pt
Acaba neste momento na RTP2 um concerto imperdível. Vá ver enquanto é tempo. Loucura total durante 97 minutos sobretudo na segunda parte.

Concerto especial do duo musical 2Cellos na Ópera de Sydney
Os violoncelistas croatas Luka Sulic e Stjepan Hauser, acompanhados pela prestigiada Orquestra Sinfónica de Sydney, interpretam temas célebres dos mais famosos filmes da história do cinema, como Now We Are Free (O Gladiador); Cinema Paraíso; Malena; Love Story; For the Love of a Princess (Braveheart); A Lista de Schindler; O Padrinho; May it Be (O Senhor dos Anéis); Moon River (Breakfast at Tiffany´s); Encontro de Irmãos; Cavatina (Deer Hunter); A Guerra dos Tronos e My Heart Will Go On (Titanic).

domingo, agosto 25, 2019

A calhandrice (território e identidade I)

Porque temos andado às voltas com a questão da identidade, aliás, com a sua representação ou falta dela cá no nosso território, veio-nos à memória, não esta frase batida como diz o cantautor, mas um texto de Maurício Barra publicado em maio de 2014. Porque não estamos para mais explicações para estas nossas voltas (preocupações, angústias, desconsolo ...) aqui fica o texto do Barra.

No passado, Lisboa não era conhecida pela sua limpeza. Uma curiosa descrição estrangeira feita em 1701 afirmava que: “Lisboa, e especialmente a zona da cidade perto da água, é o lugar mais sujo que alguma vez vi. Muitos velhos comandantes de navios me asseguraram que é o porto de mar mais sujo da Europa, e eu acredito neles, pois me parece que uma imaginação viva dificilmente poderia imaginar um pior. Nunca cheirei cheiros tão fortes ou ofensivos como aqui, e todos os fedores que pairam em Londres são ramalhetes de flores para eles. Estou convencido de que seja qual for a salubridade que os Portugueses imaginam que tenha, estão reconhecidos à qualidade do ar por não causar doenças contra eles. Aceitarem como o fazem que toda a espécie de porcarias seja atirada às ruas (porque despejam as suas porcarias mesmo junto do Palácio do Rei) provoca um cheiro tão abominável que ninguém passeia muito tarde à noite ou muito cedo de manhã e, no entanto, o cheiro não é tudo. Uma pessoa que esteja habituada a passear tarde pelas ruas está cheia de sorte se não apanhar com algumas dessas porcarias na cabeça, e, se isto acontece depois das 9 da noite, não há remédio. Até às 9 horas pode obter-se na lei pagamento pelos danos que provoquem na roupa de uma pessoa. Eu penso que não se pode duvidar de que estas porcarias contribuem grandemente para o facto de eles serem tão perturbados no Verão com enxames de moscas, mosquitinhos, percevejos, mosquitos e outros bichos, porque se tivessem metade do trabalho que têm os Holandeses a lavar as casas e a manter as ruas limpas, acredito que ficariam livres deles em grande parte […]” (Thomas Cox e Cox Macro, Relação do Reino de Portugal [de] 1701, Lisboa, Biblioteca Nacional, 2007).
Esta Lisboa de antes do terramoto, com “ruas tortuosas, mal ou não pavimentadas, casas muito diferentes umas das outras e desalinhadas, regos malcheirosos no meio das ruas, montões de estrume ou de imundície a obstruir as encruzilhadas” , desapareceu em 1755 e não reapareceu com o Marquês de Pombal. Ás linhas direitas da cidade, o ditador do Século das Luzes juntou disposições para maior higiene e a proibição de atirar para a rua as imundícies caseiras. Ou seja, não se podia ser Iluminista e cheirar mal ao mesmo tempo.

É aqui que aparece o calhandro, termo de origem obscura, que designa um vaso grande e cilíndrico onde se despejavam dejectos e outras imundícies recolhidos de cada casa, para serem colocados em local próprio. O local próprio era, a maior parte das vezes, um calhandro bastante maior, um barril suportado em duas varas, transportado pelas vielas lisboetas para recolher os dejectos e deitados fora na Ribeira de Alcântara na confluência com o Rio Tejo.
Esse trabalho era efectuado, predominantemente, por ex-escravos numa Lisboa na qual, “ a partir de meados do século XV, começaram a adquirir uma representatividade significativa em termos demográficos. Referimo-nos sobretudo aos de raça negra, trazidos para Portugal quando os navegadores chegaram à costa da Guiné. Embora grande parte das centenas de escravos que anualmente chegavam a Portugal fosse vendida para outros reinos, os restantes foram usados nas plantações de açúcar da Madeira, nos campos de culturas extensivas e em
serviços domésticos. Ao todo, muitos milhares de africanas e africanos viveram em Portugal, particularmente em Lisboa, criando uma minoria étnica estável.”

E assim nasce o termo calhandreiro ou calhandreira, o ( desculpem o termo ) transportador da “ merda” para o rio.
Com o tempo e com o saneamento acabou o transporte da imundície à mão, mas ficou o termo.
Hoje calhandreiro ou calhandreira significa aqueles que passam a vida a dizer mal dos outros, “ aqueles que quando abrem a boca só sai merda “.
Está certo.
Um nome de origem histórica fica sempre melhor nestas circunstâncias.

sábado, agosto 24, 2019

Escaldante entrevista de verão (faz de conta)

br.freepik.com
Mais bonita que evidentemente, a modelo tomarense, cujo nome nos esquecemos de anotar, faz de conta que deu uma entrevista de Verão ao nosso blogue, a qual os nossos leitores deverão ler se quiserem fazer o favor de ficarem mais elucidados, ou nem por isso. 
Tomaronline (To) - Gosta de topless no Agroal?
            Miss – Gosto mais de berbigão.
            To - Gosta do Mouchão para namorar?
            Miss - A última vez que lá namorei, quando já estava bastante quente levei com um banho de aspersor. O prazer foi ir a casa mudar de fato.
         To - O que pensa que faz falta em Tomar para um maior desenvolvimento do turismo?
          Miss - Assim, de repente, acho que há falta de incrementos, deviam promover uma feira de incrementos.
            To - Se um turista lhe perguntar qual o melhor sítio para dormir em Tomar?
            Miss - Digo sempre que o melhor sítio para dormir é numa cama.
            To – Qual o restaurante que costuma indicar?
            Miss - Digo sempre para irem a todos. O todos é o melhor (quem pretende bom tem de levar a eito). 
            To - O que pensa da nossa cultura?
            Miss – Agora estou toda virada para os tomates, os coração de boi. 
            To – Costuma dar pão duro aos patinhos junto à ponte velha?
         Miss – Dada a conjuntura, tenho de reciclar/reaproveitar o pão duro para fazer açorda.
            To – A autarquia já a convidou a fazer um desfile na Praça da República?
         Miss – Já falei com a Dona Câmara mas disseram-me que só quando for a campanha eleitoral para as autárquicas.
            To - Qual o seu clube preferido?
            Miss - O clube de fãs do Tony Carreira.
            To - O que acha de José Cid ter sido galardoado com o Grammy Latino?
            Miss - Acho bem! Eu também sou toda pelo macho latino.
            To - Gosta do Verão tomarense?
            Miss - Se fosse eu a mandar, em Tomar havia Verão durante todo o ano, mesmo o de faz de conta como o atual.

Território e identidade

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O Feio em Leiria ou "Como é bela a fealdade"

"O Feio'', quiosque em Leiria, fez-nos lembrar a exclamação "Como é bela a fealdade" do primeiro editor estrangeiro da obra dirigida por Umberto Eco, História do Feio. 
Ficámos na dúvida se este nome do quiosque é qualificativo da construção ou do dono do referido pois não havia viv'alma dado estar encerrado no momento. Prometemos lá voltar para tirar dúvidas ou ficarmos mais ou completamente esclarecidos.

Vamos também levar a referida monografia para enriquecer esta nossa "intromissão'' e dar um ar cultural à atividade. Já agora, aqui fica a sinopse da obra e a capa com desafio para a leitura e quem sabe até uma conversa sobre.

SINOPSE
Perguntai a um sapo o que é a beleza, o verdadeiro belo. Responder-vos-á que consiste na sua mulher, com os seus belos olhos redondos que se projectam para fora da pequena cabeça, o pescoço grosso e achatado, o ventre verde e as costas castanhas. Interrogai o diabo: dir-vos-á que o belo é um par de cornos, quatro patas com garras e um rabo.
In Introdução

História do Feio vem na sequência do anterior - História da Beleza. Aparentemente, beleza e fealdade são conceitos que mutuamente se exigem: habitualmente entende-se a fealdade como o oposto da beleza, de modo que bastaria definir a primeira para se saber o que é a outra. Mas as diversas manifestações do feio através dos séculos são mais ricas e imprevisíveis do que comummente se julga. Por isso, não só os textos antológicos, mas também as ilustrações extraordinárias deste livro, levam-nos a percorrer um itinerário surpreendente entre pesadelos, terrores e amores de quase trinta mil anos, onde os actos de repulsa caminham de mãos dadas com comoventes movimentos de paixão, e a rejeição da deformidade é acompanhada de êxtases decadentes que, as mais das vezes, são violações sedutoras de todos os cânones clássicos. 

Entre demónios, loucos, inimigos horríveis e presenças perturbantes, entre abismos revoltantes e deformidades que atingem o sublime, freaks e mortos-vivos, descobre-se uma veia iconográfica vastíssima e, muitas vezes, inimaginável. Assim, ao longo deste livro, vamos encontrando feio de natureza, feio espiritual, assimetria, desarmonia, desfiguração, numa sequência de mesquinho, débil, vil, banal, casual, arbitrário, grosseiro, repugnante, desajeitado, horrendo, sensaborão, nauseabundo, criminoso, espectral, bruxo, satânico, repelente, desagradável, grotesco, abominável, odioso, indecente, imundo, porco, obsceno, pavoroso, abjecto, monstruoso, horripilante, medonho, terrível, terrificante, tremendo, repulsivo, nojento, nauseabundo, fétido, ignóbil, desgraçado, sem graça nenhuma nem decência.

sexta-feira, agosto 23, 2019

A ponte? Aponte você!

É só brincadeira de meninas e meninos 
alamy.com
   Diz o “Cidade Tomar” que foi aprovada, na reunião de câmara de Tomar na segunda-feira, 19 de agosto, a proposta do PSD que visa a construção de uma nova ponte pedonal entre a ilha do Mouchão e o Jardim da Várzea Pequena. Esta proposta foi aprovada por unanimidade (seria com aplausos?) e pode ser uma realidade em 2020.
   Em oportuno inquérito realizado a partir do nosso de sofá (a nossa redacção tem um sofá em segunda mão, segunda mão como quem diz), foi perguntado a alguns tomarenses qual a sua opinião, se achavam mais importante uma nova ponte no Mouchão ou, por exemplo, a recuperação de espaços degradados, caso da piscina municipal Vasco Jacob?
    Tomarense pragmático:
     – Isso não tem discussão, a piscina é essencialmente frequentada por jovens e crianças que ainda não votam, por isso pode fechar que não faz falta eleitoral nenhuma.
    Tomarense realista:
   - Mas anda assim tanta gente a passear no Mouchão que não caibam nas pontes existentes?
     Tomarense saudoso das rábulas do Raul Solnado:
      - A ponte? Aponte você que eu não sou maluco.
     Tomarense irónico:
     - Ainda bem que temos autarcas desta envergadura e sensibilidade e que conseguiram entender que uma das grandes frustrações dos tomarenses era a falta de mais uma ponte no Mouchão. Temos a certeza que já numa próxima semana vão construir outra piscina ao lado daquela degradada, a piscina municipal Vasco Jacob, para quem quiser ir a nado para as traseiras do hotel.
    Outro tomarense mais irónico ainda:
    - Eu penso que em vez de uma deviam ser construídas duas pontes entre o Mouchão e o Jardim da Várzea Pequena, uma para lá, outra para cá.

Brincalhões estes meninos dizemos nós.

terça-feira, agosto 20, 2019

Chamem a Polícia! O nosso património devoluto.

tomarcidade.blogspot.com
   No conforto da praia, barriga deitada ao sol, quando há sol, fica a tomarense reflexão sobre o possível aproveitamento da agora devoluta ex-esquadra da PSP, logo ali nas traseiras do edifício da câmara. Aqui deixamos possíveis sugestões:
            - Quem está de férias não pensa nisso?
            - Quem não está de férias também não pensa nisso?
            - Aproveitar o espaço para um hotel?
            - Turismo local para presidiários?

Cantinho dos namorados

tomarcidade.blogspot.com
   Se em Tomar há menos casamentos, a bem da continuidade da espécie, fica a nossa sugestão de que se aproveite o banco dos namorados, no cantinho do Mouchão, onde o pessoal pode descobrir o incentivo de namorar até casar. Em hora condigna a Associação dos Antigos Alunos do antigo Liceu de Tomar dinamizou este recanto e colocou um painel onde se lê o motivador poema:
            Banco, beijo ou altar
            Sempre que me sento no sagrado assento
            Não é banco
            É nuvem
            Erguido e mantido
            Sobre argila de amor
           
            De: Risoleta C. Pinto Pedro

Miguel Relvas com notícia de luxo

cmjornal.pt
   O “Tomar na rede” diz que “Apesar de estar afastado da atividade política, Miguel Relvas continua a ser notícia. Desta feita, a revista VIP publica um apontamento sobre as férias do ex-presidente da Assembleia Municipal de Tomar na Quinta do Lago, acompanhado da sua mulher e filha”. Chamam-lhe luxo de férias. Desconhecemos a razão, talvez porque nunca nos foi possível passar férias na Quinta do Lago. Nem férias de luxo. Não que tenhamos alguma coisa contra o luxo, ele é que não quer nada connosco, não nos aceita no seu grupo de eleitos.
    Azar nosso.

segunda-feira, agosto 19, 2019

Tomar Pró ...

Pró moção
À entrada do Mouchão. Tomar Pro entre flores e candeeiros.
            Tomar pró quê?
            Pró caneco?
            Pró galheiro ?
            Pró primeiro lugar?
            Pró caraças?
            Cada um manda Tomar pró onde lhe der jeito.

sábado, agosto 17, 2019

Menos casamentos e sem buzinas

   Segundo o “Tomar na rede”, na Conservatória do Registo Civil de Tomar foram celebrados, durante o ano passado, apenas 102 casamentos entre pessoas de sexo oposto (à moda antiga, um homem e uma mulher), o número mais baixo dos últimos anos, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística.
   Tendo em conta a nossa técnica do “olhómetro” e “ouvidómetro” não se têm visto as caravanas dos casamentos, nem ouvido as respetivas buzinadelas. Era assim no Verão. Agora nem tanto. Também nos casamentos a tendência será a de “já não são como era dantes”. 

Cem Soldos ''no mapa''

   Se o país é invadido por festivais, o ‘’Bons sons” de Cem Soldos é uma referência, em especial pelo envolvimento da população. Segundo a organização, a 10.ª edição do festival atraiu a Cem Soldos 33.800 festivaleiros que, entre 8 e 11 de agosto, assistiram a centenas de concertos e espectáculos protagonizados por 250 artistas nos dez palcos.
   Pela nossa parte, dá gosto ver Cem Soldos como referência nacional.

Agroal entre as melhores

   Segundo a “Rádio Hertz”, a região do Médio Tejo colocou cinco praias fluviais dentro do lote de trinta e três que o site especializado “Sapo Viagens” considera como as melhores de Portugal. Neste lote, registo para o concelho de Mação, que consegue ver distinguidas as estruturas situadas em Ortiga e em Cardigos. Já o Agroal, em Ourém, volta a assumir, sem surpresa, este estatuto, praia esta que já foi mesmo considerada como a melhor do país. Nota ainda para a Praia da Castanheira, em Ferreira do Zêzere, e da Aldeia do Mato, em Abrantes.
   A curiosidade, dizemos nós, é que o Agroal é situado em Ourém. Com toda a justiça. Foi Ourém que investiu nas obras de beneficiação. No que toca a praias fluviais, vale o refrão “Mação valente”, com duas referências. 

''carnuda, suculenta e de sabor único''

movenoticias.com
   Tempo do tomate coração de boi. Tem outro sabor. Reconforta o coração. Na imprensa nacional o festival deste tomate, na Quinta de Ventozelo, em Everdosa do Douro tem sido notícia. No nosso mercado municipal é agora época do tomate que a imprensa qualifica como iguaria “carnuda, suculenta e de sabor único”. Por cá nunca se fez nenhum festival deste coração de boi certamente porque não há tomates para isso … isto é, não haverá quantidade suficiente.

Gesto educado

   Há quem encerre o estabelecimento sem mais nem menos, diz-se “sem passar cavaco às tropas”. Não é este o caso. Este encerrou de uma forma educada, agradecendo aos clientes.
   Como diz o senso comum “Ainda há gente educada”.

Festa dos Tabuleiros: exposição a céu aberto

     Casal de turistas a verem a nossa Festa dos Tabuleiros, na rua de Santa Iria. No caso, o cortejo do bodo. Há ainda cartazes sobre o cortejo dos rapazes, dos adultos, o erguer dos tabuleiros e os trajes.
    É só passar e ver. Não custa nada. Esta será a mais democrática e eficaz forma de propaganda da Festa in loco.

quarta-feira, agosto 14, 2019

Cidade mais colorida

   Gostamos! No Pavilhão Municipal, travessa da Fonte do Choupo, Mural/Painel da autoria de João L. Costa Rosa em Julho deste ano. Merecia ser alargada à parte da frente do pavilhão. Vale a proposta?

Câmara de Tomar com camião à porta

   Manhã desta quarta-feira. Um camião parado frente ao edifício da autarquia. Palpites:
- Câmara municipal despejada? 
- Remodelação da mobília já politicamente desgastada? 
- Levar o executivo e respetivos despachos para férias? De recordar que o Presidente da República deu o exemplo levando uma carrada de processos para férias.

terça-feira, agosto 13, 2019

Rábulas de (a) agosto (II)

O mistério do quiosque
   Se a ponte nova tem uma passagem inferior que nunca foi ativada, o Mouchão tem um quiosque que nunca foi ativado. Veja se acerta no motivo do quiosque nunca ter funcionado:
   - Porque os serviços municipais nunca repararam que o quiosque lá está?
   - Porque os indiferenciados paisagísticos emitiram um parecer segundo o qual o quiosque é mais bonito fechado?
   - O bem senso deliberou que o quiosque, por ser pequeno, não servia para nada?
   - A ideia era que o quiosque funcionasse como WC para substituir o que existia ao lado e  foi destruído?

Rábulas de (a) agosto (I)

Espera aí já abre   
  Há dias, em boa hora, como sempre foi uso dizer-se, o “Tomar na rede” recordou a curiosidade de que a ponte nova (agora ponte do meio) previa uma passagem inferior que nunca foi activada. Tipo passatempo de Verão, veja se acerta no verdadeiro motivo da passagem ter ficado sempre fechada.
   - Receio de que algum cidadão viesse a descobrir por ali o Tesouro dos Templários?
   - Receio que fosse ali descoberta alguma antiga passagem subterrânea do convento das freiras ao convento dos frades, no convento de Cristo?
   - Foi decidido que a passagem funcionasse só para ratazanas?
   - A passagem ficou fechada porque os respectivos serviços nunca mais se lembraram de a abrir? 

Uma greve vista por ...


antram.pt
... Eça de Queiroz
    
   Novembro 1871.
   Este mês a opinião preocupou-se com o que se chamou a greve de Oeiras.
   Parecia realmente indecoroso que Lisboa, já civilizada, com teatro lírico e outros regalos de capital eminente, não tivesse esse chique social - a greve! Oeiras, com uma dedicação amável, forneceu-lhe esta elegância. Oeiras deu a greve. Alguns estadistas puderam ter ocasião de comentar a nossa última greve, e de falar no terrível proletariado.
Somente esta greve de Oeiras apresenta uma novidade excêntrica.
   O fabricante diz:
— Eu dou a esses operários indignos, que abandonaram a minha fábrica e se puseram em greve, 4$000 réis por semana. Vinde!
   E os operários respondem:
— Não, não, isso não! Só voltamos ao trabalho se nos garantirem por semana 3$600!
   Confessem que é para empalidecer de confusão. Não se protesta aqui contra a avareza do fabricante, protesta-se contra a sua generosidade: o operário resiste a ganhar: só trabalha se lhe diminuírem o salário: tem avidez de sacrifício, e deseja antes de tudo sofrer fome! Que mistério é este? Ei-lo desvendado:
   Como sabem, há dois trabalhos essenciais no fabrico do lanifício: preparar a teia, o que leva uma semana, e produzir o tecido, o que gasta outra semana. Ora o fabricante descontava na semana do tecido uns tantos por cento do salário; e na semana do preparo levava a sua habilidade a descontar o salário todo.
   De sorte que havia semanas gratuitas. E justamente os operários pedem agora que lhes paguem menos cada semana, mas que lhes paguem as semanas todas.
   O fabricante exclama:
— 4$000 réis cada semana que tecerdes!
   E os operários replicam:
— 3$600 réis cada semana que trabalharmos. Porque preparar a teia é tanto trabalho como tecê-la.
   Tal é esta greve original, que não descrevemos com a sua precisão técnica, para não dar a estas páginas o aspecto de um tratado sobre lanifícios.

domingo, agosto 11, 2019

Pontes em vez de passadiços


   Dizem os órgãos de informação local que PS e PSD estão de acordo sobre a construção de uma nova ponte entre o Mouchão e Várzea Pequena.
   Pelo visto e revisto, em vez de passadiços vamos ter mais pontes.
  Em nossa sincera opinião, sobre esse assunto, abstemo-nos. Salvo pareceres mais fundamentados, consideramos as pontes apenas como pontos de passagem (para a outra margem).  

Passadiços e não passam disso (por cá)


   Segundo o jornal “Mirante”, a Câmara de Ourém decidiu comprar 14 parcelas de terreno para construir uns passadiços na zona da praia fluvial do Agroal.
   Enquanto isso, no lado de Tomar, em vez de passadiços, no Agroal não passa disso, meia dúzia de lugares de estacionamento.

Aqui há patos ou mimos urbanos em águas nabantinas

Mãe pata e os seus patinhos.
Tudo o que é novinho e pequenino mete graça.
Encantos do nosso rio.

Aqui há gatos!

Domingo, ao romper do sol, meia dúzia de gatos em urbano espreguiçar.
Bem podiam ser contratados pela autarquia para caçarem ratos.

sexta-feira, agosto 09, 2019

Altas luminárias do governo ...


  Em boa hora, a dois meses das eleições, altas luminárias do governo decidiram enviar aos funcionários públicos um motivador inquérito tipo de satisfação no desempenho.
   Não sendo “nozes” altamente ideólogos do governo, adivinhamos possíveis perguntas constantes nesse inquérito.           
               - Gostou da reposição dos vencimentos ou prefere isenção de horário?
               - Prefere accionar a presença ao trabalho com a ponta do dedo ou com o franzir do sobrolho?
                - A promoção na carreira deve ser automática ou mediante a filiação partidária?
                - Caso o PS vença as eleições legislativas com maioria deve ser servido café com bolinhos, no serviço, a meio da manhã?