domingo, dezembro 24, 2006

O Bloco de Esquerda na reunião da Assembleia Municipal de Tomar no dia 22 de Dezembro, fez uma intervenção sobre o Politécnico de Tomar, destacando a sua importância plural no contexto local e regional, mas também alertando para a comemoração dos 25 anos a comemorar no ano 2007. Apresentou ainda uma Moção, que viria a ser reprovada pela maioria popular democrata, sobre a reactivação do Parque de Campismo como importante infra-estrutura de apoio durante a próxima Festa dos Tabuleiros.
Apresentam-se os dois documentos da intervenção doBloco de Esquerda:

Nos últimos tempos, o Ensino Superior, Universitário e Politécnico, tem sido objecto de alargada exposição mediática, seja por força dos efeitos “Bolonha”, seja pelos recentes cortes orçamentais ou, mais recentemente, pela apresentação do Relatório da OCDE sobre o Ensino Superior em Portugal.
Consciente da importância do Instituto Politécnico de Tomar para o nosso Concelho e Região, o Bloco de Esquerda solicitou uma reunião ao Senhor Presidente do Instituto Politécnico de Tomar no sentido da troca de impressões e recolha de esclarecimentos sobre aquelas matérias, a qual teve lugar na passada terça-feira, dia 19.
Deixando para oportunidade futura outras apreciações, o Bloco considera importante, neste momento, partilhar com a Assembleia Municipal de Tomar:

Ø a satisfação pelo facto de o recém-criado curso de Gestão de Saúde ter visto as suas vagas completamente preenchidas, sinal que a problemática do Centro Hospital do Médio Tejo também passa por aqui; e

Ø a satisfação pelo número de estudantes do Politécnico de Tomar ter voltado a subir no presente ano lectivo.

De acordo com os termos do referido relatório da OCDE, o Ensino Superior Politécnico vê reconhecida e reforçada a sua importância no contexto do Ensino Superior em Portugal, o que, naturalmente, é de grande importância para o trabalho do Politécnico Tomarense, tanto mais que não deve ser esquecido o facto de o “nosso” ser um Politécnico instalado numa não capital de Distrito.
De outro ângulo, parece-nos também acertada a política de alargamento da intervenção e influência do Politécnico de Tomar a outras zonas da região envolvente.

O Bloco de Esquerda reconhece o Instituto Politécnico de Tomar como mais um factor, neste momento já indispensável, à afirmação de Tomar como cidade de referência no Centro do País, seja pelo aspecto académico puro, pelo elemento de afirmação cultural de que se reveste, pela capacidade de intervenção na investigação e salvaguarda do Património, pela inclusão da vida estudantil no tecido social e económico da cidade e do concelho, pelo nível de empregabilidade que oferece, pela visibilidade nacional consubstanciada na vinda de estudantes e professores de outros pontos de Portugal e, finalmente, pela possibilidade da fixação profissional dos seus estudantes.

Em 2007 passarão 25 anos sobre o nascimento do Politécnico de Tomar, ainda então apenas Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Tomar.

O Bloco de Esquerda exorta esta Assembleia e o Executivo Municipal a, no próximo ano, não deixarem este aniversário passar despercebido, sugerindo, desde já, que o próximo número da agenda cultural do município, da responsabilidade da Divisão de Animação Cultural, inclua uma primeira referência sobre o assunto.

MOÇÃO
(Sobre a reactivação do Parque de Campismo)

Considerando que

a proposta de Orçamento Municipal para 2007 comprova a inexistência, no período da próxima Festa dos Tabuleiros, do denominado “Parque de Campismo da Machuca”;

assim se comprova a oportunidade de uma Proposta do BE, apresentada nesta Assembleia em 29 de Setembro do corrente ano, infelizmente recusada;

nessa proposta se referia: “estão terminadas, grosso modo, as obras de requalificação da zona envolvente ao Estádio Municipal e Parque de Campismo; o acesso ao Parque de Campismo está agora desbloqueado; o senhor Presidente da Câmara admitiu em declarações recentes à Comunicação Social um conjunto de preocupações relacionadas com a eventualidade de as obras do denominado “Parque da Machuca” poderem não estar concluídas a tempo da próxima Festa dos Tabuleiros; a argumentação da necessidade de um parque de campismo de apoio à Festa dos Tabuleiros foi a única relevante para a aprovação, em sede de Executivo Municipal, da criação do denominado “Parque da Machuca”; existem condições para, a curto prazo e com a garantia absoluta de funcionamento, o Parque de Campismo de Tomar poder servir condignamente a Festa dos Tabuleiros”;

a Assembleia Municipal de Tomar, reunida no dia 22 de Dezembro de 2006, entende que o Executivo Municipal deve promover a reactivação, depois das obras indispensáveis, do Parque de Campismo de Tomar para apoio à Festa dos Tabuleiros.

1 comentário:

Anónimo disse...

É possível e desjável, mas tem um (pequeno) inconveniente - gastam-se uns valentíisimos milhares de euros para repor.
E lá voltamos à saga do faz, desfaz e volta a fazer em que o dito cujo é especialista encartado.
Talvez muitos não saibam que a "machadada" final no Parque de Campismo, advinda da proposta do PS sobre o Parque na Machuca, foi uma "vingança" do Paiva ao mesmo PS.
Assim uma espécie de 2 em 1 - o PS deu o pretexto para acabar com o Parque de Campismo e ainda por cima encontrou uma solução de difícil realização.
Agora Tomar não tem nenhum Parque.
Pelo que, como fez com os cães que mandou para o Canil de Santarém, vai mandar os turistas/campistas para um Parque das redondezas "emprestado" - talvez o do Castelo do Bode (do munícípio de Abrantes).
Por último, a proposta do BE foi "chumbada" com os coerentes votos contra do PSD, a natural abstenção do PS (a lavar as mãos como Pilatos) e os votos a favor de IpT, CDU e BE.
E assim o Bloco Central se entendeu, mais uma vez, a bem do Paivão.