Queremos uma
estrela “Michelin” nos nossos marmelos
Na terça-feira, no pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, onde
encher a mula terá sido coisa boa, foram entregues as ingratas estrelas do “Guia
Michelin”, com atribuição de novos medalhões (presume-se que de porco) a restaurantes
de Guimarães e Bragança, neste caso, certamente, porque Bragança rima com
pança. Certo é que o nosso gastronómico país em moda já soma seis restaurantes
com duas estrelas e 20 com uma. Ora, Tomar, nem uma estrela, nem sequer um
lusco-fusco.
Vejamos, oh ingratidão, os investimentos concelhios no
sector da gastronomia, debalde (ou de esfregona) porque daí não resultou qualquer
estrela “Michelin”:
- As sete maravilhas da nossa gastronomia, cada maravilha
mais maravilhosa que a outra.
- O congresso da sopa, incluindo a de corno, susceptível da
estrela “Michelin” no sector da lavadura.
- O feijão com todos, susceptível de galardão no sector
da flatulência.
Ora, uma forma de compensar esta frustração, será o nosso
visceral apoio à festa do nosso marmelo, sábado, na tenda do Mercado Municipal.
Devemos ir todo aos nossos marmelos, com o objectivo de propor este nosso
produto a estrela “Michelin”. Repare-se no título:
- Marmelos tomarenses conquistam estrela “Michelin”.
Vamos então lamber-nos
por eles, os nossos suculentos marmelos.
Se não conquistarmos um estrela “Michelin”, ao menos a de
um pneu recauchutado.
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