Caríssima
iluminação de Natal:
Antes de
mais, os nossos cumprimentos a vossas adoradoras armações. Serve esta postal
para te dizer que estão um bocadinho carotas, ó decorações natalícias. Até ficámos
perplexos quando, ao beber do café, lemos no “Correio da Manhã” (a maioria dos
cafés servem o “CM” ao pequeno almoço) que “Municípios gastam mais de cinco
milhões de euros nas iluminações do Natal”. É muita luz, da mais cara. Isto quando
o senhor ministro do sector aconselha o pessoal a optar pelos contadores mais
fracos (só aguentam um lâmpada de cada vez) a fim de poupar no IVA. Calhando
uma vela acesa não paga tanto de IVA.
Na sede
do distrito, Santarém, a autarquia gasta 25 mil euros na iluminação de Natal. Cá
por Tomar, recorrendo à memória da dona Net, escreveu o “Tomar na rede” que, em
2017, a autarquia terá gasto 29.458 euros, incluindo o Natal, Os Bons Sons, em Cem
Soldos, assim como o Festival de Estátuas Vivas, em Tomar.
Supondo
reacções, aqui vai alho:
Os mais
crentes e adeptos das tradições dirão que o Natal merece tudo. É a festa da
família, mesmo das famílias desavindas.
Os
pragmáticos dirão que as empresas encarregues das decorações precisam de ganhar
dinheiro.
Os mais
poupadinhos e generosos dirão que o dinheiro gasto nas iluminações de Natal melhor
seria distribuído pelos pobres, em cabazes onde se veja um comprido bacalhau,
rabo alçado.
Os mais cépticos
dirão que o Natal não interessa nem ao Menino Jesus.
Faltará
ouvir a opinião do Menino Jesus. É já a seguir.
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