quinta-feira, dezembro 20, 2018

Ó raspa, ó raspa, ó raspa ...


Antes faltar o bacalhau que as raspadinhas  
         Manhã de quinta-feira. Rotina da compra do jornal. Na livraria clientes em desespero “Então, mas ainda não há raspadinhas?”. A funcionária “Pois não”. Em desabafo “Não há quem informe que não há raspadinhas, aparecem revoadas de clientes, já correram todos os agentes da cidade, não se conformam que não haja raspadinhas”. Adianta a funcionária que está tudo em greve, incluindo os trabalhadores da Santa Casa de Misericórdia de Lisboa afectos às raspadinhas. Clientes abespinhados “As outras greves não interessam nada, esta é que faz diferença”.
            Adaptando a cantiga à quadra:
            Pode faltar o bacalhau no Natal
            O arroz-doce e o coscorão
            Pode até faltar a prenda habitual
            As queridas raspadinhas é que não
            Acreditamos que a raspadinha premiada seja a consoada perfeita. Pois que não inibam o pessoal desta fé de acertar, esta fé de um país que, à falta de melhor, vai raspando…raspando…raspando…raspando…

Sem comentários: