Está nas ruas a discussão sobre a despenalização do aborto até às 10 semanas, mas se a discussão entre os defensores do Sim e do Não tem como objectivo clarificar ideias através da exposição de argumentos validos tal não tem acontecido, sobretudo por parte dos defensores do Não.
Um dos argumentos mais descabidos que a plataforma pelo Não está a usar em outdoors, por todo o país, sugere que são os nossos impostos que servirão para pagar interrupções voluntárias da gravidez! Francamente, estava à espera de melhor por parte de um grupo que se diz defensor dos valores da vida! Mas então o que é que realmente os preocupa? As questões da vida humana ou o dinheiro dos impostos?
Pois bem, se vamos falar de dinheiro e custos para o Estado e para a sociedade; note-se que o aborto até às 10 semanas (feito através de medicação) custa bem menos que um julgamento. Quanto custa ao erário público 3 ou 4 sessões de um julgamento que mete juiz, advogados, ministério público, funcionários de tribunal e outros custos? Já agora some-se à conta o custo da investigação policial ao “crime”. É atrás de mulheres que abortam ou atrás de ladrões, assassinos, corruptos e afins que queremos por os nossos parcos recursos policiais?
Outra barbaridade difundida pelos movimentos do Não tem a ver com o facto do aborto entupir os serviços hospitalares. A verdade é que só os ginecologistas vão fazer tal intervenção, que pode ser feita com medicação semelhante à pílula do dia seguinte, o que não ocupa salas de operações e camas. Quem espera por uma operação aos ossos, cataratas ou coração, não vai por certo ouvir do seu ortopedista, oftalmologista ou cardiologista dizer que só vai ser operado dentro de 3 anos porque ele anda ocupado a fazer abortos.
No capítulo das barbaridades dos “defensores da vida”, Paulo Portas teve há dias uma intervenção muito interessante: num discurso em que defendia os valores da vida humana e onde reiterava que o início da vida humana era no ventre da mulher, afirma que concorda com o uso da pílula do dia seguinte! Mas no dia seguinte ao acto sexual, já há fecundação e divisão celular, por outras palavras já existe vida no embrião! Já agora, se Paulo Portas defende a vida mas considera que a mulher vítima de violação e o caso de má-formação do feto devem permanecer despenalizados, ora que culpa tem o feto de ser fruto de uma violação? Não é uma vida humana? Que culpa tem o feto de ser mal-formado? Será que para estas pessoas os deficientes não são vidas humanas?
E quem defende a vida humana da mulher? As que morrem por tomar medicação abortiva sem acompanhamento especializado, as que são sujeitas as torturas a sangue frio em condições desumanas e as que após um aborto têm de ir trabalhar e conviver com uma sociedade que não as entende ou ajuda a suportar o impacto do seu acto e a faz sofrer em silêncio. Quem defende estas vidas humanas?
Nascem crianças cuja sorte de nascer filho indesejado ou em circunstâncias sócio/económicas em que os seus progenitores estão incapacitados de lhes uma vivência digna, do ponto de vista humano, que todos nós defendemos. Essas “problem childs” de muitas e variadas formas poderão criar custos para o Estado e sociedade em geral.
Quanto custa ao Estado o sustento e a educação em instituições próprias para este tipo de crianças? Eu considero que estas instituições devam existir, trabalho com elas, conheço por dentro o seu funcionamento e sou o primeiro a reconhecer a sua necessidade. Só falo nisto porque os defensores do Não pelos vistos gostam de fazer contas à vida.
Outra questão que merece ser analisada é o facto de o aborto clandestino poder ser mau para a saúde de quem o faz. Sabe-se que entram mulheres nos hospitais públicos com complicações de saúde após estas praticas que podem levar à infertilidade ou mesmo à morte da mulher. Por outro lado quando a mulher recorre ao aborto ilegal não tem ninguém que a esclareça nem acompanhamento digno. Quem faz este tipo de intervenção está alheio aos motivos da mulher. Desde que ela pague! Caso se acabe com isto a mulher ao dirigir-se ao hospital passa a ser acompanhada por uma equipa de profissionais que podem garantir acompanhamento e aconselhamento.
É aqui que pode entrar os defensores do Não. Sabe-se que há mulheres que abortam por falta de informação e apoio. Abortam porque o patrão pode despedir grávidas, abortam porque o pai diz que não assume a paternidade, abortam porque não sabem que instituição as pode ajudar, enfim, porque não estão esclarecidas. Todos concordamos que a mulher deve ser informada, defendida e apoiada quando está prestes a recorrer a tal prática. Que tal estes movimentos, que pelos vistos têm muito dinheiro e recursos humanos, continuarem e passarem a desenvolver campanhas de esclarecimento e constituir gabinetes de apoio à mulher, fornecendo informação, chamando os pais à responsabilidade, pressionando a sociedade civil a defender leis de apoio à maternidade, denunciando casos de injustiça laboral sobre mulheres grávidas, apoiando jovens mulheres que não tem meios de subsistir e proporcionar uma vida digna à criança? Isto sim era bonito de ver! E já agora para os jovem pelo Não, que andam activos qb para ser ouvidos por todos os outros, que tal lutarem nas suas escolas por uma educação sexual eficiente. Que tal usarem as suas associações de estudantes para fazer campanha pela contracepção e pelo esclarecimento dos jovens, em vez de promover festarolas para subsidiar viagens de finalistas e bailes de gala!
No resto da Europa, apenas a Polónia e a Irlanda têm leis semelhantes à nossa. Hoje em dia é frequente ouvir-se dizer em tom de descontentamento que estamos na cauda da Europa, que devíamos era entregar o país aos espanhóis ou que nos países nórdicos é que se tem boas políticas. Assim sendo, a situação europeia é a seguinte: a grande maioria dos países da UE (França, Bélgica, Alemanha, Dinamarca, Grécia, Noruega, etc.) tem leis semelhantes à que se referenda em Portugal, mas com o limite de 12 semanas. Na Holanda são 13 semanas, Inglaterra 24 e Suécia 18 semanas. O que é fácil de perceber disto é que num futuro próximo (lembrem-se das constituições europeias, normalização de leis no espaço europeu, etc.) a própria União Europeia nos vai fazer mudar a lei, e aí que farão os defensores do Não? Defendem a saída de Portugal da UE?
Os abortos não são feitos de ânimo leve por ninguém, mas ilegais ou não, eles vão persistir; cabe-nos a todos decidir em que condições devem ser feitos. Portugal subscreveu tratados internacionais que apontam para a despenalização, tais como a Conferência do Cairo (1994), Conferência de Pequim (1995), Relatório da Nações Unidas para a População (1997) ou mesmo a Carta dos Direitos Sexuais e Reprodutivos (1997); está na hora de os fazer valer em território nacional e não os tratar como meras cartas de intenções a aplicar em países terceiro-mundistas.
No que toca à participação da igreja católica, esta é no mínimo indecente. Já estava à espera de ouvir padres a dizer “Mais vale a roda (dos enjeitados) que o aborto!” como foi dito no primeiro referendo, mas desta vez esta organização vai mais longe. O padre Nuno Serras Pereira afirmou que “Matar uma criança é mais grave do que abusar dela.” ou “qualquer relação sexual que não seja dirigida à procriação é uma perversão.”. Se o saudoso Fernando Pessa fosse vivo diria “E esta, heim!”. Isto até poderia ter um carácter de anedota caso não fosse verdade, tão verdade quanto os padres que admitem excomungar os paroquianos que votem Sim ou os que aterrorizam gente simples e ignorante com discursos catastróficos sobre a justiça divina e o castigo infernal.
Fora da igreja, e no que toca ao combate da propaganda nas ruas tenho apenas a dizer que nas freguesias de Algés e Dafundo (casos que constatei pessoalmente), os defensores do Não cortaram faixas e vandalizaram cartazes do PCP e Bloco de Esquerda colando por cima desses cartazes seus apelando ao Não. Isto prova duas coisas: o desespero de, como diz um amigo meu, quem quer e não consegue atingir o seu objectivo e que há nestas pessoas falta de sentido democrático como eu nunca vi. Já participei em muitas campanhas eleitorais e sempre assisti a um respeito quase religioso por não danificar os materiais de campanha dos outros partidos; era preciso virem os defensores da vida e da moral para fazer um coisa que eu pensava ter acabado com o PREC!
Poderia ainda apontar mais argumentos em prol do Sim, contudo penso que já muito foi dito. Resta-me apenas concluir que dia 11 podemos acabar com o ultraje do falso moralismo que tantas mulheres tem atacado. É tempo de mudar!
Carlos Faria
19 comentários:
É preciso dizer NÃO votando SIM!
CARTA ABERTA
ÀS MINHAS IRMÃS, AOS MEUS IRMÃOS DO NÃO
Mário, Presbítero da Igreja do Porto
Com o meu abraço Padre Mário de Oliveira
1. Se vão votar NÃO, porque pensam que a pergunta que vai a referendo dia 11 de Fevereiro 2007 é se somos a favor do aborto ou contra o aborto, então deverão reconhecer que estão enganados, porque a pergunta que vamos referendar, sim ou não, não é essa. Se fosse, também eu votaria NÃO. A pergunta é se concordamos com a despenalização das mulheres que porventura abortem nas primeiras dez semanas de gravidez. Por isso, eu voto SIM. Porque uma lei assim, que despenaliza as mulheres que abortem nas primeiras dez semanas de gravidez acaba de vez com a lei que está actualmente em vigor e que condena as mulheres que abortarem, mesmo naquelas condições, até três anos de prisão, depois de as ter humilhado publicamente num julgamento quase sempre mediatizado nos tribunais.
2. Mas vós, minhas irmãs, meus irmãos do NÃO, devereis ter em consideração um outro pormenor importante e, então, talvez passareis do NÃO ao SIM. É que com o vosso NÃO estais a dizer à Sociedade civil e ao Estado português que quereis que as mulheres que decidiram abortar nas primeiras dez semanas de gravidez continuem a poder fazê-lo apenas na clandestinidade; e, se são pobres e vivem em condições de degradação e no seio de famílias completamente desestruturadas, que continuem a fazê-lo apenas nas abortadeiras/habilidosas, com todos os riscos para a sua saúde e sempre com o medo de virem a ser denunciadas, presas e condenadas em tribunal. É isto que queremos para as mulheres pobres que decidirem abortar nas primeiras dez semanas de gravidez? Que elas o façam apenas nestas condições de desumanidade? Eu, por mim, não quero que semelhante situação de desumanidade se arraste por mais tempo e por isso voto SIM à lei que vai a referendo. Porque com a aprovação da nova lei, também as mulheres pobres que decidam abortar passam a poder fazê-lo (nunca serão obrigadas a fazê-lo e oxalá elas não queiram nunca fazê-lo!) nos estabelecimentos públicos de saúde ou noutros devidamente autorizados, o que é muito menos traumatizante para elas e muito menos perigoso para a sua saúde (ora, como sabem, as mulheres pobres também são pessoas, não apenas as mulheres ricas e com estudos para facilmente se desenrascarem em situações como esta de que estamos aqui a tratar, a duma gravidez indesejada e não assumida). Não quereis acompanhar-me neste voto SIM? Não vedes que o vosso voto NÃO acaba por ser cruel, já que condena as mulheres pobres que abortem (as ricas safam-se sempre, porque têm outros meios para isso) a fazê-lo apenas na mais abjecta clandestinidade e às mãos de abortadeiras/habilidosas?
3. Mas há outro pormenor que deveis ter em conta e que não posso calar por mais tempo. Com o vosso NÃO à lei de despenalização do aborto estais a impedir que as mulheres grávidas passem a estar no centro da decisão de levar por diante a gravidez, ou de a interromper, caso seja esta última hipótese a sua escolha, sempre dolorosa, indubitavelmente, e por demais difícil, mas a sua escolha. E porquê? Porque a lei que vai a referendo diz que só poderá haver aborto nas primeiras dez semanas de gravidez, nos hospitais ou outros estabelecimentos de saúde devidamente autorizados, por opção da mulher grávida. E este é, para mim, o aspecto mais importante da pergunta e da lei a referendar. Porque coloca as mulheres no centro da decisão. É por opção delas, não é por opção nem dos pais, nem do marido, nem do namorado, nem das amigas, nem da pressão social, nem do Estado, nem do pároco, nem do confessor ou director espiritual, nem do bispo, nem do papa. Apenas por opção das mulheres na condição de grávidas. É por isso que eu voto SIM. E gostava que todas as minhas irmãs católicas, todos os meus irmãos católicos me acompanhassem neste SIM.
4. E aqui tenho que fazer uma pausa e perguntar-vos: Sabeis porque a hierarquia da nossa Igreja católica – os bispos e os párocos – se mostra tão furiosamente contra a lei de despenalização do aborto? (eles preferem dizer que são furiosamente contra o aborto e evitam falar em despenalização do aborto, mas é a despenalização do aborto que vai a referendo, não a liberalização do aborto e muito menos a sua imposição; porque se fosse, também eu, como já disse, votaria NÃO, obviamente). Vou revelar-vos o segredo, nem que, por causa disso, os nossos bispos se zanguem comigo. A verdade é para se dizer e praticar, porque só a verdade, como diz Jesus, o do Evangelho de João, nos faz livres. Os nossos bispos, devido, sobretudo, à (de)formação clerical que receberam e da qual não querem abdicar, para não perderem o lugar nem os privilégios, não admitem, não podem admitir que alguma vez as mulheres estejam no centro de decisões tão importantes como esta que vai a referendo dia 11. Apenas eles, nunca elas! Como sabeis, sempre foi assim nos tempos da velha Cristandade Ocidental e na Idade Média. Mas não pode continuar a ser assim. Vede, por exemplo, o que eles – bispo de Lisboa, párocos de VN Ourém, confessores/directores espirituais – no início do século XX, fizeram com a pequenita Lúcia, de Fátima; como a meteram no Asilo de Vilar, no Porto, a levaram sequestrada para um convento na Galiza e, depois, não satisfeitos, ainda a meteram num convento de clausura, até ao fim dos seus dias, sem que a pobre alguma vez pudesse decidir sobre a sua vida e o seu futuro… É isto humano? É isto evangélico? É isto cristão jesuânico? Os bispos e os párocos acham que são os únicos que sabem o que as mulheres devem fazer ou deixar de fazer, em matérias tão delicadas como as da bioética. Como diz a nova novela das noites da RTP1, “Paixões Proibidas”, as mulheres não têm que pensar, saber, entender coisa nenhuma. Apenas têm que obedecer ao pai e, na sua ausência, ao irmão mais velho e, depois de casar, ao marido; finalmente, ao pároco, ao bispo, ao papa. Ora, é aqui que reside todo o valor evangélico e cristão jesuânico da pergunta e da Lei a referendar dia 11. “Por opção da mulher”. Os bispos e os párocos que estão em campanha pelo NÃO querem convencer-nos que isto é arbitrariedade, mas não é. Isto é Maioridade, é Liberdade, é Reponsabilidade. E só por esta via chegaremos a ter mulheres verdadeiramente adultas, livres, responsáveis. E só com mulheres assim, bem no centro das decisões que a elas dizem respeito, é que se dá glória a Deus e poderemos construir uma sociedade humana e sororal.
5. Finalmente, deixo-vos, irmãs católicas, irmãos católicos, mais uma revelação decisiva para mudardes o vosso voto do NÃO para o SIM. Já repastes (infelizmente, não temos procurado ser católicos bem informados e andamos quase sempre muito distraídos do essencial) que o Código de Direito Canónico (CDC), da Igreja, ainda é mais penalizador contra as mulheres católicas que abortarem do que a actual lei do Código Penal português? Vede só esta barbaridade canónica: as mulheres católicas que abortarem ficam automaticamente excomungadas, portanto, fora da comunhão da Igreja! Nem é preciso o Tribunal eclesiástico proferir a sentença. É automático! Porém, se as mulheres católicas grávidas, para não serem excomungadas, decidirem levar a gravidez ao fim e, logo após o parto, matarem o bebé, já não sofrem qualquer sanção canónica. Cometem, obviamente, um pecado mortal de infanticídio, mas não sofrem nenhuma sanção canónica. Estremeceram com o impacto desta revelação? Mas a realidade é esta. E porquê esta sanção canónica contra as mulheres que abortam e não contra as mulheres que matem o próprio bebé acabado de nascer? Porque decidir levar a gravidez ao final ou abortar é uma opção que só as mulheres grávidas podem protagonizar. Mais ninguém. E para que nunca as mulheres sejam sujeito de opções de tanta monta, é que a hierarquia católica recorre à excomunhão, o que, reconheça-se, em tempos de Cristandade como eram os da altura em que o CDC foi publicado, era praticamente o mesmo que matar as mulheres por apedrejamento. Mas digam-me uma coisa, irmãs, irmãos: Sem mulheres desta estatura moral, capazes de optar em matérias de tanta monta, ainda se pode falar em mulheres? Ou apenas em coisas, ou em simples barrigas de aluguer?
6. Pensem nisto e votem SIM, como eu, para que a nova lei que vai a referendo seja aprovada. Com este voto SIM estaremos, como católicas, como católicos, a dizer também à hierarquia da nossa Igreja católica que altere o CDC e deixe de excomungar as mulheres que abortem, tal como o Estado português irá deixar de as penalizar com prisão até três anos, se a lei for aprovada, como espero.
Percam os medos, irmãs, irmãos. Pensem pela vossa cabeça. E decidam segundo a vossa consciência pessoal. Deixem de pensar e de decidir pela cabeça e pela consciência funcional do clero. Façam como eu que penso pela minha cabeça e decido segundo a minha consciência pessoal. E por isso voto SIM no referendo do dia 11. Quem de vós me acompanha nesta liberdade/responsabilidade?
Dou-vos o meu afecto e a minha Paz.
Mário, Presbítero da Igreja do Porto www.portugalclub.org
Com o meu abraço Padre Mário de Oliveira
Noticia o Correio da Manhã de hoje dia 8 de Fevereiro que um sacerdote de 79 anos vai votar SIM porque não quer as mulheres sujeitas a processos judiciais nem a exames vaginais.
Aqui está o exemplo salutar de um "velho" muito novo e muito lúcido.
Este não foi agrihoado pela hierarquia da sua Igreja.
Ainda bem!
Para o meu "Guru", Luis Ferreira, vai o meu mais profundo reconhecimento pelo prestimoso serviço que me prestou ao ensinar-me o caminho, ao permitir-me ver a luz, ao expurgar do meu espírito a dúvida atroz.
SIM! SIM! Eu vou votar sim, porque quanto mais leio Luis Ferreira mais me comvenço que a via correcta é dizer sim ao aborto.
Referendo: Padre que vota "Sim" pertence à diocese de Lamego
Viseu, 08 Fev (Lusa) - O sacerdote que quarta-feira anunciou que votará "Sim" no referendo de domingo sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez pertence à diocese de Lamego, esclareceu hoje à Lusa fonte da diocese de Viseu.
Segundo o padre Manuel Matos, Vigário Episcopal para a Pastoral da diocese de Viseu, o sacerdote em causa, padre Manuel Costa Pinto, vive naquela diocese mas exerce a sua actividade sacerdotal numa paróquia da diocese de Lamego.
O voto favorável no referendo foi justificado pelo sacerdote porque entende que deve acabar a humilhação das mulheres em tribunal e o "verdadeiro infanticídio" a que obriga a lei actual.
O padre Manuel Costa Pinto, de 79 anos, defende que a mulher deve ser libertada "dessa coisa vergonhosa que é o julgamento e os exames à sua vagina" e também do castigo da prisão e deu o exemplo de Jesus Cristo, que perdoou a adúltera.
"Jesus disse 'aquele que estiver sem pecado que atire a primeira pedra' e ficou apenas ele e a mulher.
Então acrescentou: 'eu não te condeno, vai, e não tornes a pecar'. O nosso Magistério, papas e bispos, não podem esquecer isto", frisou.
"Eu voto 'Sim' sem qualquer dificuldade. Não tomo esta atitude de ânimo leve, sei a minha responsabilidade como católico e como padre", frisou, acrescentando não ter receio de ser excomungado.
"Já estive suspenso 17 anos por escrever um livro sobre o celibato a defender que os padres se deviam casar. Hoje já toda a gente diz isso, mas naquele tempo (início da década de 70) fui só eu", contou.
AMF/JPA.
Lusa/fim
"Um dos argumentos mais descabidos que a plataforma pelo Não está a usar em outdoors, por todo o país, sugere que são os nossos impostos que servirão para pagar interrupções voluntárias da gravidez! Francamente, estava à espera de melhor por parte de um grupo que se diz defensor dos valores da vida! Mas então o que é que realmente os preocupa? As questões da vida humana ou o dinheiro dos impostos?"
-BOM DIA
TIREI ESTE EXCERTO DO TEXTO PARA SERVIR DE PONTO DE ARRANQUE PARA A MINHA OPINIAO
NESTE ARTIGO NO SEU FINAL EXISTE UMA CRITICA AO DEFENSORES DO NÃO POR CAUSA DO DINHEIRO DOS IMPOSTOS.
-PERGUNTO EU:
SERÁ QUE AO TITULAR DO ARTIGO O DINHEIRO NÃO LHE CUSTA A GANHAR?A MIM CUSTA E BASTANTE!
-SERÁ QUE O PORTUGUES NÃO É JÁ SUFICIENTEMENTE ESPOLIADO DO SEU RENDIMENTO!?
-PORQUE SERÁ QUE EU TENHO DE ANDAR A PAGAR AS ASNEIRAS QUE ALGUMAS MULHERES FAZEM!?ATÉ PORQUE EXISTEM MUITOS MEIOS DE EVITAR A GRAVIDEZ ACTUALMENTE.
-NÃO SERÁ HIPOCRISIA DEFENDER O SIM COM BASE NA VIDA?EU ACHO QUE SIM PELO MOTIVO EXPRESSO NO PONTO ANTERIOR.
FINALMENTE EU VOTO NÃO, PORQUE ACHO QUE QUEM QUER ABORTAR DEVE PAGAR DO SEU BOLSO E NÃO TODOS NÓS A PAGAR...
Referendo: Diocese de Lamego vai conversar com padre defendor do "Sim"
Viseu, 08 Fev (Lusa) - O vigário-geral da diocese de Lamego, à qual pertence o padre que anunciou que votará "Sim" no referendo de domingo, disse que terá uma conversa com o sacerdote para esclarecer a sua posição, mas numa "base de caridade".
Na quarta-feira, o padre Manuel Costa Pinto, de 79 anos - que não tem paróquia atribuída mas que realiza algumas missas na região de Viseu quando lhe pedem -, justificou o voto no "Sim" com a necessidade de acabar com a humilhação das mulheres em tribunal e o "verdadeiro infanticídio" a que obriga a lei actual.
"Em termos doutrinais, não podemos aprovar o que ele disse.
Quando houver oportunidade vamos ter uma conversa com ele, mas na base da caridade entre pessoas que se estimam, não para recriminar", disse à Agência Lusa o vigário-geral Eduardo António Russo, assumindo assim a posição da diocese de Lamego, devido à indisponibilidade do bispo D.
Jacinto Botelho.
"A nossa forma de tratar as pessoas é personalizada, na base da intimidade e do relacionamento pessoal. Não vai passar nada para fora, vai ser privado", garantiu.
O vigário-geral contou que o padre Manuel Costa Pinto foi acolhido na diocese de Lamego depois de ter estado suspenso da actividade.
Na quarta-feira, durante uma conferência do Movimento Distrital pelo Sim, o padre contou ter estado suspenso 17 anos por escrever um livro sobre o celibato onde defendia que os padres se deviam casar.
"Ele é natural de Bragança, mas foi suspenso quando estava a exercer em Lisboa. Passados vários anos, mostrou vontade em regressar à Igreja e o bispo de Lamego recebeu-o e esteve aqui muito tempo, enquanto a saúde lhe permitiu", contou.
Almofala, Cujó e Monteiras foram paróquias da diocese de Lamego onde exerceu o sacerdócio, tendo "de vez em quando" dito "algumas coisas que iam contra a doutrina que a igreja recebeu e que tem obrigação de ensinar, mas nada de mais".
Segundo o vigário-geral Eduardo António Russo, "no início deste século pediu que o dispensassem do exercício do serviço paroquial por motivos de saúde e foi viver para Viseu, onde tinha uma irmã que o apoiava".
"Fez bom trabalho durante muitos anos. Nos últimos tempos, começou a publicar artigos desconchavados sobre o aborto. Falámos com ele, que é uma pessoa educada e até disse que concordava connosco, mas depois esquecia-se outra vez", afirmou.
Com a discussão sobre o assunto gerada pelo referendo do próximo domingo, o padre voltou a assumir as suas posições sobre o aborto.
"Ele pode pensar que está livre, mas não está. Apenas vive em Viseu, mas pertence à Diocese de Lamego, foi aqui que foi recebido e lhe foi dado novo ofício", lembrou.
A Lusa tentou ouvir novamente o padre Manuel Costa Pinto, mas este encontra-se incontactável.
Na quarta-feira, o sacerdote defendeu que a mulher deve ser libertada "dessa coisa vergonhosa que é o julgamento e os exames à sua vagina" e também do castigo da prisão e deu o exemplo de Jesus Cristo, que perdoou a adúltera.
"Jesus disse 'aquele que estiver sem pecado que atire a primeira pedra' e ficou apenas ele e a mulher. Então acrescentou: 'eu não te condeno, vai, e não tornes a pecar'. O nosso Magistério, papas e bispos, não podem esquecer isto", frisou.
Por outro lado, o padre afirmou não compreender como "pessoas sensatas" podem alhear-se do "verdadeiro infanticídio" que muitas mulheres cometem depois do nascimento dos filhos.
"Mulheres com medo, que não têm dinheiro para ir para o aborto clandestino e muito menos para o estrangeiro, disfarçam a gravidez até ao parto. Vão para uma casa de banho, sai uma criança, aí sim, já uma criança, metem-na num saco e deitam-na ao caixote do lixo, ao esgoto ou até no campo", lamentou.
"Eu voto 'Sim' sem qualquer dificuldade. Não tomo esta atitude de ânimo leve, sei a minha responsabilidade como católico e como padre", frisou, acrescentando não ter receio de ser excomungado.
AMF Lusa/fim
Anónimo das 11H15 também tu te deixaste enredar pela propaganda dos defensores do não.
Julgas que o aborto é uma brincadeira para qualquer mulher, que - como asnamente disse o Neves - é igual a falar ao telemóvel.
Não é assim não, um aborto implica muito sofrimento, muita dor, muita privação, muita angústia, muito risco.
E fica sabendo que os teus impostos vão servir na mesma para que as Tias da Quinta da Marinha, de Vilamoura, de Cascais etc. continuem com as suas obras de caridadesinha, com uns partys à mistura, com as idas a Londres ou às clínicas privadas da "alta" fazer o seu abortozinho quando há problemas.
A hipocrisia desta gente é que anda sempre a bater com a mão no peito, a dizer que a vida é assim, é assado, começa logo que se dá a relação sexual, e assim, mas não se preocupa com os filhos de muitas e muitas pobres que vegetam por aí sem amor, sem condições, sem um lar, sem família.
E só quando há e referendo e que as clínicas clandestinas podem perder a clientela é que vêm exibir-se na TV a vociferar contra os criminosos que fazem o aborto, mas que não devem ser punidos.
Para dizer basta a esta gentalha é preciso votar SIM à tolerância, à liberdade responsabilizante, à dignidade da mulher e ao exercício pleno do direito à saúde nos serviços públicos.
Dizer sim, é ser pela vida.
No dia 11 de Fevereiro os portugueses como poucas vezes terão a hipotese de escolher sobre algo importante na vida de cada um.
Desde 25 de Abril de 1974 apenas dois referendos houve em Portugal, em 1998 e ambos o Não venceu e no caso de ambos tudo voltou e volta a ser questionado, no caso da despenalização do aborto até ás 10 semanas com opção da mulher, em 1998 derivado da abstenção acima de 50% mesmo com a ténue vitória do Não o referendo ficou sem efeito.
Neste dia 11 do mês de Fevereiro, pensemos um pouco nas consequências do Não ganhar, clinicas a ganhar fortunas neste negocio que bem a Maria José Morgado falou e questiono mesmo será que muitos desses que apoiam o não não serão os mesmo que com esse não vão enriquecer fazendo abortos ilegais e bem pagos por isso.
Dizer Sim, é acabar com isso, acabar com as mortes, dar mais um passo na liberdade de escolha que é um dos pilares da democracia, para que serve a constituição se os cidadãos não podem ter o poder de escolher sobre suas vidas, será crime isso?
Dizer Sim, é acabar com os negocios milionários de clinicas iligais que por vezes dão em mortes, mais vale ser num hospital público com psiquiatras, médicos e assistentes sociais que sem obrigar tentem explicar e quiçá assim evitar que o aborto seja feita.
Dizer Sim, é ser pela vida, a vida não é apenas viver mas viver bem, queria que esses senhores que invocam a vida fossem os mesmos que apoeiem aumentos salariais porque só assim os casais pensam em ter mais filhos, em vez da demagogia sejam pela vida a sério, apoiando o social em vez do economico.
Dizer Sim, é salvar vidas e dar à mãe o poder de em amor decidir a mais dificil de qualquer decisão, a ela sim, com o não é deixar na escuridão e na solidão sem qualquer poder de escolher.
Dia 11 vá pela vida e vote sim.
FM
Governo deve tomar medidas em vez de pedir ao povo a solução
Não ! - Não à legalização do aborto através da falsa bandeira (engodo) da despenalização !
A despenalização do aborto é outra forma enganadora de combater o aborto. O número de interrupções de gravidez, no mínimo, triplicará (uma vez que passa a ser legal) e o aborto clandestino continuará - porque a partir das 10 semanas continua a ser crime e porque muitas grávidas não se vão servir de uma unidade hospitalar para abortar, para não serem reconhecidas publicamente.
O governo com o referendo o que pretende é lavar um pouco as mãos e transferir para o povo a escolha de uma solução que não passa, em qualquer uma das duas opções, de efeito transitório e ineficaz.
Penso que o problema ficaria resolvido, quase a 90 %, se o governo, em vez de gastar milhões no SNS, adoptassem medidas de fundo, como estas:
1 – Eliminação da penalização em vigor (sem adopção do aborto livre) e, em substituição, introdução de medidas de dissuasão ao aborto e de incentivo à natalidade – apoio hospitalar (aconselhamentos e acompanhamento da gravidez) e incentivos financeiros. (Exemplo: 50 € - 60 € - 70€ - 80€ - 90€ - 100€ - 110€ - 120€ -130€, a receber no fim de cada um dos 9 meses de gravidez). O valor total a receber (810€) seria mais ou menos equivalente ao que o SNS prevê gastar para a execução de cada aborto. (*)
2 – Introdução de apoios a Instituições de Apoio à Grávida. Incentivos à criação de novas instituições.
3 – Introdução/incremento de políticas estruturadas de planeamento familiar e educação sexual.
4 – Aceleração do "Processo de Adopção".
(*) Se alguma mulher depois de receber estes incentivos, recorresse ao aborto clandestino, teria que devolver as importâncias entretanto recebidas (desincentivo ao aborto). [Não sei se seria conveniente estabelecer uma coima para a atitude unilateralmente tomada, quebrando o relacionamento amistoso (de confinaça e de ajuda) com a unidade de saúde].
Estou para ver se os políticos vão introduzir, a curto prazo, algumas deste tipo de medidas. É que o povo, mais do que nunca, vai estar atento à evolução desta problemática.
A este anónimo apenas uma nota: o problema do aborto não passa por métodos contabilisticos ou por contas de merceeiro de terceira.
As contas a fazer têm a ver com a dignidade das mulheres e sem quaisquer hipocrisias, imposições, ameaças ou chantagens de qualquer tipo.
A mulher e a saúde pública são o centro das preocupações.
As contas deste anónimo revelam a mentalidade retrógrada de alguns preconceituosos e falsos moralistas, catolicões e sacristas.
Pela LIBERDADE de TODOS deve votar-se SIM.
VEJAM ESATA NOTICIA DA LUSA E VEJAM AO QUE ISTO CHEGOU: POR ISSSO ESTAMOS NA CAUDA DA EUROPA
Referendo: Padre pelo sim está "possuído pelo diabo", dizem populares
Viseu, 08 Fev (Lusa) - Populares das paróquias de Lordosa e Ribafeita, concelho de Viseu, dividem-se nas opiniões sobre a atitude do padre Manuel Costa Pinto, que assumiu que votará "sim" no domingo, com os mais radicais a consider arem que está "possuído pelo diabo".
Na quarta-feira, o padre - que não tem paróquia atribuída mas realiza m issas quando lhe pedem, nomeadamente em Lordosa e Ribafeita - justificou o voto no "sim" com a necessidade de acabar com a humilhação das mulheres em tribunal e o "verdadeiro infanticídio" a que obriga a lei actual.
"Mas que anda esse homem a fazer na Igreja? Só pode ter expulsado o Esp írito Santo e admitido o diabo para chegar a esse ponto", disse à Agência Lusa, visivelmente revoltado, Domingos Alexandre, de 70 anos, que costuma assistir à m issa do padre em Ribafeita.
Domingos Alexandre admite que a Igreja deve ser tolerante e perdoar, ma s considera que "há pecados que não têm perdão e o que ele disse foi horrível".
"É um segundo rei Heródes, é um matador de inocentes. E ainda por cima é um homem da Igreja", frisou, dizendo-se surpreendido com esta posição do padre , a quem nunca teve "nada a apontar" até hoje, quando tomou conhecimento das sua s posições.
Por isso, não hesita em defender que "deve ser expulso da Igreja".
As polémicas afirmações do padre, que já chegou a estar suspenso 17 ano s por ter defendido o casamento dos padres, numa obra que escreveu no início da década de 70, foram o assunto da tarde de um grupo de mulheres frequentadoras da Igreja.
Maria Ester Boloto, de 73 anos, considera que "o padre Manuel deve esta r possuído pelo diabo" e, por isso, não o quer mais na paróquia de Ribafeita, "u ma terra muito religiosa, a terra da Madre Rita Amada de Jesus (beata)", cuja me dalha traz ao peito numa corrente.
"Quem for religioso tem de o ser até ao fim. Ele está a dar maus exempl os, devia era dizer que apelássemos ao 'não'. Na Alemanha, onde o aborto foi leg alizado já não há crianças, só pretos. Querem que Portugal fique igual?", questi onou.
Maria Ester Boloto disse que as pessoas com quem falou durante a tarde "estavam muito revoltadas", porque "não contavam que ele dissesse uma coisa dest as".
Em Lordosa, os populares mostraram reacções mais moderadas em relação à s declarações feitas pelo padre, até porque ele já tinha assumido a sua posição durante uma missa na paróquia, há algumas semanas.
"Fiz mal, sei que foi um erro ter dito que votava 'sim' durante uma mis sa. Mas estava a falar da misericórdia de Deus, em Jesus ter perdoado mesmo a mu lher adúltera e saiu-me, espontaneamente", contou hoje à Lusa o padre Manuel Cos ta Pinto.
Referiu que, logo nesse dia, houve pessoas que se manifestaram na sacri stia, nomeadamente um homem que comentou "isto não é próprio de um padre" e, dep ois disso, já algumas mulheres lhe disseram que iam rezar por ele.
"Eu estava na missa em que ele disse isso e não fiquei chocado, mas vi logo que muita gente que ia reclamar", disse Arlindo Duarte, de 61 anos.
Defende que "os padres também devem ter opinião e depois cada católico vota como quiser".
"Só disse que ele votava 'sim'. Não disse para toda a gente votar como ele. Disse aquilo que lhe estava na ideia, porque é muito espontâneo", considero u.
Arlindo Duarte, que ainda não decidiu o que votar no próximo domingo, lembrou que "mesmo a Igreja não é unânime" nesta questão e que "há muita gente d a Igreja que vai votar 'sim', só que não tem coragem para o admitir, e nem preci sa, porque o voto é secreto".
"Este padre teve coragem. Quanto aos outros, que defendem a excomunhão de quem votar 'Sim', não vivem neste mundo", acrescentou.
Fernanda Ferreira, de 40 anos, e que já está decidida pelo "Não", tamb ém considera que "foi um homem corajoso", mas "se calhar, enquanto padre, não de via ter dito o que disse".
"Ele como padre é muito aberto connosco, tem umas ideias mais evoluída s que outros que eu acho que os padres podem defender. Mas há limites", sublinho u.
Depois de um dia recheado de telefonemas, e de telemóvel pendurado ao pescoço, o padre Manuel Costa Pinto mantém a posição assumida na missa de Lordos a e reafirmada quarta-feira, numa conferência do Movimento Distrital pelo Sim.
Natural de Castro Daire, Manuel Costa Pinto deu aulas em Bragança, ond e foi ordenado em 1964, pelo bispo D. Abílio Vaz das Neves, já falecido.
Foi capelão militar na Guiné-Bissau durante dois anos e, de regresso a Portugal, foi viver para Lisboa com a irmã, onde auxiliava o padre de Santos-o- Velho.
Foi nessa altura que, na sequência de uma encíclica do Papa Paulo VI s obre o celibato, Manuel Costa Pinto escreveu a obra "O casamento dos padres", qu e foi apreendido pela PIDE e levou à sua suspensão.
Impulsionado por um colega, acabou por pedir a entrada na Diocese de L amego (à qual pertence Castro Daire, sua terra natal), desvinculando-se da de Br agança, há cerca de 20 anos.
"Nunca gostei da forma como habitualmente se faz sacerdócio numa paróq uia, pedindo dinheiro pelas missas e outros serviços. Um padre alemão, que foi e xcomungado, traduziu bem a minha ideia num livro chamado 'Funcionários de Deus'" , referiu.
Foi na diocese de Lamego que, pela primeira vez, lhe foram atribuídas paróquias, tendo passado por Almofala, Salzedas, Cujó e Monteiras e, ao atingir os 75 anos, pediu ao bispo D. Jacinto Botelho para o dispensar, tendo então pass ado a residir em Viseu, com a irmã Maria do Socorro. "Sempre foi muito progressista. Detesta o seguidismo, gosta de pensar p ela sua própria cabeça e, por isso, tem tido problemas", disse à Lusa Maria do S ocorro, frisando que "se Deus deu inteligência aos homens, foi para que a usasse m".
AMF Lusa/fim
Olha olha, olha. A notícia vem no TEMPLÀRIO e só cá faltava este. Deve ser mais um que se reformou do ensino e quer um COMPLEMENTO. Será que conhece o Concelho ou sío a Praça da República. Prof. Godinho abra o debate e puxe isto para Título.
Vejamos a noticia
LUÍS GRAÇA CANDIDATO A CÂMARA DE TOMAR
Luís Graça está disponível para candidatar-se a câmara de Tomar. Trata-se de um conhecido tomarense que foi mandatário de António Paiva no primeiro mandato, mas depois demarcou-se e hoje compara o autarca a Fontes Pereira de Melo. Luís Graça é militante do PSD, integrando a secçao de Tomar. Foi convidado para a casa civil de Cavaco Silva, Presidente da República, convite que declinou por razoes profissionais. Mais pormenores n’ O Templário
Atão mas aqui não se trata do referendo ao aborto?
A candidatura putativa à Câmara também passa por referendo?
Vamos também falar de abortos?
E de ajudas de berço?
A minha opinião sobre o Referendo, pode ser consultada no meu Blog pessoal, em Vamos por aqui!
Luis Ferreira
Tenho a impressão que há pessoas que ainda não compreenderam a pergunta do referendo sobre o aborto!
Ninguém está a perguntar se somos contra ou a favor do aborto, a questão que se põe é se a mulher deve ou não ser penalizada por fazer o aborto.
Será que a mulher deve ser penalizada depois de passar por um acto tão brutal como um aborto, muitas vezes feito em condições extremamente precárias e desumanas? Será que isso está correcto segundo os Direitos Humanos? Será que existe alguma mulher que faça um aborto por puro "desporto"? Será que mais vale nascer uma criança para depois ser deixada ao abandono em caixotes do lixo? Será que mais vale nascer uma criança para anos mais tarde ser violada e espancada até à morte pelos própios pais?
E isto não viola os Direitos Humanos?
E em relação aos impostos, eu como contribuinte, prefiro pagá-los para apoiar estas mulheres nos momentos mais dificeis das suas vidas do ter de os pagar para sustentar pais violadores e assassinos dos seus próprios filhos em cadeias públicas que são autênticos hotéis de luxo para eles e onde comem , bebem e dormem às nossas custas!
É por estas e por muitas outras razões que dia 11 de Fevereiro vou votar SIM à despenalização do aborto!
Em Tomar 60% de eleitores votaram SIM.
Estamos a ficar esclarecidos!
Ainda bem.
Oh, mas por quem sois, sr. Luis Ferreira!!
Pode meter o seu blog no c...
Achei curioso que procurassem saber qual a minha posição sobre tal tema, eu que até quando frequentava os "grupos de jovens católicos do 111" em Tomar já defendia o direito das mulheres a disporem do seu corpo, para escândalo de alguns dos "monitores da fé", isto no início dos anos 80.
Quem escrevinhou "isto"?
Adivinhem.
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