domingo, fevereiro 18, 2007

Assembleia Municipal de Tomar - propostas apresentadas pelo PS

A bancada do PS, apresentou na sessão da Assembleia Municipal de Tomar, sexta-feira, 17 de Fevereiro, as seguintes propostas:

PROPOSTA DE DELIBERAÇÃO - aprovada por unanimidade
PLANO ESPECIAL DE EMERGÊNCIA PARA O RISCO DE CHEIA
Considerando que a Bacia do Rio Nabão é uma das Bacias Hidrográficas mais sensíveis às elevadas precipitações registadas no contexto das Serras de Aire, Sicó e Alvaiázere. Considerando que é no Concelho de Tomar que se encontra o curso inferior das sub-bacias das Ribeiras de Seiça (Freguesia da Sabacheira) e Beselga (Freguesias de Beselga e Madalena), sendo estes troços regularmente fustigados por situações não previstas de cheias. Considerando que a Cidade de Tomar é o maior núcleo urbano do Distrito em zona de risco de cheia, ficando em caso de cheia do nível da observada no Outono de 2006, completamente dividida ao meio. Considerando os contactos exploratórios havidos no decurso do ano de 2001, com os serviços da CCDR-LVT e do INAG, com vista a serem optimizados os sistemas de monitorização da Bacia do Nabão. Considerando a responsabilidade do Município, enquanto proprietário confinante de cursos de água e enquanto responsável pela Protecção Civil Municipal, no que diz respeito à prevenção do risco de cheias. A Assembleia Municipal, reunida em 16 de Fevereiro de 2007, delibera o seguinte:
1 - Que sejam reatados os trabalhos técnicos com os Técnicos da CCDR-LVT e do INAG, com vista à criação de um sistema de monitorização e alerta de cheias na Bacia do Nabão, com incidência especial de alerta nos cursos inferiores das Ribeiras de Seiça e Beselga e Cidade de Tomar;
2 - Que sejam desenvolvidos os trabalhos técnicos necessários tendentes à elaboração de UM PLANO ESPECIAL DE EMERGÊNCIA, para o risco de cheias, que optimize os meios de prevenção, alerta, contingência e resolução dos problemas emergentes de tal risco.
3 - Que seja de imediato feito o levantamento, em conjunto com as Juntas de Freguesia do Concelho e estudadas as alterações correctivas de traçados e de quotas de estradas e caminhos Municipais, confinantes com cursos de água, em especial no Rio Nabão, Ribeiras de Seiça, Beselga e de Chão de Maçãs.
4 – Que esta deliberação seja levada ao conhecimento da CCDR-LVT, INAG, Serviços Distritais de Protecção Civil e comunicação social local e regional.
PROPOSTA DE DELIBERAÇÃO - rejeitada com 11 votos do PS e BE, 26 contra, de PSD, CDU e IpT
CARNAVAL NO CONCELHO
Considerando o elevado interesse que a realização de animação carnavalesca, no seio do Concelho de Tomar, para o desenvolvimento da imagem externa deste;
Considerando que este ano, além do já tradicional desfile de Carnaval e animação, na localidade da Linhaceira, que se realiza nos actuais moldes há 15 anos consecutivos, se disponibilizaram a realizar animação na Cidade um conjunto de empresários, bem como na localidade das Curvaceiras a respectiva Associação;
Considerando que este tipo de iniciativas deve merecer por parte do Município o necessário enquadramento e suporte institucional.
A Assembleia Municipal de Tomar, na sua reunião de 16 de Fevereiro de 2007, delibera:
1 – Manifestar o seu regozijo pela iniciativa de todos os Empresários e Associações, que prepararam as respectivas animações carnavalescas, para este ano de 2007;
2 – Instar o Executivo Municipal a garantir o necessário suporte financeiro, directo e indirecto, de cariz excepcional, às realizações em curso neste ano de 2007, com critérios de equidade e justiça;
3 – Instar o Executivo Municipal a organizar o processo de optimização dos meios disponíveis, uso do espaço público e divulgação externa, para o Carnaval de 2008, numa parceria entre as Associações, a ACITOFEBA, o grupo de empresário ora organizados, inscrevendo no Orçamento de 2008 as necessárias verbas que dêem a necessária consequência à actividade de animação a organizar.4 – Dar conhecimento desta deliberação às Associações do Concelho, à ACITOFEBA, aos empresários envolvidos no Carnaval 2007, bem como à Comunicação Social local e regional.
PROPOSTA DE DELIBERAÇÃO rejeitada por 19 votos do PSD contra 18 da oposição
RECUPERAÇÃO DE IMÓVEIS DEGRADADOS NO CONCELHO
Considerando que o estado de degradação a que o Município deixou chegar algum do seu património imobiliário é notório e inaceitável.
Considerando a triste realidade que é, entre outros, o Convento de Sta. Iria em ruínas, num estado que causa constrangimento e a que não julgávamos que fosse possível chegar.
que é igualmente notório é a indiferença do órgão responsável por tão grave situação.
Considerando que compete ao Município assumir um papel dinamizador da renovação do parque imobiliário do concelho.
Considerando que quer na cidade, quer nos noutros núcleos urbanos, existe hoje no Concelho um elevado número de imóveis ao abandono, em mau estado ou em ruínas.
Considerando que a consolidação urbana nunca será conseguida, se continuarmos a ver os núcleos centrais das nossas aldeias cada vez mais desertos e desabitados.
Considerando que na ronda de reuniões pelas Freguesias, de preparação do Orçamento do Município para 2007, pôde notar-se uma preocupação generalizada com as limitações impostas pelo PDM à construção de novas habitações, e se pôde testemunhar diversos relatos concretos sobre famílias jovens que acabaram por abandonar o Concelho de Tomar.
Considerando que a Câmara Municipal não tem demonstrado preocupação em desenvolver atitudes pedagógicas em relação ao PDM ou em implementar medidas que incentivem a fixação da população, mantendo, pelo contrário, um regime de taxas desadaptado e não conseguindo implementar uma qualidade de vida urbana que nos permita competir com concelhos vizinhos.
A Assembleia Municipal de Tomar, reunida em 16 de Fevereiro de 2007, delibera:
1 – Que a Câmara Municipal implemente um plano de acção que vise criar incentivos à recuperação de imóveis degradados no Concelho de Tomar, assentando entre outras, nas seguintes linhas de actuação principais:
a) Conhecimento do estado de conservação do parque imobiliário – Com auxílio da Juntas de Freguesia e dos dados do PDM, identificar os imóveis degradados integrados em espaço urbano, criando uma base de dados com consulta acessível aos munícipes. Objectivar, numa primeira fase, os imóveis em estado de ruína;
b) Desenvolvimento de acção pedagógica – Implementar acções de sensibilização que motivem os munícipes na defesa dos Planos de Ordenamento e compreensão das suas condicionantes como forma de promover a sustentabilidade futura. Criar material de divulgação, utilizar o boletim municipal e os órgãos de comunicação;
c) Isenção de taxas – Isentar das respectivas taxas o processo de licenciamento para recuperação dos imóveis identificados como ruína e aplicar taxas reduzidas em casos menos prementes desde que constantes da base de dados;
2 – Que todo este processo seja orientado para que a recuperação de imóveis se constitua como alternativa válida à construção de novas habitações, aliviando desta forma a pressão sobre os limites de contenção do espaço urbano;

10 comentários:

Anónimo disse...

'Cheia' de...
Safa!!
Ó da guarda que lhes deu a diarreia...
'Antes a morte que tal sorte!!!'
Emigremos de vez!
Que descansem em paz!

Anónimo disse...

Cheias?
Disparate. então não se vê que as populações já estão tão habituadas que até acham graça. As mercadorias e o mobiliário estragados, os negócios parados, a desgraça de quem as sofre. Tudo isto é muito importante para a revitalização da cidade! Se assim não fosse o Presidente Paiva não aparecia na TV! Portanto o melhor é rejeitar a proposta.

Carnaval?
É muito barulho! E depois pode trazer muita gente ao centro histórico, gente mascarada, gente esquisita, temos de deixar Tomar às elites (endinheiradas ou tesas). Não queremos cá essa gente toda que não se sabe de onde vem! Ainda podiam gastar a calçada!
O melhor é rejeitar a proposta.

Recuperação do Imobiliário degradado?
Então não é tão rústico ver prédios a caír? Fixar população jovem? Que disparate, só trazem é barulho e crianças e dinheiro e animação, tudo coisas negativas. Bom é como está!

Bem, como está não! Que agora depois do pavilhão aquático, depois do parque de estacionamento subaquático, vamos ter um Centro Comercial de 5 (é verdade 5!!!) pisos. Um espectáculo, um verdadeiro Colombo à escala de Tomar.

Enfim, disparates atrás de disparates! Incompetência atrás de incompetência! Anacronismo atrás de anacronismo!

Ó Senhor Presidente, ainda não percebeu que Tomar só pode crescer com a sua valorização histórica e cultural? Que pode arranjar parceiros privados não para construir mas para renovar, recuperar? Uma construção como a do "Fórum" vulgo (Centro Comercial) é mais um elefante branco, que vai perpetuar as suas lojas vazias, como se vê nos similares nas àreas suburbanas de Lisboa e nas àreas urbanas do interior?

Reflicta Sr. Presidente, reflicta e não cometa mais disparates!

Anónimo disse...

O sr. carlos godinho poupe-nos a tão grande esfadela.
Mal empregago blog carregado de propostas.
Oiça lá se quisessemos saber o que fazem os nossos deputados municipais íamos à Assembleia. Não acha?
Mande esse pessoal peentear macacos.

Anónimo disse...

Do site do PS de Tomar

Domingo, Fevereiro 18, 2007
PS propõe Referendo Local


PS irá propor Referendo Local sobre a questão Mercado Municipal-Centro Comercial

No decurso do debate público promovido pelo PS no passado sábado sobre o Plano de Pormenor do Mercado/Flecheiro, o Presidente Hugo Cristóvão anunciou que o partido irá propor em sede própria, a realização de um Referendo Local sobre a polémica questão da destruição do Mercado Municipal para construção de um Centro Comercial, propondo o PS em alternativa a manutenção e renovação do Mercado, apontado a construção do Centro Comercial para a zona de Marmelais.



Sábado, Fevereiro 17, 2007
SUGESTÕES PROPOSTAS PELO PS À POPULAÇÃO PARA MELHORIA DO PLANO DE PORMENOR DO FLECHEIRO E MERCADO

Foi apresentado hoje, no Debate Público realizado na Junta de Freguesia de Sta. Maria dos Olivais, entre as 16H30 e as 19H00, um conjunto de sugestões que os cidadãos poderão assinar e entregar na Sede da Tomarpolis, na Casa Vieira Guimarães, até ao próximo dia 2 de Março.

Foram estas as sugestões propostas e para as quais existe impresso já preenchido que se encontra em circulação:

"Nos termos do Artº6º do DL 380/99, de 22/9/99, com as alterações introduzidas pelo DL 310/2003, de 10/12/2003, apresento as seguintes sugestões, para o PP do Flecheiro e Mercado:

- Manter o Mercado, como elemento caracterizador do espaço que actualmente ocupa, com ampliação e modernização do mesmo;

- Prever um centro comercial (Fórum Tomar) em Marmelais, junto à futura via circular urbana, com excelente acesso rodoviário;

- Lançar prioritariamente concurso para a construção da Ponte de S.Lourenço/Ferrarias, em relação à Ponte do Flecheiro;

- Investir num projecto de revitalização do comércio do centro urbano, segundo o conceito já existente, em algumas Cidades, de “Centro Comercial de ar Livre”.

(Assinatura)

__________________________"

Gab.Imprensa do PS/Tomar

Anónimo disse...

POR UM REFERENDO LOCAL SOBRE A PONTE DO FLECHEIRO
Bloco de Esquerda apoia sugestão dos Independentes por Tomar.

Anónimo disse...

Onde é que está o impresso "que se encontra em circulação" para eu assinar?

Anónimo disse...

Resposta à dúvida sobre o Impresso:

O Impresso tipo, para sugestão livre, encontra-se à disposição de todos os cidadãos na Sede da TomarPolis na Casa Vieira Guimarães.

O Imprenso tipo, com as quatro sugestões propostas pelo PS, pode ser solicitado junto de qualquer dos seus dirigentes ou na Sede, tendo sido distribuído aos presentes no Debate Público realizado no passado Sábado na Junta de Freguesia de Sta.Maria.

Gab.Imprensa PS/Tomar

Anónimo disse...

No antigo Farwest pegava-se nos "bandidos", passavam-se por um bidon de alcatrão, depois por um saco de penas e largavam-se às portas da cidade.
Porque não fazer o mesmo aqui? Pega-se nos trafulhas que nos governam, mergulham-se na Etar e vão-se largar no IC3...mas no sentido Norte-Sul, que é para irem parar a Lisboa, ao pé dos outros bandidos que lhes dão cobertura...

Depois disso feito nem é preciso referendo que só serve para gastar dinheiro do erário público.

Anónimo disse...

Mas não façam isso com o Luis Ferreira senão as bactérias da Etar morrem todas coitadinhas.

Anónimo disse...

Desemprego a subir


Eugénio
Rosa

Um dos argumentos que este governo mais tem utilizado na sua campanha de propaganda para convencer os portugueses de que se estava a verificar a retoma económica era precisamente que o desemprego estava a diminuir de uma forma continuada.

Mas o INE acabou de publicar os dados do desemprego referentes ao quarto trimestre de 2006 que mostram que aquela afirmação do governo não tem qualquer sustentabilidade real.

A política económica centrada na obsessão do défice está a determinar não só o aumento do desemprego, mas também a destruição líquida de emprego. Assim, de acordo com os dados do INE, o número oficial de desempregados atingiu, no fim de 2006, 458.600 portugueses, o que corresponde a uma taxa oficial de desemprego de 8,2 por cento. Quando o governo de Sócrates tomou posse, o número oficial de desempregados era de 389.700 e a taxa oficial era de 7,1 por cento.

No entanto, se somarmos ao número oficial de desempregados todos aqueles que estão no desemprego, mas que não são incluídos nesse número e constam também das estatísticas divulgadas pelo INE (os chamados "inactivos disponíveis" e o "subemprego visível"), no quarto trimestre de 2006, o número total de desempregados, a que chamamos desemprego corrigido, já atingia 612.300 portugueses, o que correspondia a uma taxa de desemprego corrigida de 10,9 por cento.

Por outro lado, verificou-se no quarto trimestre de 2006 uma destruição líquida de emprego, pois o número de empregos (postos de trabalho) no nosso País diminuiu, entre o terceiro trimestre de 2006 e o quarto trimestre de 2006, de 5.187.300 para 5.142.800, ou seja, menos 44.500 de postos de trabalho. Outro aspecto importante é a variação do emprego por qualificações. Entre o quarto trimestre de 2004 e o quarto trimestre de 2006, o número de trabalhadores empregados com "qualificação e escolaridade elevada" diminuiu em 18.600, sendo a redução muito significativa no grupo de "quadros superiores da Administração Pública e empresas", cuja diminuição atingiu 62.000 postos de trabalho.

Enquanto se verificou esta redução neste grupo, o emprego no grupo "qualificação e escolaridade média" aumentou em 20.400 e o emprego no grupo "qualificação de banda estreita e de baixa escolaridade" cresceu em 14.500. A variação do emprego por qualificações revela que o modelo de crescimento baseado em baixas qualificações e baixa escolaridade está-se a perpetuar. Finalmente, o desemprego de longa duração (12 meses e mais), associado a uma exclusão social crescente, continuou a aumentar no quarto trimestre de 2006, atingindo já 235.200, o que correspondia a 51,6 por cento do desemprego oficial total.