Mais Palavras Para Quê ...
Se há quem as tenha dito da melhor maneira, basta-nos lê-las.
Sairam da pena de Ana Cristina Leonardo, jornalista do semanário Expresso, que escreveu o texto que segue,
Aborto, uma polémica de sempre.
''Portugal reinicia uma discussão onde parece continuar a haver demasiado «ruído». Ou como alguns temas nos recordam os limites da razão humana.«Um bebé não é um problema metafísico» foi uma frase que encheu as ruas de Paris, há cerca de 20 anos, durante uma campanha em prol da maternidade. Em Portugal, hoje, a discussão diz respeito ao aborto. Paula Teixeira da Cruz, do Movimento Voto Sim, afirmou que «não estamos a discutir nem a vida nem a morte. Recuso-me a discutir o problema nesses termos» (DN, 20-1-2007). A verdade é que muitos insistem em fazê-lo.Não sendo os bebés, definitivamente, um problema metafísico, há questões levantadas pelos opositores do Sim que nos deixam na dúvida sobre se não o serão o zigoto, o embrião e o feto. Um dos argumentos mais publicitados pelo Não assenta no seguinte raciocínio: (premissa a) o feto é, em potência, um ser humano; (premissa b) todos os seres humanos, mesmo os seres humanos em potência, têm direito à vida; (conclusão): o feto tem direito à vida. Daí se infere que a interrupção voluntária da gravidez (IVG) é atentatória desse direito, logo, um crime, um crime parente próximo do homicídio.É esta, aliás, a posição oficial da Igreja católica, que classifica o aborto como um dos pecados sujeitos a excomunhão (e isto apesar de algumas vozes discordantes, como a do padre Anselmo Borges, teólogo e professor de Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, que propõe a distinção entre vida, vida humana e pessoa humana): «A gravidade moral do aborto provocado aparece em toda a sua verdade, quando se reconhece que se trata de um homicídio [...]» (João Paulo II, Enc. Evangelium Vitae, 25-3-1995, n. 58); e ainda: «Também a legislação canónica, há pouco renovada, continua nesta linha quando determina que ‘quem procurar o aborto, seguindo-se o efeito, incorre em excomunhão latae sententiae’, isto é, automática» (idem, n. 62). Mas, a não ser que se faça da vida humana uma leitura religiosa — e essa é uma posição legítima embora, obviamente, impossível de sujeitar a referendo — a argumentação atrás exposta, contrária à IVG, não parece defensável. Porque se o que falta provar é, precisamente, que todos os seres humanos em potência têm direito à vida, não se pode, ao mesmo tempo, afirmá-lo como premissa sem incorrer em falácia. O filósofo Pedro Madeira vai mais longe. Em Argumentos sobre o Aborto [http://www.criticanarede.com] acrescenta: «[...] é, de qualquer modo, falso que, se um ser tem potencialmente um direito, então tem, efectivamente, esse direito. Enquanto cidadão português, sou potencialmente presidente da República; o presidente da República é o Comandante Supremo das Forças Armadas; no entanto, daí não se segue que eu seja agora o Comandante Supremo das Forças Armadas».Do lado do Sim, insiste-se nas condições sócio-económicas das mulheres desfavorecidas e na realidade dos números, apesar da lei proibitiva. São razões fracas, que pecam por circularidade. Porque do facto dos cidadãos carenciados terem menos condições para contratar um assassino não resulta que o Estado deva disponibilizar um serviço grátis de gangsteres ao domicílio. Assim como do facto de existirem ladrões, apesar da lei proibitiva, não se infere que o roubo deva ser legalizado. Note-se que esta contestação aos argumentos do Sim, não implica uma equivalência moral dos exemplos. Apenas se pretende mostrar que, nos casos expostos, a sustentabilidade da argumentação é difícil, se não impossível.Nada disto é novo. O aborto nunca foi um facto pacífico. No Ocidente, durante a Antiguidade, a sua regulamentação, regra geral, apenas tinha em conta os interesses masculinos e, consequentemente, só era punível quando estes eram lesados: «Estigmatizado como sinal de decadência dos costumes ou visto como atentado à ordem familiar e social, o aborto é considerado uma manifestação de inaceitável autonomia feminina» (in História do Aborto, Giulia Galeotti, Edições 70, 2007). Pelo menos até ao século XVIII, o aborto é encarado como um assunto de mulheres. Rodeado de insondáveis mistérios, à semelhança de tudo quanto dizia respeito ao segundo sexo: não por acaso, durante o longo período da «caça às bruxas», que vai do século XIV ao XVII, uma das acusações mais recorrentes é a das práticas abortivas.Com o cristianismo a impor-se como religião do Estado, o aborto ganhará o estatuto de «crime abominável», um pecado que atenta contra a acção criadora de Deus, destruindo uma criatura que Lhe pertence. Apesar deste princípio geral, a posição sobre o momento em que o feto passa plenamente a pessoa não será unânime. Embora contrário ao aborto, é Santo Agostinho quem avança com a posição mais tolerante, alicerçada na teoria da animação diferida, que faz atrasar o aparecimento da alma em relação ao momento da concepção: «não é homicida quem provoca o aborto antes da infusão da alma no corpo», sugerindo-se que esta surge nos rapazes aos 40 dias e nas raparigas aos 80. A polémica atravessará séculos: em 1558, o Papa Sisto V publica a bula Effraenatam, que condena à excomunhão todos os que provocarem o aborto, sem fazer distinção entre feto animado ou não animado. Em 1591, Gregório XIV retoma a posição agostiniana. Em 1679, Inocêncio XI vem reafirmar que o nascituro é pessoa desde o momento da concepção… Como se vê, a discussão sobre o estatuto do zigoto, do embrião e do feto (embora sob outros nomes) é coisa antiga.A ciência acabaria por ser chamada à colação, na medida exacta em que se interessa cada vez mais pelos segredos da vida intra-uterina. Quando, em 1762, Charles Bonnet propõe, em defesa do preformismo, que qualquer organismo já contém em si os futuros seres pré-formados a que dará origem, o naturalista suíço crê estar, não só a contribuir para o avanço da ciência como a confirmar a Génese bíblica. De acordo com o preformismo, desde o momento da concepção, ou o espermatozóide transporta em si um «homunculus» (animaculismo), ou este já está contido no óvulo (ovismo). A polémica entre preformismo e epigénese — hipótese proposta em 1759 pelo embriologista alemão Kaspar Friedrich Wolff, que, ao invés de Bonnet, defendia que as novas estruturas se iam formando progressivamente — foi um dos debates intelectuais mais acesos do século XVIII, só resolvido com a teoria celular, já no século seguinte.Para todos os efeitos, é interessante sublinhar que então, como agora, as posições contrárias ao aborto, mesmo quando assentes em princípios religiosos mais ou menos assumidos, nunca deixaram de tentar credibilizar-se através da ciência. Vejam-se, por exemplo, as declarações actuais de Nuno Vieira, da Plataforma Não Obrigada, um dos muitos portugueses católicos que responderam à chamada do bispo de Leiria para ir a Fátima «celebrar a vida», esclarecendo que o movimento a que pertence está empenhado em dotar a sua campanha de «dados científicos», procurando utilizar uma «linguagem moderada e esclarecedora».Se a religião sempre se pronunciou sobre o aborto, e também a ciência viria a intervir no debate, caberá ao Estado e ao Direito legislar sobre o tema. Aquilo a que alguns autores, nomeadamente Elisabeth Badinter, chamaram «a invenção da maternidade», ideia romântica que começa a propagar-se em finais do século XVIII e que desenha uma mulher plenamente realizada no seu papel de mãe, toda ela bondade e sentimentalismo, cruzar-se-á com os desígnios do poder político, que, pela primeira vez, irá defender o feto, agora não por motivos de fé mas por razões de Estado. A demografia torna-se ideologia (então, como agora, era necessário fazer aumentar a natalidade), a maternidade é explicitamente regulamentada e o aborto voluntário declarado contrário ao patriotismo nascente. Em 1810, o artigo 317 do Código Penal francês é claro: «Quem provocar aborto de uma mulher grávida com ou sem o seu consentimento [...] é punido com prisão». Em Portugal, o Código Penal de 1886 considera o aborto ilícito em todas as situações e, já no século XX, a tendência mantém-se, embora o Projecto da Parte Especial do Código Penal de 1966, do Prof. Eduardo Correia, previsse, como excepção, o aborto terapêutico (acrescente-se, a título de curiosidade, que a tese apresentada por Álvaro Cunhal em 1940 para o exame de 5.º ano da Faculdade de Letras de Lisboa versava o tema: O Aborto. Causas e Soluções (Campo das Letras,1997). O que se verifica, portanto, é que após séculos a tecer, como Penélope, no recato das casas, as mulheres e, consequentemente, a maternidade, ganham uma exposição cada vez maior no espaço público, com todas as consequências daí decorrentes.A grande alteração ao estado das coisas — tendencialmente repressivo da IVG (em França, por exemplo, em 1942, o aborto é considerado «crime contra o Estado» e sujeito à pena capital — ficará tristemente célebre o caso de Marie-Louise Giraud, guilhotinada a 9 de Junho de 1943 por práticas abortivas) — dar-se-á com a introdução, na década de 70, do argumento que pugna pelo «direito das mulheres ao seu próprio corpo». E, embora hoje em dia, este pareça ser um argumento em desvantagem na discussão, a sua consistente defesa pela filósofa Judith Jarvis Thomson em 1971 continua a ser uma referência inultrapassável (ver A Ética do Aborto, organização e tradução de Pedro Galvão, Dinalivro, 2005).A grande viragem (mesmo se, já desde 1967, a legislação britânica fosse bastante tolerante na matéria) ocorre em 1970, quando, nos Estados Unidos, o Supremo Tribunal, no caso Roe versus Wade, decide a favor de a mulher poder escolher interromper a gravidez. Segundo Ronald Dworkin, especialista em filosofia do Direito, o que estava então em causa não dizia respeito «ao problema metafísico da pessoa do feto ou teológico da sua alma, mas sim ao problema jurídico de o feto ser ou não ser uma pessoa do ponto de vista constitucional» (in História do Aborto). E se Jane Roe dá hoje voz aos chamados movimentos Pró-vida, a decisão continua a fazer lei, apesar da insistência de George W. Bush em atribuir personalidade jurídica ao feto.As palavras de Ronald Dworkin poderão, eventualmente, agradar a Paula Teixeira da Cruz. Afinal, colocar a questão do aborto em termos absolutos de vida ou de morte, não parece estar a levar a lugar nenhum, apresentando-se a própria comunidade científica dividida quanto ao assunto. Sendo, contudo, irrecusável, que no debate sobre a IVG, seja ela encarada sob o prisma do Direito ou da Saúde Pública, se introduz um irrecusável problema moral, dificilmente a discussão ética poderá ser varrida para debaixo de tapete.O caso ocorrido na Irlanda em 1992, que envolveu uma adolescente grávida que ameaçou suicidar-se se não lhe fosse permitido interromper a gravidez, talvez seja exemplo suficiente para percebermos os limites do que está em causa. Sendo a Irlanda, juntamente com Portugal, Polónia e Malta, dos países europeus com legislação mais repressiva na matéria, o Supremo Tribunal irlandês levantaria a interdição da jovem se deslocar ao estrangeiro, e esta pôde abortar em Inglaterra. Ora isto, independentemente da posição de cada um sobre a moralidade do aborto, deixa-nos perante a questão mais radical de todas: como obrigar uma mulher grávida que não quer ser mãe a sê-lo? O que nos conduz a uma segunda pergunta: até onde pode o Estado interferir nas decisões individuais dos seus cidadãos? É que, independentemente de concordarmos ou não com o argumento do «direito ao corpo», independentemente de aceitarmos ou não a existência de um conflito de interesses entre o estatuto da mulher e do feto, e, até independentemente de nos colocarmos de um lado ou de outro, o que é inegável é que a Natureza atribuiu à mulher o poder da maternidade. Enquanto assim for, não há legislação que possa mudar esse facto.''
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Justiça: Cavaco Silva concede indulto a empresário de Évora foragido - Expresso
O Presidente da República, Cavaco Silva, concedeu no último Natal um indulto a um proprietário de discotecas em Évora, ignorando q ue o homem era procurado pelas autoridades policiais portuguesas e estrangeiras, noticia o semanário Expresso.
Segundo o jornal, o Chefe de Estado concedeu o perdão de uma pena de seis meses de prisão aplicada ao empresário, desconhecendo que o homem já tinha sido condenado, num processo anterior, a quatro anos e meio de cadeia e sobre o qual pendiam vários mandados de captura nacionais e internacionais por ter fugido par a o estrangeiro.
Citando uma fonte da presidência da República não identificada, o Expresso adianta que a proposta de indulto apresentada pelo ministro da Justiça, Alberto Costa, vinha acompanhada de pareceres favoráveis, incluindo o do Tribunal de Ex ecução de Penas.
De acordo com a notícia, o pedido de perdão, visando a reintegração social do condenado, apontava como atenuante o facto de já ter sido paga uma multa de cerca de 25 mil euros, associada à pena de prisão de seis meses.
O Ministério da Justiça alega que não foi informado de quaisquer outras co ndenações, referindo que os seis meses de prisão seriam parte da pena que faltav a cumprir ao empresário.
Fontes judiciais de Évora, citadas pelo semanário mas não identificadas, a firmaram que o homem foi condenado, em processos distintos, a seis meses e a qua tro anos e meio de prisão.
Segundo as mesmas fontes, o proprietário de várias discotecas em Évora não chegou a cumprir um único de dia de prisão por ter fugido para o Brasil e Moçam bique, tendo vindo a Portugal clandestinamente algumas vezes.
O Expresso revela ainda que o indulto presidencial surpreendeu juízes de É vora.
Um deles, sob anonimato, disse não compreender "quais as razões para que u m indivíduo sem escrúpulos, que se furtou ao cumprimento de qualquer pena evadin do-se do País, tenha sido beneficiado com uma medida de perdão excepcional".
Dizer sim, é ser pela vida.
No dia 11 de Fevereiro os portugueses como poucas vezes terão a hipotese de escolher sobre algo importante na vida de cada um.
Desde 25 de Abril de 1974 apenas dois referendos houve em Portugal, em 1998 e ambos o Não venceu e no caso de ambos tudo voltou e volta a ser questionado, no caso da despenalização do aborto até ás 10 semanas com opção da mulher, em 1998 derivado da abstenção acima de 50% mesmo com a ténue vitória do Não o referendo ficou sem efeito.
Neste dia 11 do mês de Fevereiro, pensemos um pouco nas consequências do Não ganhar, clinicas a ganhar fortunas neste negocio que bem a Maria José Morgado falou e questiono mesmo será que muitos desses que apoiam o não não serão os mesmo que com esse não vão enriquecer fazendo abortos ilegais e bem pagos por isso.
Dizer Sim, é acabar com isso, acabar com as mortes, dar mais um passo na liberdade de escolha que é um dos pilares da democracia, para que serve a constituição se os cidadãos não podem ter o poder de escolher sobre suas vidas, será crime isso?
Dizer Sim, é acabar com os negocios milionários de clinicas iligais que por vezes dão em mortes, mais vale ser num hospital público com psiquiatras, médicos e assistentes sociais que sem obrigar tentem explicar e quiçá assim evitar que o aborto seja feita.
Dizer Sim, é ser pela vida, a vida não é apenas viver mas viver bem, queria que esses senhores que invocam a vida fossem os mesmos que apoeiem aumentos salariais porque só assim os casais pensam em ter mais filhos, em vez da demagogia sejam pela vida a sério, apoiando o social em vez do economico.
Dizer Sim, é salvar vidas e dar à mãe o poder de em amor decidir a mais dificil de qualquer decisão, a ela sim, com o não é deixar na escuridão e na solidão sem qualquer poder de escolher.
Dia 11 vá pela vida e vote sim.
FM
Bispo de Santarém critica pergunta do referendo
«Respeito e a protecção à vida gerada no seio» é a verdadeira questão, assegura D. Manuel Pelino
D. Manuel Pelino, Bispo de Santarém, lamenta que a pergunta posta a referendo seja “ambígua e confusa”. Para este responsável, a questão a ser referendada “parece colocar, de um lado, os que são compreensivos e modernos e despenalizam a mulher que interrompe a gravidez e, do outro lado, os que a condenam”.
“A verdadeira questão, porém, que está em causa é o respeito e a protecção à vida gerada no seio. Trata-se, no fundo, de dizer não ao aborto e sim à vida”, refere.
Neste sentido, o Bispo de Santarém considera que a campanha para o próximo referendo ao aborto “é uma oportunidade de esclarecimento e de formação sobre o mistério da vida humana, o seu começo, protecção e direitos”.
Numa mensagem publicada na página oficial da Diocese, na Internet, D. Manuel Pelino observa que esta “não pode ser uma questão política de esquerda ou de direita ou assentar apenas numa perspectiva pragmática ou depender de conveniências individuais”.
“O problema de gerar e proteger a vida ou de causar a morte tem a ver com os fundamentos éticos em que assenta a sociedade nos quais se podem alicerçar os direitos humanos fundamentais e edificar a justiça, a dignidade e o futuro”, prossegue.
A mensagem sublinha que a legalização do aborto irá provocar “a diminuição de nascimentos”, agravando-a ainda mais a crise demográfica. “Esta situação reclama que se fomente uma cultura de vida, incentivando e apoiando a maternidade, e não uma cultura de morte”, aponta.
D. Manuel Pelino classifica como “débil e provinciano” o argumento de que a liberalização do aborto “nos situa ao nível dos países mais civilizados”. Como opção ao aborto, o Bispo do Santarém pede que as mães que não desejam os filhos sejam ajudadas a “encaminhar” as crianças, para que as mesmas possam “encontrar berço e mãe”.
“Neste momento existem já no país alguns centros preparados para esta ajuda. Outros poderão erguer-se. Errado seria aconselhar a esta mulheres grávidas que abortem”, assegura.
PERGUNTAS:
O Bispo de Santarém já fez algum aborto?
Quando é que o Bispo de Santarém funda um partido político para fazer propaganda política na praça pública (que não no próprio púlpito da Igreja)?
É preciso dizer NÃO votando SIM!
Voc~es em TOMAR nao prestam. Não valem nada. Vejam noutros ´sitios por causa de uma posto da GNR, boicoita-se as eleições (referendo) Em Tomar podem vender o Concento de Crsito que todos zuram.... mas mexer-se tá quet oh mau. Palermas.....
Um Lisboeta dos Quatro Costados
Alfredo Quaresma
Leiam seus paquidermes medrosos de trampa....
Referendo: Povoação de Monção ameaça com boicote por causa do fecho da GNR
Viana do Castelo, 09 Fev (Lusa) - A ameaça de boicote ao referendo sobre a inter rupção voluntária da gravidez em Tangil, Monção, "continua de pé", mas a decisão final será tomada sábado à noite, informou hoje o presidente da Junta de Fregue sia.
Segundo José Alberto Cardoso (PS), a ameaça de boicote surgiu na sequência de no tícias que apontavam para o eventual encerramento do posto da GNR instalado na f reguesia de Tangil.
"No sábado à noite vão reunir as cerca de duas dezenas de pessoas da freguesia q ue têm liderado o processo de contestação ao eventual fecho do posto da GNR, e a í é que será decidido se se avança ou não para o boicote ao referendo", disse, à Lusa, José Alberto Cardoso.
O autarca disse ter a garantia do governador civil de Viana do Castelo de que, d e momento, não está nada decidido sobre o eventual encerramento do posto de Tang il e de que nenhuma decisão será tomada sem prévia auscultação quer da Junta de Freguesia, quer da Câmara de Monção.
"O posto local da GNR funciona num edifício inaugurado há perto de sete anos, te m todas as condições e responde pela segurança de 10 freguesias do Vale do Mouro , que correspondem a 40 por cento do território do concelho de Monção, pelo que o encerramento seria perfeitamente inconcebível", sublinhou José Alberto Cardoso .
Disse ainda que a GNR apenas paga luz e telefone, sendo as despesas relacionadas com a água e a manutenção do edifício asseguradas pela autarquia de Tangil, pro prietária das instalações.
VCP.
Lusa/fim
Senhor Quaresma
O senhor para além de mal formado em educação deveria saber que Tomar tem mais história e importância nesse campo que a capital da nação, para isso basta vossa mercê ler um pouco de história.
PS: Já agora aprenda a ser um pouco mais educado, aprende-se ou assim devia ser na escola.
FM
PORQUE SIM - 60% de eleitores votantes.
Gente esclarecida é outra coisa.
O obscurantismo vai perdendo posições.
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