segunda-feira, janeiro 21, 2019

Eça, Havana e escrita de pé

                                                                                                      portaldaliteratura.com

Sobre a exposição do Eça de Queiroz, na minha qualidade de eleitor do blogue “Horas extraordinárias”, de Maria do Rosário Pedreira, acrescento o que a editora e escritora reportou de um comentário do escritor recolhido nessa exposição, no caso sobre Havana.   
                Então, diz a editora, diplomata na cidade, dizia dela (de Havana) numa carta a Ramalho Ortigão (sim, fui à exposição sobre Eça num destes domingos de manhã e foi aí que li esta pérola): «Detesto-a a esta cidade esverdeada e milionária, sombria e ruidosa – este depósito de tabaco, este charco de suor, este estúpido paliteiro de palmeiras!»
                Como se lê, nos seus comentários Eça de Queiroz tinha muito pouco de meigo. Como é uso dizer-se, não tinha papas na língua, muito menos na caneta. Segundo os especialistas queirosianos, escrevia de pé, sempre com a sua caneta preferida. Talvez daí, por escrever de pé…  

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