sexta-feira, julho 29, 2005

A sede das Sedes de candidatura

Habitualmente as diferentes forças partidárias candidatas aos órgãos autárquicos, ''arranjam'' sedes de candidatura provisórias, ''fugindo'' das sedes das estruturas locais dos partidos. Até ao momento, apenas a candidatura ''Independente'', a última a apresentar-se, já tem sede. A sede da Pedro Marques, Rosa Dias e C.ia será na Corredoura, frente ao Café Paraíso. Dos outros candidatos nem novas nem mandados. É velho o ditado ''Os últimos são os Primeiros''. Será que a falta de empenho em instalar sede de candidatura corresponde à falta de entusiasmo das forças políticas tradicionais nestas autárquicas, ou será que estão a adivinhar chuva?

CDU, a dificuldade em renovar

A CDU apresentou a lista de candidatos à Câmara Municipal de Tomar. Para além da cabeça de lista, Sílvia Serraventoso, que transita de candidata à Assembleia Municipal para candidata ao executivo, a lista integra nos primeiros lugares, cidadãos que eleição após eleição estão sempre disponíveis, mas cujos resultados eleitorais no passado não têm sido satisfatórios, pelo que não se compreende a falta de renovação. António Sousa, Fernandes Ferreira, Maria João Rodrigues, são candidatos frequentes, apesar de se saber que a serem eleitos a sua indisponibilidade para assumirem o lugar é efectiva, como o têm manifestado em eleições anteriores. É o que habitualmente se chama a evolução na continuidade.

Paiva enviado pelo Céu num momento de Cólera

Manuel Macedo voltou a escrever no espaço de Opinião do jornal Cidade de Tomar dando a sua ''Contribuição para a eleição autárquica''. Se no primeiro trabalho, publicado na semana transacta, 22 de Julho de 2005, ''arrasava'' por completo, obra a obra, a não obra do engenheiro, investido de presidente de câmara, agora de forma mais literária .mas não menos incisiva, continua a demonstrar porque não se deve voltar a votar em Paiva. Macedo considera que ''políticos(?)'' como ele (O Eng. Paiva foi-nos enviado pelo Céu na sua cólera) são responsáveis pela pobreza e pelo atraso de Portugal''.

quinta-feira, julho 28, 2005

O erro do erro

Afinal ao contrário do que dissemos e que é nosso princípio, não corrigimos os erros ortográficos do post anterior. Aqui ficam as nossas desculpas aos leitores. Errar é humano, já ouvi isto algures ...

Tomaronline, um espaço de liberdade

Criámos este blog com vários objectivos, sendo um deles o permitir aos tomarenses e a todos os leitores de Tomaronline, mais um espaço de livre troca de opiniões. Como se tem visto, essa colaboração voluntária e responsável tem sido efectiva. Duas vias para o comentário e opinião estão disponíveis, uma através do comentário directo no blog, outra, através do mail www.tomaronline@sapo.pt . Hoje chegou mais uma opinião devidamente identificada que transcreveremos na íntegra.
Nota: Em geral corrigimos os erros ortográficos e de sintaxe, quando estamos seguros que aqueles não desvirtuam o sentido do testemunho e não são provocados voluntariamente.Muitos são o que chamamos de erros de tecla que também nos acontecem amiúde. Usem este espaço para bem da democracia. Fiquem seguros, que todas as opiniões, mesmo que discordemos delas serão publicadas. Agradecemos que indiquem sempre se pretendem ou não serem identificados.

Ora então aqui vai mais uma opinião:
''Como é do conhecimento público, e só não vê quem não quer, o Partido Socialista de Tomar é sem dúvida a única força política em Tomar, com competência para alterar, ou melhor, corrigir as asneiras que os srs. PSD, criaram, e como calculam não as vou mencionar, porque este espaço não conseguiria albergar tanto disparate.
É com imenso gosto, que vejo nas listas do PS pessoas de grande competência, com provas dadas nos diversos sectores e serviços do concelho, muitos deles indepêndentes outros não, não posso deixar de mencionar alguns, Carlos Silva, Domingos Galaio, José Vitorino, António Cúrdia, Anabela Freitas, José Pereira, como devem ter reparado mencionei dois candidatos a presidente de Junta de Freguesia, é ai que tudo começa, nas juntas o primeiro organismo a proteger as pessoas, só com pessoa destas, conseguiremos recuperar os anos de atraso que nos separam dos outros, vou referir um dos casos mais caricátos deste concelho, a Junta de Freguesia de Casais, que no mundo inteiro parecido só conheço o Iraque, ou melhor conhecia, porque políticos assim têm de ser extintos da vida política, pessoas agressivas, pessoas que só olham para elas, mas quando se aproximam as eleições tudo muda, é com doces e bolos que se enganam os tolos.....! Mas tolos já não existem assim muitos por ai, que eu conheça só mesmo o que ofereçe.
Em São João Baptista a situação também é grave mas não tanto como esta, os disparates também são muitos mas um pouco mais pacífico e com mais nível.
Falo com conhecimento de causa, moro em Tomar, na freguesia de São João Baptista, e tenho também uma habitação na Freguesia de Casais, de onde sou natural.
Para a Câmara Municipal, os eleitores têm de decidir se querem mais quatro anos de disparates atrás de disparates ou querem ver Tomar posto no mapa, onde se possa viver feliz, mas mesmo assim só pesso para viver porque até isso é dificil, as obras que a Câmara constroi são mal planeadas, mas projectadas, exemplos: Pavilhão Municipal, o Estádio Municipal, o Parque de Campismo, o preço das licenças de construção, entre outras.''

quarta-feira, julho 27, 2005

Carlos Trincão comenta o comentário de Luís Ferreira

Recebemos por mail o comentário de Carlos Trincão ao comentário de Luís Ferreira ao Manifesto Autárquico do Bloco de Esquerda.
Diz Carlos Trincão ''Não falo em nome do BE, mas parece-me importante esclarecer o meu amigo Luís Ferreira de que NÃO HOUVE qualquer desautorização ao BE Tomar para eventuais acordos autárquicos. Como o Luís muito bem sabe, o fim das conversações deveu-se apenas à indisponibilidade das outras forças políticas pelas razões que a cada uma assistem. De resto, como o Luís muito bem sabe também, porque sabe ler e interpretar Português, o Manifesto não faz assentar a candidatura no Bloco pela ausência de convergência à esquerda: pelo contrário, refere que essa mesma convergência seria de todo o interesse. Tão somente! Quanto às opiniões do Hugo Cristóvão, as mesmas são, claro, objecto de todo o respeito. Porém, respeito não significa concordância, muito menos quando são reveladoras de tiques de supremacia política sobre as outras correntes de opinião.Finamente, pela minha parte, enquanto co-autor do Manifesto Autárquico do BE, fico satisfeito pelo reconhecimento político do seu valor por parte do PS, o que reforça a minha ideia de que uma convergência de esforços à esquerda seria de toda a conveniência.Carlos Trincão''

Tomar ... és tão boa, ai és tão boa, és tão boa

Não há dúvida alguma que os tomarenses devem sentir-se muito vaidosos de viverem numa cidade que é tão desejada pelos outros. Agora, até os belgas a querem para si, no que a programa de televisão concerne. Tomem lá tento no que nos diz a seguinte nota informativa da CMT: ''Gravação é na quinta-feira - Televisão belga traz ministro e eurodeputado às ruas de Tomar

O ministro dos Negócios Estrangeiros belga, Karel De Gutch, e o eurodeputado daquele país Dirk Sterckx vão estar no concelho de Tomar dias 27 e 28 de Julho para a gravação de uma emissão do programa “True Friends” (“Amigos Verdadeiros”).
Trata-se de um programa turístico, que tem por base a questão da amizade, transmitido pela televisão nacional da Bélgica, VRT, no canal een (www.vrt.be ou www.een.be na internet), e no qual quatro belgas famosos vêm a Portugal descobrir a beleza do pais, realizando jogos temáticos. A audiência estimada é de cerca de um milhão de telespectadores.
Na quarta-feira, dia 27, serão feitas gravações nas instalações do cavaleiro Rui Salvador, na Quinta do Falcão.
Na quinta, dia 28, pela manhã, a equipa de gravação e os convidados vão estar no centro histórico de Tomar, onde irão filmar na Corredoura e na Praça da República.
Na sexta-feira serão feitas ainda gravações gerais de imagens de Tomar.
A iniciativa conta com o apoio dos Serviços de Turismo da Câmara.''

Estamos em crer que esta iniciativa não tem qualquer custo para a edilidade, só benefícios para a comunidade, ou será que estamos enganados?

Aqui fica o desafio ao vereador Ivo Santos:
a) que tipo de apoio é dado pelos serviços de turismo?
b) quais os benefícios directos (€) da estadia de tão ilustres visitantes?

Os benefícios indirectos são óbvios a médio e longo prazo.

És tão boa, és tão boa, Tomar. Agora todos em coro . Ai Tomar ... és tão boa, ai és tão boa ... e vai de roda, vai de roda

Um ecoponto p'ra mim, outro ecoponto p'ra ti .. olá, olá ...

Da Câmara Municipal, recebemos a informação que publicamos a seguir. Se bem que alguns mais ''maldosos'' vejam no acto, pura acção de pré-campanha, na nossa opinião este é apenas mais um acto integrado na política definida (?) pelo vereador Ivo Santos. Seja como for, não há nada como ir até à abegoaria e trazer o seu ecoponto, o resto são favas, aliás, liberdade de voto, contado. Ora então aqui vai a missiva: ''Mais uma iniciativa de sensibilização ambiental

Câmara de Tomar oferece ecopontos domésticos a todos os munícipes

A Câmara Municipal de Tomar está a distribuir gratuitamente, aos habitantes do concelho, ecopontos domésticos, que podem ser levantados na Divisão de Salubridade e Saúde Pública (abegoaria, junto à Estação da CP), Edifício do Turismo, Complexo Desportivo Municipal ou Biblioteca Municipal. Os munícipes que pretendam receber o seu ecoponto apenas precisam de se dirigir a qualquer um destes locais e apresentar a sua factura da água.
Este ecoponto é um recipiente de cartão, de fácil montagem, preparado para receber três sacos (vidrão, papelão e embalão) que permitem efectuar a separação de resíduos de forma rápida e cómoda, dando início ao processo de reciclagem já em sua casa.
Esta iniciativa surge na sequência das acções de sensibilização que a Câmara Municipal tem vindo a realizar com o objectivo de despertar a consciência dos munícipes para a aposta na reciclagem e no aproveitamento de resíduos. Recorde-se que já este ano, além do aumento substancial do número de ecopontos no concelho, foram entregues a todas as escolas do ensino pré-escolar e 1º ciclo mini-ecopontos, para um contacto mais imediato das crianças com este tipo de equipamentos. Por todos os alunos destes dois graus de ensino foram também distribuídas brochuras explicativas dos métodos correctos de efectuar a separação de resíduos.
Só com o esforço de todos poderemos melhorar o meio ambiente e contribuir para um concelho mais limpo, garantindo também aos nossos filhos um futuro saudável.''

Parabéns ao Bloco de Esquerda (PS de Tomar)

O presidente da concelhia de Tomar, Luís Ferreira, enviou um comentário ao post que publicava o manifesto eleitoral do Bloco de Esquerda. Aqui lhe damos o devido destaque:
''Os nossos parabéns ao Bloco de Esquerda, pela sua afirmação na responsabilidade das propostas apresentadas.Tal prova a existência de apenas duas forças políticas em Tomar (PS e BE)- com regularidade a fazerem o que deve ser feito: trabalhar em equipa, tendo como objectivo último a melhoria da vida de todos os que vivem no Concelho, colocando a ênfase na estratégia de médio prazo e procurando fugir à "fulanização" da política.No PS costumamos dizer que "estamos fartos de gente importante", porque importante para nós é o Concelho e todos os seus habitantes.Aliás se não fosse isso, tínhamos há já muitos meses deixado "os do costume" tomar conta das decisões e do "barco". Não o fizemos, e não o faremos no futuro, porque estamos convictos de que a política em Tomar precisa de "novos ares", de "novas políticas" e de "novos protagonistas" (independetemente da idade, claro!).Estranho é que um Partido como o Bloco, faça uma abordagem tão exaustiva a tentar justificar a sua candidatura (natural) à Câmara e Assembleia Municipal, tentando colocar o ónus da mesma no facto de "outras forças de esquerda" não quererem fazer uma "plataforma" comum. Como sabem o PS foi o primeiro partido a fazer tal desafio em Junho de 2004. Infelizmente para Tomar, a CDU fugiu por não ter qualquer interlocotor credível e com autonomia no Concelho e quanto ao Bloco, pelo que sabemos foi desautorizado de estabelecer quaisquer compromissos com o PS.Daí não vem mal nenhum ao mundo em virtude da confluência de preocupações de desenvolvimento existentes entre o BE e o PS, variando muitas vezes apenas a intensidade das mesmas e o estilo da sua apresentação. Por isso, não se afigura complicado no futuro a confluência de actividade estratégica, no respeito pela autonomia das suas forças políticas e objectivos de longo prazo para Tomar, pelo que é de saudar o aparecimento deste manifesto do Bloco, aguardando o PS com a calma que lhe é habitual, propostas semelhantes da "Concessão" que o PSD fez aquele Sr. que exerce as funções de "Ditador da Praça da República".Quanto à opinião do dirigente socialista e candidato a Vereador Prof. Hugo Cristóvão, devem respeitá-la, mesmo que com ela não concordem por questões estratégicas. É evidente que só o PS tem possibilidades objectivas de "destronar o ditador" instalado na Câmara Municipal. A garantia que damos é que ao fazê-lo não iremos ficar "cegos" em relação ao contributo de outros sectores da sociedade política tomarense. Aliás, como sempre (desde Fevereiro de 2004) temos feito.Luis Ferreira - Presidente do PS de Tomar''

Voltar ao Tempo em que Tomar parou?

No post anterior há um comentário que transcrevemos:

«Será que vamos voltar ao tempo em que Tomar parou no tempo (senão mesmo andou para trás), em que instituições públicas, privadas e empresas preferiam instalar-se nos concelhos vizinhos, em vez da nossa cidade? Vç's sabem do que eu estou a falar !»

Venham ao debate ...

terça-feira, julho 26, 2005

Expulsão do PS se ...

Luís Ferreira, actual adjunto do governador civil de Santarém e líder do PS de Tomar, na noite de terça-feira, 26 de Julho, enviou a todos os militantes de Tomar a seguinte mensagem ''P. F. Informem todos os militantes de que o simples apoio a lista de independentes subscrevendo-a dá imediata expulsão do ps. Há instruções claras da nacional nesse sentido.''

Pedro Marques e Rosa Dias anunciaram publicamente a candidatura

No final da tarde de sexta-feira, 26 de Julho, na estalagem de Santa Iria, Pedro Marques e Rosa Dias, anunciaram a intenção de candidatura a Câmara de Tomar, constituindo para o efeito uma lista de independentes.
''Estamos só os dois (Pedro Marques e Rosa Dias) e vamos com alguns amigos iniciar o processo'', disse Pedro Marques, que confirmou ''está muita gente connosco''. ''Queremos ser mais uma opção'' disse Rosa Dias.
Para que a lista de independentes possa ser aceite no Tribunal de Tomar e apresentar-se à eleição em Outubro, terá de ser proposta por 1800 eleitores de Tomar, até 16 de Agosto.

Paiva ''arrecada'' mais umas massas com direito de passagem

António Paiva já tinha ameaçado numa reunião do executivo camarário há cerca de uma ano. Agora foi de vez. Foi aprovada na reunião de 25 de Julho, a aplicação da taxa de 0,25%, relacionada com o direito de passagem, pelo uso do subsolo municipal por parte da entidade responsável elas comunicações telefónicas de rede fixa. Esta taxa é paga pela operadora ao município, mas cobrado integralmente ao utilizador, tendo como base a facturação mensal. Paiva propôs a taxa máxima possível, 0,25%, cujo valor foi aprovado pela maioria da vereação.

Pedro Silva lança mais dois livros sobre os Templários

O jovem tomarense Pedro Silva, lança mais dois livros sobre a sua temática de eleição, os Templários. Segundo o autor '' Ambos são livros de investigação histórica, procurando dar respostas a imensas questões que a todos intrigam. Para além disso, as obras abordam temáticas paralelas aos Templários (Santo Graal, Lusitanos,Megalitismo, História de Portugal, etc). As obras são:

1º) "Os Templários e o Brasil" (Flâmula Editora)Contacto de venda: chacon2003@yahoo.com.br

2º) "Templários em Portugal: a verdadeira história" (Ícone Editora)Contacto de venda: iconevendas@yahoo.com.br

As obras já publicadas por Pedro Silva, são:
- "Ordem do Templo: Em Nome da Fé Cristã" (Ulmeiro, Portugal, 2000)
- "História e Mistérios dos Templários" 2ª Edição Esgotada (Ediouro,Brasil, 2001)
- "Escritos Errantes (histórias leves como o vento mas tocantes comoa tempestade)" Esgotado (Senso, Portugal, 2002)
- "Ku Klux Klan: Pesadelo Branco" (Magno, Portugal, 2003)
- "Tripla Imparável I: Juventude em Acção" (Magno, Portugal, 2005)
- "Os Templários e o Brasil" (Flâmula, Brasil, 2005)
- "Templários em Portugal (a verdadeira história)" (Ícone, Brasil,2005)

Pedro Silva, que tem um papel de relevo no imenso mercado brasileiro, é ainda o Director da revista "Das Brumas do Templo e do Graal" www.brumas.org e ainda, cronista dos seguintes jornais: O Templário, Tribuna daMarinha Grande e O Almonda.

domingo, julho 24, 2005

Cidade de Tomar online ao ''melhor nível'' da discriminação e da censura

Vários leitores de Tomaronline destacaram um artigo de opinião de Manuel Macedo na edição de 22 de Julho, sobre as razões para a não (re)eleição de Paiva. Fomos ler, e no fundo constatámos que todas as razões aduzidas no artigo de opinião de Manuel Macedo, são todas e cada uma das que ao longo dos anos aqui fomos apontando, portanto não poderemos ser mais solidários com a opinião de Manuel Macedo. Vai daí ... visitámos a edição online do referido semanário para nos certificarmos da publicação do artigo de opinião naquele suporte ... e não querem vocemecês saber que o mesmo não foi editado e por outro lado está um do ''patrão'' Paiva?! Socorrendo-nos de Camilo de Oliveira e da saudosa Ivone Silva, resta-nos dizer ''isto é que vai uma crise'' no jornalismo ''sério, isento e rigoroso''. Estamos seguramente convictos que a decisão de colocar no índex artigos de opinião, não cabe no universo do chefe de redacção de Cidade de Tomar, Mário Cobra, nem do director do jornal António Madureira. A quem caberá então tão afrontosa e irresponsável decisão, violadora dos princípios mais elementares da liberdade de imprensa e do direito dos cidadãos, sejam leitores ou opinadores? Estamos em crer que tal responsabilidade não pode ser dada ao responsável da produção do site (Jorge Esparteiro Garcia), o único nome indicado no mesmo site. Continuamos a acreditar e a lutar para que não ''valha tudo'' na comunicação social e na política local. Os responsáveis pelo Cidade de Tomar, terão aqui todo o espaço para ...

sábado, julho 23, 2005

Manifesto Autárquico 2005 - Bloco de Esquerda Tomar

MANIFESTO ELEITORAL AUTÁRQUICO
Tomar, 2005/2009

A legitimidade dos eleitos advém dos eleitores, sendo em seu nome e por sua delegação que aqueles exercem os poderes que temporariamente lhes são confiados.

http:// blogdesquerda.blogs.sapo.ptI – AFIRMAR A CANDIDATURA

O Bloco de Esquerda assume, nesta data, as suas Candidaturas à Assembleia Municipal, Câmara Municipal e a um conjunto de Assembleias de Freguesia a divulgar oportunamente. E assume tais candidaturas com a divulgação do presente Manifesto Eleitoral Autárquico, no qual são identificadas as linhas de força da intervenção na Assembleia Municipal e são definidos os objectivos e as estratégias para o Programa Eleitoral.
As propostas concretas que suportam os objectivos e as estratégias, bem como as questões específicas das Freguesias, serão dadas a conhecer em simultâneo com a apresentação dos Candidatos aos Órgãos Autárquicos.
O Bloco de Esquerda assume estas Candidaturas consciente da sua importância no panorama político tomarense, de que são prova as Candidaturas Autárquicas de 2001 e a intervenção sócio-política que o BE encetou desde então, inequivocamente assente numa lógica de participação dos cidadãos.
O Bloco de Esquerda assume também estas Candidaturas consciente da necessidade da existência de uma Voz e de um Poder que contrarie a postura “absolutista” da maioria PSD que tem gerido os destinos tomarenses de forma condicionante do seu desenvolvimento. Com efeito, e sem esgotar os exemplos, as opções seguidas têm assentado no não respeito pela opinião dos cidadãos, no privilégio da construção (ou reconstrução) de equipamentos que não respondem numa perspectiva de futuro (vejam-se os novos pavilhões construídos em oposição a uma grande pavilhão multiusos inexistente, por exemplo), na destruição de património de lazer, desporto e de cultura sem compensação alternativa, no não investimento na promoção externa de Tomar de forma estruturante, no não investimento em novas habitações sociais, no protelamento quase criminoso da criação de transportes urbanos, na permissão da deterioração do património construído do Centro Histórico, monumental ou não, no não acolhimento de propostas de desenvolvimento turístico por parte de promotores locais tendentes à recuperação de património construído (Convento de Santa Iria), na aposta em manifestações culturais de visibilidade reduzida, não contribuindo assim para a captação de públicos externos, no refúgio no Programa Polis e na sua componente de investimento por parte de privados para justificar o não andamento desta ou daquela componente ou, mais grave, para justificar o desaparecimento de equipamentos como o Parque de Campismo, na continuação da mentira em torno da Capital Europeia da Cultura em 2012 ou do Parque Temático, no assistir impavidamente à consolidação do vizinho Parque Empresarial da Barquinha sem ensaiar respostas nas freguesias confinantes incluindo o acolhimento a eventuais fluxos migratórios de trabalhadores e de técnicos superiores, na promoção de obras dentro da cidade de forma justificada pela oportunidade financeira ou outra, permitindo assim o permanente desconforto da população ou na concepção de projectos que dificultariam a vida dos cidadãos, em particular das camadas mais desfavorecidas, como seria a construção do mercado de frescos em zona periférica da cidade.
Todavia, o Bloco de Esquerda não deixa de sublinhar a importância que teria tido uma Candidatura pluripartidária à Esquerda, descomplexada responsável e interveniente, razões pelas quais, em tempo oportuno, tomou a iniciativa de apresentar ao Partido Socialista e ao Partido Comunista/CDU uma proposta para a criação de um movimento comum que conduzisse o Concelho para um trilho de sucessos.
Assim não o entenderam aquelas forças, ou porque o momento não era oportuno, para uns, ou porque, para outros, os interesses partidários e as vaidades pessoais se sobrepuseram objectivamente a outros valores. Também por isto, o Bloco de Esquerda não pode deixar de condenar veementemente as declarações públicas de um “porta-voz informal” do Partido Socialista, Hugo Cristóvão, de resto ainda não condenadas pelo PS:
“Depois, o essencial é algo que todos sabem, e que não é preciso ser muito inteligente para perceber - qualquer lista que apareça além da do PS serve apenas para diluir votos e reforçar a posição do senhor António Paiva e os seus moços de recados do PSD.”


II – SUBLINHAR A RAZÃO DE 2001

O Bloco de Esquerda não pode deixar de se regozijar por dois factos relevantes:
O primeiro, por, apesar dos erros de condução, a maioria PSD na Câmara Municipal actual ter assumido no seu discurso, ou concretizado, algumas propostas eleitorais exclusiva ou inicialmente defendidas pelo BE (como os transportes públicos, a requalificação do Bairro da Caixa, um pavilhão multiusos recentemente defendido, o reforço dos ecopontos, o Conselho Municipal de Juventude, o anúncio do lançamento de concurso para a construção de complexo desportivo nas Avessadas, o relançamento do Boletim Cultural e Prémio Municipal de Artes e Letras, entre outras ideias)
O segundo, por presentemente, a Candidatura da CDU estar a defender muito do que o Bloco sugeriu em 2001 e que, então, ignorou ou desvalorizou, como, por exemplo, o aproveitamento do Rio Nabão e respectivas propostas. Comparar as propostas actuais da CDU com as do Bloco de há quatro anos é um exercício pleno de surpresas...
Eis o contexto em que nos apresentamos ao eleitorado, agora com certezas acrescidas: tínhamos razão em 2001, como o prova a adopção das nossas propostas por outros partidos. Só lamentamos que tal adopção, designadamente por parte do PSD, não tenha sido concretizada tal qual como propúnhamos: as pessoas ganhariam muito mais.


III – MANTER COMPROMISSOS

Afirmamos a determinação para reapreciação da situação do Parque de Campismo tendo em conta as opções erradas tomadas pelo actual Executivo e assumindo o compromisso de que o Parque é para manter. Infelizmente, a irreversibilidade do processo do Cine-Esplanada coloca um problema de diferente dimensão, mas que não deixará de ser ponderado.
A breve trecho, a apresentação das nossas propostas acolherá o compromisso de concretização de algumas das grandes prioridades que defendíamos em 2001:

1 - Serviço Público de Transportes Urbanos de Tomar
Criar este Serviço e construir bolsas e parques de estacionamento nas entradas da cidade; colocar em funcionamento os trajectos urbanos. Tendo em conta os potenciais usuários, perspectivar ainda o progressivo alargamento do Serviço de Transportes às freguesias, privilegiando as mais afastadas, as com piores e mais difíceis ligações viárias.

2 - Mercados Municipal e Abastecedor Construir um novo, moderno e funcional edifício que sirva as populações durante toda a semana em condições de higiene e eficácia, melhore as condições de exploração comercial e promova a requalificação das margens do Nabão naquela zona. Os desenvolvimentos entretanto verificados no âmbito do Programa Polis e do projecto para a zona do mercado, incluindo um “Forum”, aconselham que: a) o futuro Mercado Municipal deverá manter a matriz arquitectónica do edifício actual e permanecer como estruturante do Forum, com respeito pelos actuais concessionários, cujos direitos terão de ser devidamente acautelados; b) deverá realizar-se um estudo de avaliação do impacto de um complexo comercial nesse Forum para detectar as necessidades dos consumidores e as suas potencialidades, permitindo projectar e definir com o maior rigor possível a sua implantação efectiva (área, ramos de comércio, número de lojas, espaços de lazer, estacionamentos), podendo vir a equacionar-se, até, a sua construção evolutiva.

3 - Promoção externa de Tomar Criar um projecto integrado de promoção junto de todas as outras cidades portuguesas e estrangeiras com as quais mantemos relações, articulando coerentemente todas as acções relativas à Captação de Investimentos, Festa dos Tabuleiros, Campos de Férias, Feiras, Turismo (deve dar-se especial ênfase à ligação Castelo/Centro Histórico/Castelo, para que os milhares de visitantes o sejam também da zona histórica) ou outras, e sensibilizar as agências promotoras de visitas de curta duração, com animação própria e refeições típicas.

4 – Ambiente
Recuperar a Mata, em conjunto com o ICN ou não, identificar didacticamente as espécies existentes e enriquecer o património vegetal por forma a conferir à Mata um estatuto misto de zona de lazer e fruição com o de Parque Educativo Vegetal. Este plano deve ser acompanhado de uma intervenção paralela junto do Pinhal de Santa Bárbara e zona da FAI por forma a, desmantelando o parque de máquinas da Câmara e transferindo-o para a Zona Industrial da Madalena e recuperando o património vegetal em risco, ser constituída uma “unidade verde” com áreas de lazer, miradouro, percursos pedonais e outras estruturas consideradas adequadas em estudo de pormenor a desenvolver prioritariamente.
Integrar num plano comum as albufeiras do Castelo do Bode e do Carril, Agroal, Açude de Pedra, praias e pontos de recreio fluvial nas freguesias ribeirinhas, garantindo condições básicas, melhorando os acessos, estimulando os desportos aquáticos ecológicos e restringindo os motorizados; intervir no Rio Nabão, da nascente até à foz, assegurando a sua limpeza, desassoreamento, desobstrução despoluição e aproveitamento económico e de lazer.
Na consciência de que as intervenções locais nunca atingirão totalmente o objectivo se não houver a verdadeira despoluição da nascente à foz e a manutenção posterior, sempre da nascente à foz, é de sublinhar que o pressuposto da despoluição do Rio Nabão assenta em bases intermunicipal (Alvaiázere, Ansião, Ferreira do Zêzere, Ourém e Tomar) e intercomunitária, que necessita de fundos nacionais (PIDDAC) e fundos comunitários.

5 - Modalidade Desportiva do Ano
No âmbito dos conselhos municipais do Desporto (a criar) e da Educação e do Movimento Associativo e mediante a apresentação de objectivos para 4 anos, identificar anualmente a “modalidade do ano”, a qual virá a ser objecto de um apoio especial, logístico, financeiro e humano.


6 - Carrinha para cada agrupamento de escolas e escolas secundárias
Atribuir a cada Conselho Executivo uma carrinha com versatilidade para passageiros e carga.

7 - Habitação social
Requalificar a zona do Bairro 1º Maio com zona verde, de recreio e equipamentos, articulando com o Plano de Pormenor dos Bacelos (a rever, tendo em conta as críticas que lhe foram colocadas) e tendo ainda em conta a problemática do alojamento das famílias da Comunidade Cigana, a qual, para o efeito, deve ser ouvida e deve participar no esforço conjunto de esclarecimento à comunidade tomarense, em geral.

8 - Artesanato
Estabelecer um programa de apoio à formação e produção na área das Artes e Ofícios Tradicionais, incluindo as artes tradicionais da construção de barcos, da construção das rodas de rega do Nabão e as ligadas à Festa dos Tabuleiros, e criação de circuitos de escoamento e promoção.

9 - Festa dos Tabuleiros
Criar o Museu da Festa e adaptar a Casa Manuel Guimarães a sede permanente da Festa Maior do Concelho; criar um Fundo Financeiro da Festa dos Tabuleiros gerido, numa primeira fase, pela Comissão Central.

10 - Novo Posto de Turismo e Postos Avançados de Informação
Transformar a Casa Vieira Guimarães no principal local de informação turística e loja municipal e criar, em locais estratégicos, postos de informação e promoção turística.


IV – DEFENDER A ZONA “ENTRE-PONTES” A importância da intervenção prevista para a zona do Flecheiro, no âmbito do Programa Polis, bem como as decisões erradas que o actual Executivo assumiu sem ter em conta a expressiva opinião contrária dos cidadãos, recomendam os seguintes enfoques: 1 - A denominada “zona entre pontes” – iniciada na Ponte Velha e prevista até à projectada Ponte do Flecheiro – deverá alargar-se em ambas as margens até à Ponte Pedonal, com o abandono da “Ponte do Flecheiro”. 2 - A “zona verde equipada” a iniciar-se atrás do “Centro de Interpretação Ambiental”, abrangendo toda a frente do “Espaço de Bares e Restaurantes” (como preconizou a Comissão de Defesa e Protecção do Nabão e suas Margens, cujas conclusões devem ser respeitadas!), contemplará (e na zona idêntica da margem esquerda) um equipamento fluvial infra-estruturado de desfrute do espelho de água originado pelo “Açude Remodelado”. 3 - Tal implica abandonar-se, de uma vez por todas, a “projectada Ponte do Flecheiro”, pois não faz sentido interromper uma zona eminentemente pedonal com uma ponte rodoviária de volumetria idêntica à Ponte Nova, a qual iria atrair trânsito para a “área central da cidade” e lançá-lo na zona da Igreja de Santa Maria do Olival/Cemitério e na zona escolar, com os consabidos inconvenientes que se teima em não querer considerar. 4 - A actual Ponte Pedonal necessita de intervenção, melhorando-a e preparando-a para uma utilização rodoviária muitíssimo limitada, em circunstâncias excepcionais e de emergência e só por veículos ligeiros dos Bombeiros ou dos órgãos policiais. 5 - A solução terá de passar pela “ponte-açude de S. Lourenço/Ferrarias” que, naturalmente, vai captar o trânsito de sul e irá atrair o trânsito urbano da zona da Várzea Grande/Estação/”Zona Industrial” e, quiçá, o provindo da Levada e da R. Cândido Madureira, criando uma mais rápida entrada a sul na projectada via de Cintura para melhor distribuir e descentrar o tráfego, com benefício geral (vidé o que ocorreu com a Ponte-Açude do Choupal em Coimbra, que se ligou à Via de Cintura em direcção aos HUC e Cruz de Celas, aliviando a Ponte de Santa Clara, a Portagem e a “baixa” de Coimbra do intenso trânsito).


V – CRIAR O CONSELHO GERAL DE TOMAR

É sabido que existem associações constituídas para fins sociais, culturais, económicos, recreativos, empresariais, sindicais, profissionais, religiosos ou quaisquer outras que a criatividade e empenhamento considerem como necessárias.
É evidente que tais associações têm condições para potenciar a criação de uma estrutura de acolhimento das propostas dos seus associados junto do Poder Autárquico. E é evidente que se torna urgente a criação de tal estrutura, independente e distante das querelas e dos interesses partidários, onde, exemplificando, o Associativismo seja discutido pelas associações, onde a Saúde seja equacionada pelos seus profissionais, onde os Trabalhadores assegurem a voz dos seus sindicatos e os Empresários as suas associações, onde a Educação seja assumida pelas escolas e onde a Escola e o Futuro sejam agarrados pelos jovens.
Assim, seria de toda a conveniência obter-se o reconhecimento da Assembleia e Câmara Municipais para o Conselho Geral de Tomar, o qual seria composto por delegados daquelas associações.


VI – DEFINIR O PLANO DE DESENVOLVIMENTO CONCELHIO
A Candidatura entende que num Concelho com 16 freguesias, 352 km2 e realidades plurais, as propostas e opções de desenvolvimento não podem depender exclusivamente das ideias e das vontades de cada um dos Órgãos Executivos do Poder Local, sejam a Câmara ou as Juntas de Freguesia, determinadas mais ou menos pontualmente, pelo que deve ser assumida a necessidade da identificação de um conjunto coerente de opções hierárquica e cronologicamente definidas, distinguindo claramente o que são acções marcadamente "de mandato" e o que são projectos e acções assumidamente estruturantes e geracionais. Assim, a Candidatura do Bloco de Esquerda defende a criação de um Plano de Desenvolvimento Concelhio, definindo os grandes objectivos sociais, culturais, ambientais e económicos a atingir até 2020, hierarquizando e calendarizando a sua execução e tendo em conta: a) um modelo de desenvolvimento que coloque as pessoas em primeiro lugar e exija a participação empenhada de todos os sectores da sociedade tomarense, acolhendo os contributos de todos em todas as Freguesias e que não prescinda do acompanhamento dinâmico da Assembleia Municipal;b) um modelo de desenvolvimento que adapte a estrutura política da Câmara Municipal e condicione o Orçamento em torno das opções do Plano de Desenvolvimento Concelhio:c) um modelo de desenvolvimento que assuma a promoção e a captação de investimento de forma agressiva e visível em áreas estratégicas como a eco-indústria, o eco-turismo, o turismo cultural, as novas tecnologias e a educação de nível superior;d) um modelo de desenvolvimento que incida na revitalização do Centro Histórico, na valorização interna e promoção externa dos espaços monumentais, dos rios, das albufeiras e das festas tradicionais;e) um modelo de desenvolvimento que acolha o já aprovado Plano Estratégico de Cidade (1997), coordenando harmoniosamente as opções de ambos;f) um modelo de desenvolvimento que sublinhe a defesa e exploração sustentada da floresta, o reforço da penetração nos mercados nacional e internacional de produtos já existentes de qualidade indubitável (vinhos, queijos, doces tradicionais, ... ) e o alargamento do leque desses produtos;g) um modelo de desenvolvimento que facilite e não onere a vida dos cidadãos e que, por tal, impõe as revisões do PDM e dos processos de licenciamento de construção. Os exemplos de organização em concelhos limítrofes são bem claros no que toca à facilidade de construção e licenciamento, assim como aos preços praticados, os quais convidam à fixação e ao investimento, ao contrário do que sucede em Tomar;h) um modelo de desenvolvimento que exija dos técnicos autárquicos a projecção e o planeamento das obras por forma a que as empreitadas não derrapem orçamentalmente;i) um modelo de desenvolvimento que conduza à coordenação da actividade municipal com a acção da Comunidade Urbana (inexistente, na prática!) em que nos integramos, assumindo, inclusivamente, um efectivo papel de liderança;j) um modelo de desenvolvimento que privilegie a captação de população jovem, nomeadamente pela apresentação de condições de fixação e primeira habitação e pelo estabelecimento de uma estratégia de primeiros empregos em parceria com as estruturas sociais e produtivas do Concelho;k) um modelo de desenvolvimento que veja a população mais idosa do Concelho como um sector que deve beneficiar de apoios educativos, sociais, culturais e recreativos específicos, mas que, ao mesmo tempo, pode intervir, com os seus saberes, junto de outras camadas etárias, por formas variadas;l) um modelo de desenvolvimento que enquadre cada Freguesia num todo e que, a par das particularidades de cada uma, seja possível criar estratégias conjuntas de intervenção.


VII – GARANTIR UMA ASSEMBLEIA MUNICIPAL INTERVENIENTE

O Bloco de Esquerda entende a Assembleia Municipal como um verdadeiro espaço de debate autónomo, crítico, atento e interveniente, rejeitando, por tal, a ideia de que as assembleias municipais pouco mais serão que “a voz do dono”.
O grande objectivo é de credibilizar este órgão do Poder Local Democrático, contribuindo para que os seus membros analisem com conhecimento de causa e detalhe cada um dos assuntos em apreço, procurando influenciar positivamente os outros membros e decidir visando os interesses de Tomar e dos Tomarenses e não os partidários ou de lobbies.
A Assembleia Municipal é a consciência crítica do Executivo, exercendo sempre "magistério de influência" e colocando-lhe alternativas válidas e credíveis às suas decisões.
A Assembleia Municipal deve fazer visitas aos empreendimentos municipais e das freguesias e, sempre que necessário, deslocar-se aos pontos em discussão para adquirir o conhecimento directo dos problemas.
A Assembleia Municipal deve discutir todas as Posturas e Regulamentos Camarários actualmente em vigor para aferir da sua aplicação e do seu actual cabimento, alterando e suprimindo o que está mal e introduzindo novas normas, exigindo da Câmara Municipal a disponibilização dos estudos que forem necessários às tomadas de decisão.
A Assembleia Municipal deve afastar, progressivamente, o estatuto parlamentar, que não é o seu. Todavia, deve preparar-se para as competências que a futura Lei das Autarquias (do PS e do PSD, em conjugação) lhe irão conferir, devendo prever já a existência de uma comissão permanente e de comissões especializadas para o estudo dos dossiers respectivos.
A Assembleia Municipal, a par de sessões temáticas, deve organizar debates com intervenções várias em que a população possa participar e opinar. No caso de problemas específicos de determinadas populações (principalmente dos meios rurais), é conveniente uma visita prévia dos eleitos para, no local, verificarem o problema e falarem com a comunidade local, incentivando-a a assistir depois à sessão da Assembleia Municipal.
Assim, o Bloco de Esquerda compromete-se com as seguintes linhas de conduta:
1 – Dar corpo às linhas de força atrás sistematizadas, assumindo que os seus eleitos se deslocarão junto das populações ainda que tal não venha a ser a postura da AM.
2 – Ter uma intervenção sistemática e inconformista na Assembleia.
3 – Apresentar e defender as propostas do BE, em complemento à acção dos eleitos no Executivo Municipal.
4 – Intervir na criação de um efectivo Plano de Desenvolvimento Concelhio.
5 – Contribuir para a convergência da Esquerda na Assembleia Municipal.
VIII – ESTABELECER OBJECTIVOS ESTRUTURAIS E ESTRATÉGIAS

O Bloco de Esquerda assume como estruturantes das suas candidaturas os objectivos que se apresentam de seguida, os quais assentam em estratégias próprias e intercomunicantes na perspectiva de que os objectivos económicos estão ao serviço da Sociedade e não a Sociedade ao serviço da Economia.
O Bloco de Esquerda defende que as geminações existentes com outras cidades, assim como as relações bilaterais decorrentes de projectos ou iniciativas que ocorreram no passado recente, devem ser equacionados numa óptica de relacionamentos comerciais e industriais, pelo que deve ser estabelecida uma política permanente de contactos para o efeito e por forma a enquadrar as acções nas estratégias conducentes à satisfação dos objectivos seguintes.

1º objectivo: Uma Sociedade generosa e um Ambiente para o futuro.
Apostar numa Cidade e num Concelho onde é agradável viver e que são susceptíveis de consolidar e aumentar as suas populações, com a seguinte opção estratégica:
a) Assumpção do triângulo “Educação – Juventude – Desporto” como elemento de caracterização interna e externa, criando tutela autárquica comum e assumindo a transversalidade das acções num contexto alargado às diferentes camadas etárias.
b) Entendimento da Qualidade de Vida e do Lazer como elementos determinantes nas opções urbanísticas, construção de equipamentos e plantio de novas zonas verdes.
c) Garantia da Habitação Social, da Habitação a Custos Controlados e Promoção Habitacional como factores políticos de primeira grandeza.
d) Concretização imediata de condições de mobilidade urbana e peri-urbana que assegurem uma eficiente acessibilidade das populações aos seus destinos.
e) Estabelecimento de parcerias e tomada de iniciativas conducentes ao incremento da utilização das Novas Tecnologias (internet, informática e comunicações móveis) nos serviços autárquicos (municipais e freguesias), no apoio ao cidadão, na facilitação do acesso dos cidadãos aos serviços e informações, pela criação de um serviço intranet municipal e pela expansão da oferta nas escolas.

2º objectivo: Um Concelho valorizador da sua Cultura, Património e Turismo.
Acrescentar valor turístico-cultural, promover a oferta para o exterior e reforçar a referência no Centro do País, com a seguinte opção estratégica:
a) Promoção da Candidatura a Património Mundial Imaterial da Festa dos Tabuleiros, em articulação com o valor acrescido do Convento de Cristo/Património Mundial e candidatura de Tomar a Capital Nacional da Cultura em 2010, como corolário do processo de reforço cultural e da preservação patrimonial (na qual se inclui, naturalmente, a problemática do Forum romano) da Cidade e do Concelho.
b) Lançamento, com o Movimento Associativo e outros parceiros, de um programa de promoção, estímulo à criação, desenvolvimento sócio-cultural e de salvaguarda e visibilidade do património que desague em 2010 com as Comemorações dos 850 anos da Fundação de Tomar, associando-as ao fenómeno templário.
c) Início da construção de uma “Cidade Cultural” nas Avessadas, que inclua pavilhão multiusos, teatro municipal, anfiteatro ao ar livre, museu local no âmbito da Rede Nacional de Museus, Museu Nacional de Arquitectura e Centro de Investigação sobre as grandes manifestações culturais vivas da Bacia do Mediterrâneo e Parque de Ciência, articulando estes equipamentos com os processos (supostamente) em curso do Complexo Museológico dos Lagares d’el Rey e Centro de Ciência Viva e com a realidade próxima do Instituo Politécnico de Tomar.
d) Estudo da viabilidade e oportunidade, e decisão consequente, do reforço da oferta de cursos superiores no Instituto Politécnico na área artística e cultural.
e) Criação de um Centro Internacional de Lusofonia que assuma a dimensão histórico-cultural dos territórios onde Portugal interveio, muitos deles países independentes na actualidade, e promova a defesa da Língua Portuguesa como factor comum de identidade, de cooperação e de desenvolvimento.

3º objectivo: Uma Economia ao serviço da população.
Promover o emprego, captar investimento, consolidar, dar visibilidade e desenvolver o tecido produtivo e procurar novos mercados, com a seguinte opção estratégica:
a) Consolidação dos parques empresariais e ligá-los entre si por circular externa.
b) Promoção da produção no País e no Estrangeiro, em parceria com a Acitofeba.
c) Criação de uma marca de qualidade e genuinidade (Produce of Tomar) para os produtos susceptíveis de grande promoção e visibilidade.
d) Estímulo ao investimento local e atracção de investimento externo nas áreas turística, industrial, agrícola, pecuária e silvícola, dispensando a esta última componente uma atenção particular dada não apenas a potencialidade económica do sector, mas também a proximidade com a denominada “zona do pinhal”.
e) Assumpção do Rio Nabão como factor de investimento e desenvolvimento.


IX – TRABALHAR COM AS FREGUESIAS

A especialização económica de cada Freguesia tendo em atenção as suas potencialidades, as suas actividades económicas tradicionais e a capacidade potencial de “alojamento” de unidades produtivas industriais, turísticas ou agrícolas deve ser uma prioridade política a estudar e a articular entre a Câmara Municipal, Assembleia Municipal, Assembleias e Juntas de Freguesia e a estrutura informal que pontualmente tem congregado o conjunto dos dezasseis executivos.
São ainda questões a inserir no Programa Eleitoral do Bloco de Esquerda:

Pelouro das Freguesias e Plano de Obras
Criar um Pelouro para a articulação política com as Freguesias e consequente distribuição pela Vereação das questões suscitadas. Anualmente, deve ser acertado e aprovado entre a Câmara e as Freguesias um Plano de Obras vinculativo das prioridades para utilização de mão de obra e máquinas, aquisição e utilização de equipamentos conjuntos, criação de parcerias e sinergias inter-freguesias (e até com municípios e freguesias vizinhas).

Parque de Máquinas, Estaleiro de Obras e Depósito de Materiais
Construir um estaleiro que sirva as freguesias mais distantes do Parque de Máquinas da FAI, evitando a perca de tempo em deslocações e os gastos inerentes, transferindo para aí maquinaria e viaturas da “associação” de Juntas, a ser gerido por elas, rentabilizando-o.

Acessibilidades, iluminação e abastecimento de água
Garantir uma rede viária asfaltada entre todas as sedes de freguesia e núcleos populacionais mais importantes, mantendo-a em bom estado, gerir em conjunto com as Juntas de Freguesia um plano de asfaltamento de novas estradas e melhorar as condições de iluminação pública e abastecimento de água.

Informação aos Munícipes e Equipamento Informático
Dotar as Juntas de suportes informáticos que permitam rapidez de tratamento dos assuntos e assegurem o acompanhamento dos processos e criar um Serviço de Informação ao Munícipe que congregue em suportes tradicionais e rede informática, legislação, códigos, editais, avisos, formulários, agendas, existências da Biblioteca e Arquivo municipais, guia de investidor e informações de apoio ao consumidor.
X – CONSTRUIR O FUTURO

Este é um documento que expressa um MANIFESTO DE VONTADE, uma abordagem clara para um novo começar, partilhável por todos quantos desejem viver num Concelho de exigência cidadã e com padrões de vida elevados.
Propomos escolhas estratégicas que invertem o sentido de vida que o Concelho tem trilhado, apontando soluções inovadoras para problemas antigos, para a troca de ideias e para os novos desafios.
Propomo-nos entender o papel dos Poderes Públicos e a sua organização por forma a adaptá-lo às exigências de uma política integrada, próxima do cidadão, participada por todos e planeada em conjunto.
Este é um Manifesto que surge na continuidade das opções e das posturas que o Bloco de Esquerda tem assumido em Tomar, atento às mudanças nas atitudes dos cidadãos, comprometido publicamente com um projecto baseado na transparência como garantia da prioridade do interesse público, da promoção da Qualidade de Vida e do Ambiente, afinal, critérios determinantes de crescimento e desenvolvimento.
Tal como há quatro anos, o Bloco de Esquerda apresenta as ideias em primeiro lugar. Se os protagonistas são importantes, as causas são-no ainda mais!
Fazer depender Candidaturas do mediatismo dos Cabeças de Lista é uma opção condicionadora dos interesses gerais e do interesse público e implica, necessariamente, estratégias eleitorais assentes no acessório e não no essencial.
O Bloco de Esquerda não entende a Política como um palco de protagonismos individuais. O Bloco de Esquerda assume o nobre significado da palavra e do conceito de Política, actualizando-o: para nós, Política, não é mais, apenas, a vida da Cidade mas a vida do Concelho; e Política não é para nós, apenas, a vida da Cidade e do Concelho discutida e vivida por um grupo restrito e privilegiado de cidadãos livres, como o era então, mas a vida da Cidade e do Concelho assumida, discutida e vivida na sua plenitude por todos.
Tomar, 21 de Julho de 2005

quarta-feira, julho 20, 2005

Aqua - Grupo Antiterrorista de Tomar ''alerta consciências''

Segue trabalho de Margarida Cabeleira publicado em O Mirante:
''Cidadãos de Tomar formam grupo para alertar consciências sobre a poluição no rio - Uma revolução pelo Nabão
Um grupo de cidadãos de Tomar iniciou uma revolução em defesa do rio Nabão. O objectivo é acabar com as águas castanhas e o cheiro fétido.
Intitulam-se antiterroristas e utilizam a ironia para tratar de um assunto tão sério como a despoluição do rio Nabão. Cansados do abandono a que está votado o rio, com o consequente aumento da poluição, um grupo de munícipes decidiu sensibilizar a comunidade para o problema.
O denominado Grupo Antiterrorista Aqua foi criado recentemente e dele fazem parte para já uma dúzia de munícipes de Tomar. Empresários, comerciantes, pescadores e até um biólogo transmitem os seus receios e anseios através de comunicados distribuídos à imprensa e aos moradores.
Não têm filiação política nem interesses partidários. Com “militantes” dos seis aos 60 anos, o Aqua aceita inscrições de pessoas de todas as idades, raça ou credo. “Não somos de esquerda em de direita, somos pelo Nabão”. O grupo não tem líder mas é o empresário Américo Costa que dá a cara.
E mostra à reportagem de O MIRANTE o estado em que está a ser deixado o rio. As águas límpidas que correm dentro da cidade mudam drasticamente de cor na zona de Marianaia, escassos quilómetros a jusante de Tomar.
Na manhã de sexta-feira, por sorte ou azar, alguém tinha feito descargas para o rio. Por baixo da velha ponte de Marianaia as águas estavam castanhas e exalavam um cheiro fétido.
Grandes carpas tentavam fugir para o lado direito do rio, zona menos conspurcada devido à corrente. “Só as maiores conseguem sobreviver aqui”, refere Américo Costa, com a sabedoria dada pela pesca desportiva, da qual é federado.
É precisamente do lado mais sujo do rio que se vêem peixes mortos, junto à margem esquerda. Um atentado cada vez mais repetido nos últimos anos. Uma calamidade que o Aqua quer fazer parar.
Nem que para isso tenha de alertar as massas através de comunicados irónicos. “A brincar podem dizer-se coisas sérias e assim temos a certeza que as pessoas lêem”, diz o empresário.
Que remete as culpas da situação para os autarcas. “Há que punir a incapacidade intelectual, o marasmo, o imobilismo”, refere o primeiro comunicado do grupo, saído a 13 de Julho.
Ivo Santos, vereador da Câmara de Tomar, conhece o problema do rio. Apesar de reconhecer que as águas não estão tão limpas como seria desejável, o vereador considera que nenhum rio em Portugal está completamente despoluído.
Alertando para o facto de o rio ser da responsabilidade de várias entidades (Hidráulica, Ministério do Ambiente, Brigada do Ambiente da GNR) o responsável autárquico sublinha que o município tem tentado minimizar a questão melhorando a rede de esgotos.
“Os detritos domésticos são os menos problemáticos, as descargas industriais são muito piores”, considera.
Nos poucos quilómetros que separam a cidade de Marianaia e Santa Cita aglomeram-se junto às margens do rio várias fontes potencialmente poluidoras – fábricas de madeira e afins, destilarias, impressão de papel. A própria Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Tomar, que nunca funcionou bem, está no percurso “negro” do rio e, garante Américo Costa, é uma das que mais polui as águas.
Com o rio no caudal mínimo e o aumento das temperaturas as descargas são mais notórias e o cheiro mais intenso. Todos reparam mas são poucos os que se predispõem a fazer algo.
“Não queremos que o Nabão se torne num segundo Alviela”, diz o grupo, que subscreve uma célebre frase do capitão de Abril Salgueiro Maia – “eu iniciei uma revolução, quem fez a revolução foi o povo”.
Margarida Cabeleira

segunda-feira, julho 18, 2005

Judiciária? ... Porquê?

No post anterior, o comentário sugere que a judiciária anda aí. Costuma-se dizer que não há fumo sem fogo, mas sinceramente não sabemos a que pretensa investigação se referirá a eventual presença da Judiciária. Soubessemos nós e vocês também saberiam. Não temos medo de anunciar quando temos elementos seguros. Se o ''oráculo'' os tem, ''bora p'ra cá'' com eles, se não tem, aqui não pretendemos alimentar conjecturas especulativas.

Paiva a contas com a Polícia

A Câmara de Tomar, envia há cerca de seis anos, uma factura mensal que ronda os 2500 euros, para o Ministério da Administração Interna para pagamento da utilização de um edifício da Câmara Municipal de Tomar, por parte da PSP. ''PSP deve 200 mil euros à Câmara de Tomar'' é a manchete do semanário ''O Templário'', num trabalho da jornalista Sandra Costa em que é contado de fio a pavio o desenvolvimento deste processo por parte de Paiva. Pode-se dizer que Paiva está a Contas com a Polícia, mas neste caso são contas mal-paradas. Se quiser pode dar a sua opinião no blog. Será que é obrigação da Câmara ''albergar'' de forma gratuita uma força de segurança ou será que o Estado dá maus exemplos aos cidadãos e é mesmo muito pior pagador que os cidadãos contribuintes?

Convocar árbitros sai caro

Segundo a edição on line de ''Cidade de Tomar'', ''O executivo da câmara municipal manifestou-se perplexo com o custo de 50.000 mil euros exigidos por cada um dos três árbitros que integram o tribunal arbitral, que vai dirimir o confl ito entre a empresa ParqT e a Câmara Municipal.

Tal como já foi anteriormente publicado, este confl ito centra-se no facto da empresa exigir da Câmara o pagamento da barreira , no valor de 750 mil euros. O entendimento do executivo é o de que a barreira faz parte integrante da obra do parque, não havendo lugar a pagamento adicional. Foi esse o entendimento do Tribunal Administrativo de Leiria a quem foi interposta uma providência cautelar pela empresa. Neste recurso ao tribunal arbitral cada uma das duas partes nomeia um árbitro, sendo um terceiro árbitro indicado por acordo entre as partes. São estes árbitros que exigem o pagamento de 50 mil euros cada ( 10 mil contos) como remuneração dessa prestação de serviço, a que se pode chamar um biscate jurídico. Os dois vereadores do PS, Fernando Santos e José Mendes, votaram contra alegando que o preço é demasiado elevado, mesmo exorbitante, não concordando com este pagamento. Conforme processo analisado em reunião do executivo, a ParqT já dera o seu consentimento a este valor do pagamento, competindo à câmara pronunciar-se. Daí que o executivo tenha deliberado aprovar a nomeação dos árbitros pelo valor indicado.''

A nossa dúvida é saber se a estes árbitros chamam os mesmos nomes que aos do futebol ou mesmos aos políticos que metem os dinheiros públicos nestas ''alhadas''.

Um comboio municipal até Mortágua - será que em ''política'' ainda vale tudo?

Mais uma vez fomos alertados por um leitor de Tomaronline para o facto de mais um passeio de idosos, desta vez organizado pelos serviços sociais da CMT, se ir realizar no dia 17 de Agosto. O destino é Mortágua, sendo o comboio o meio de transporte utilizado. O custo do referido passeio é segundo nos informam de cerca de 6 mil euros. A pergunta que nos colocam é se será função primordial do serviço social de uma câmara o de promover passeios para idosos, quando tantas carências de outros níveis são tão evidentes e cada vez mais frequentes na comunidade tomarense. São naturalmente opções de ''política'' social, de quem acredita que ''é com papas e bolos que se enganam ... os idosos''. Os políticos eleitos são obviamente um produto da sociedade em que estão inseridos, os candidatos das diferentes forças são obviamente o resultado de diversos resultados, resultantes de diversas contas e facturas ... , isto é, numa sociedade liberal, funciona a lei de mercado.

sábado, julho 16, 2005

Junta de Casais Passeia Idosos - Em Política Ainda Vale Tudo?

JUNTA DE CASAIS PASSEIA IDOSOS -"Cerca de 160 idosos da freguesia de Casais distribuídos por três autocarros participaram no passeio anual organizado pela Junta de Freguesia no passado dia 6.Os participantes passaram e visitaram Fátima, Batalha, Foz do Arelho, Caldas da Rainha e Marinha Grande, localidade onde visitaram a fábrica de vidros Favicri Glass.No final do passeio a Junta de Freguesia ofereceu ainda um jantar com animação no restaurante Familiar. "Após ler este artigo, a única conclusão que se pode retirar, é a seguinte:Este Sr. Jaime Lopes, pensa que em política ainda vale tudo, vale gastar dinheiro público em campanha eleitoral, vale bater com paus, gastar verbas públicas em almoços particulares, etc. porque será que este Sr. não fez passeios deste tipo nos anos anteriores. E porque será que as crianças das escolas da freguesia almoçaram na mapa, uma sande e um sumo e os Srs. fioram ao restaurante.Fica aqui a minha opinião. Leitora devidamente identificada

terça-feira, julho 12, 2005

Mudam os Tempos ... Mudam as Vontades (mas também a ética, a responsabilidade, a honestidade, isto numa perspectiva académica ... obviamente)

Muda o governo mudam as vontades, mas pelos vistos também o respeito pela palavra e pelos compromissos assumidos pelos governos anteriores, que deveriam ser posições de Estado. Os senhores do Poder mudaram e pelos vistos Tomar já começou a perder. Será que a autarquia e os cidadãos de Tomar não poderão pedir a penalização de quem não cumpre compromissos assumidos anteriormente e serem indemnizados? Será que afinal o António Alexandre tinha razão em toda a linha? Será que o Hugo começa já com o azar de ver retirado a Tomar o que o Relvas e os seus sequazes tinham ''oferecido'' a Tomar? Será que se (por mero exercício académico) o Ivo Santos tivesse sido colocado na direcção do Instituto da Juventude de Santarém (no caso de se confirmar o convite ''académico''), durante a governação central actual, deixaria que a tal Loja Ponto Já, fosse retirada a Tomar, assim desta forma desrespeitosa? Bem, do Ivo já vimos dar o dito pelo não dito no que respeita a (re)integrar a lista PSD, não nos admira que ainda venha a reconsiderar a possibilidade (académica) que aqui colocámos de liderar a juventude distrital (academicamente falando).

Diz a nota dos serviços de comunicação da Câmara Municipal de Tomar que:
Contrariamente ao acordado entre o Instituto Português da Juventude e o Município de Tomar, em Janeiro deste ano, aquando da assinatura do Protocolo para a implementação da Loja Ponto JÁ, na ludoteca do Complexo Desportivo Municipal de Tomar, tal não se irá verificar no decorrer do presente ano.
Através de um comunicado datado de 14 de Junho, a Comissão Executiva do Instituto Português da Juventude informou o Município de que foram definidos novos critérios para a calendarização da instalação da rede de lojas Ponto JÁ, privilegiando a concretização desses projectos nas actuais delegações regionais do Instituto Português da Juventude.
Recorde-se que nas primeiras informações veiculadas pela Secretaria de Estado da Juventude, e que ainda se encontram disponíveis na internet no endereço http://juventude.gov.pt/Portal/Noticias/IniciativasSEJD/lojas_ponto_ja.htm, fora definido que no primeiro semestre de 2005 seriam implementadas 18 Lojas Ponto JÁ em todo o País (uma por cada Grande Área Metropolitana e Comunidade Urbana).

Com base nestas informações, e pensando na melhoria dos serviços prestados aos jovens tomarenses, procedeu-se, em Janeiro de 2005, ao encerramento do Espaço Jovem que funcionava na ludoteca do Complexo Desportivo. Agora, perante esta nova realidade, os Serviços Municipais de Juventude e a Divisão de Desporto estão já a envidar esforços para “reabrir” aquele espaço, ainda no decorrer deste Verão.

terça-feira, julho 05, 2005

Independentes ... Porque Não? ... e o conceito de democracia de Hugo

Não sabemos se o Hugo, indicado autor da peça que integralmente publicamos, é o Hugo Cristóvão se o Hugo Costa. Parece ser seguro, é ser um militante do PS, logo pensamos nós, no seu conceito de democracia, deveria caber o respeito pela opinião diferente, e não só respeitar como até favorecer a diferença, não ter tentação de pensamento único. Em devido tempo e com tempo e talvez pachorra, analisaremos a missiva, preocupante pelo tom (da escrita) e pelo conteúdo/conceito. Se viesse de um neonazi nem sequer mereceria o nosso incómodo.
Diz o ''insulto'' do Hugo (?) à inteligência, sua e dos cidadãos que não estão vinculados a qualquer partido e que no entanto querem participar na vida política da sua comunidade, o seguinte:
''Independentes
Eu poderei naturalmente parecer suspeito para emitir opinião sobre o assunto, mas ainda assim devo fazê-lo. É que esta coisa dos independentes parece aqueles foleiros anúncios televisivos a detergentes - ninguém os grama, mas continuam a fazê-los!Sempre que há eleições lá aparece o fantasma dos independentes, e só podem ser mesmo fantasmas, porque ninguém os vê!Depois, eu gostava que me explicassem afinal o que é isso de ser independente, por dois motivos:Primeiro, eu não acredito muito em pessoas que se proclamam independentes; nas várias situações que vamos encontrando ao longo da vida é preciso tomar posições, e quem não as toma normalmente é por cobardia, comodismo, ou simples incompetência.Segundo, a avaliar pelos nomes que vão sendo ventilados, eles são tudo menos independentes! Ora!, não podemos reduzir o termo ao não pagamento de cotas a um partido, isso é um pouco demagógico para não dizer hipócrita! Os nomes que vão sendo ventilados são em alguns aspectos até muito dependentes, e outros, apesar de se fazerem importantes e desejados, são apenas o restolho que os partidos rejeitaram (pelo menos o meu!).Depois, o essencial é algo que todos sabem, e que não é preciso ser muito inteligente para perceber - qualquer lista que apareça além da do PS serve apenas para diluir votos e reforçar a posição do senhor António Paiva e os seus moços de recados do PSD - Isto não é um facto? Ainda para mais quando, ao que tudo indica, o CDS não apresentará lista.Então como é que certos senhores que dizem querer correr com o senhor Paulino com toda aquela aúrea de importantes, pode ser levada a sério? De lendas, mitos e sebastiões, tem Tomar sido vítima durante muito tempo.O que Tomar precisa não é de iluminados muito bons e importantes, mas que à primeira chamada fogem como o diabo da cruz! Percebo toda a máquina, o tal polvo que existe, mas ainda assim, não consigo perceber o medo que tantos têm ao senhor Paiva. É absolutamente incrível, dizem as piores coisas em surdina, mas em público perdem o pio, e dar a cara nem pensar nisso, a não ser que seja em pretensos projectos alternativos que na realidade só serviriam de muleta ao ditador.Portanto, resumindo, uma lista de independentes feita de quê? De excluídos, de frustrados, de mitos, de cobardes, de gente movida pelo ódio, ou por interesses particulares, uma eventual série de gente que nada tem em comum a não ser o facto de dizerem uma coisa e praticarem outra.Não é disto, afirme-se mais uma vez, que Tomar precisa. Acima de tudo, o que Tomar precisa é de novos protagonistas, movidos por outros interesses, e que acima de tudo, tenham como principais predicados, a coragem, a inteligência, e o amor a esta terra.É isso, por mais que alguns esperneiem e gritem e tentem boicotar, no PS estamos a fazer. Mas era bom que toda a comunidade o fizesse, o que infelizmente não vejo acontecer.Nas colectividades, nos outros partidos, nos comentadorzinhos da virtuo-realidade local, sempre as mesmas caras, sempre os mesmos pseudo-bons, tantos deles responsáveis por tanta da "coisa" criticada, tantos outros responsáveis por coisa nenhuma porque coisa nenhuma foi o que sempre souberam fazer.Haja paciência e haja vontade, Tomar há-de mudar.É que alguns esquecem-se do mais elementar, ninguém é insubstituível, ninguém é imortal. Quando muito, a imortalidade mede-se em função do que se fez em vida e do que se influenciou a comunidade e as pessoas com que se viveu, é por isso que os pseudo-bons passam depressa a pó do tempo... aliás muitos deles, já esquecidos em vida, bem tentam fazer-se lembrar...''

Ivo Santos faz uma revisão em baixa na sua ética e dignidade pessoal, pois ...

Depois de ter assumido a não (re)integração na lista do PSD, por manifesta despromoção e não reconhecimento do trabalho desenvolvido no actual mandato, mas também por não estar de acordo com a colocação de Rosário Simões, no lugar que de direito lhe pertenceria, entendendo ao mesmo tempo que aquela é uma menos valia para a lista do PSD. Ivo Santos, terá agora feito uma revisão em baixa, no que à dignidade e ética pessoal concerne e dá o dito por não dito. Neste caso teve que engolir um sapito. Agora argumenta para a alteração da sua decisão, a amizade que o prende a Paiva mas também o acreditar no projecto. É nossa convicção que a quase certeza da sua não reeleição o tranquiliza por um lado e ao mesmo tempo confirma junto do seu ''carrasco'' no que respeita aos valores, que ele afinal tinha razão, a inclusão de Rosário Simões ser uma menor valia para a lista candidata.

Independentes ... Porque Não?

No último ano, muito se tem falado sobre a hipótese de aparecer uma lista de independentes às autárquicas de Tomar. À medida que se aproxima a data limite para apresentação das candidaturas, o assunto volta a ser tratado não só entre diversos anteriores actores do processo político autárquico que por diversos motivos se distanciaram das tradicionais forças políticas, mas também é assunto de conversa entre os cidadãos eleitores que não encontram nos candidatos já apresentados o perfil desejado. Será que ainda há tempo e conjunção de vontades para que a hipótese passe a realidade? Será que eventuais diferenças poderão ser ultrapassadas no sentido de uma unidade, tendo em vista a alteração da rota da ''desgraça'' delineda e perseguida por António Paiva? Estamos em crer que sim. O concelho de Tomar não pode mais ser adiado. Visto não ter havido inteligência para o entendimento entre as forças de esquerda, o que permitiria pôr em confronto duas concepções de vida e gestão autárquicas, confiamos que existe ainda tempo para dar rosto a uma terceira via, criada a partir da vontade de tudo dar para a construção de um espaço municipal em que se tenha orgulho em viver e participar com valores positivos de cidadania. A terceira via que defendemos é a que se apresenta como alternativa, à do poder instituído há 2 mandatos e que tem conduzido o município para o descalabro financeiro e sem expectativas favoráveis, mas também alternativo à oposição conformada, preguiçosa e incompetente.

segunda-feira, julho 04, 2005

Férias Desportivas do Ginásio Clube de Tomar

Férias desportivas 2005- Na próxima semana terá início o nosso projecto de Verão, Férias Desportivas 2005 que desenvolverá várias actividades desportivas e culturais de 4 a 29 de Julho, entre as 9H00 e as 12H00, para crianças e jovens a partir dos 3 anos de idade. Entre outras faremos: Voleibol, Basquetebol, Futebol, BTT, Orientação, Canoagem, Ténis, Ginástica (geral, trampolins e acrobática), Natação, Escalada, Jogos Tradicionais e Jogos de Cidade. Inscrições e informações: Centro de Treinos da FAI, Apartado 352 2304 - 909 Tomar, tel/fax 249324381 das 17H30 às 20H00), e-mail gct@iol.pt.

Manso Marques e Vasconcelos fora das listas PS

No sábado, 2 de Julho, a Comissão Política do PS escolheu os nomes integrantes da lista para a Assembleia Municipal. A grande novidade é o facto de Manso Marques, o anterior líder da bancada e José Pedro Vasconcelos estarem fora da lista. Segundo as nossas fontes, tal posição terá sido assumida por aqueles devido ao facto de apenas lhes estar reservado lugares abaixo do décimo, portanto com muitas possibilidades de não eleição. O cabeça de lista é Luís Ferreira, actual presidente da estrutura local de Tomar, seguido por António Oliveira, que era apontado como sendo o cabeça de lista. No terceiro lugar, surpreendentemente aparece Anabela Estanqueiro, advogada da praça tomarense. Nos restantes lugares eventualmente elegíveis estão, Jorge Franco, Sandra Morgado, Gonçalo Salgueiro, Paulo Arsénio, Hugo Costa, Vera Simões e Carlos Laranjeira.

Ivo Santos ''entalado'' ou ...

Ivo Santos, actual vereador da Câmara Municipal de Tomar e convictamente não candidato até há alguns dias, estará prestes a anunciar ''afinal'' a alteração da sua anterior decisão ou então reafirmar a sua anterior decisão e mostrar que afinal nos chamados partidos do centrão, que muito gostam de se apelidar de partidos do poder, também há Homens de Palavra, sérios para quem a dignidade não é palavra vã. Acompanhamos com alguma expectativa o desenrolar deste folhetim. Como sabem os nossos leitores, fomos os primeiros a anunciar a não aceitação de Ivo Santos, da decisão e convite de Paiva para a sua colocação em quinto lugar da lista, relegado para tal posição com a inclusão da chefe de gabinete de Paiva no quarto lugar. Tal informação não partiu de especulação jornalística, baseou-se naquela que considerávamos ser a mais fiel fonte de informação. Cá estaremos para confirmar o respeito que a fonte nos merece ou para entender que afinal ...