quinta-feira, outubro 12, 2006

Foi Você que disse que o P.C.de Tomar é credível?*

REFLEXÕES PÚBLICAS EM TORNO DO ANÚNCIO DA ESCOLHA DE GUIMARÃES
PARA CAPITAL EUROPEIA DA CULTURA EM 2012


O Governo da República anunciou, no sábado passado, a escolha de Guimarães para Cidade Capital Europeia da Cultura em 2012.

Outras cidades haviam anteriormente manifestado tal pretensão: Tomar, Évora, Braga e Coimbra, por esta ordem de anúncios públicos.

Além das razões invocadas para a escolha de Guimarães, outras devem ter pesado na avaliação e consequente decisão, desde logo a falta de credibilidade de António Paiva perante o Primeiro-Ministro, o Governo e o País.

De facto, como pode alguém ter confiança num Presidente de Câmara que, em 1988, promove e vê aprovada uma proposta de candidatura de Tomar a Capital Europeia da Cultura, na Câmara e Assembleia municipais, bem como a indicação do nome do Prof. José Augusto-França para Comissário daquela candidatura, sem que, desde então, tivesse feito o que quer que fosse no sentido da mobilização local, sustentação e credibilização da ideia perante o Governo?

Como pode alguém ter confiança num Presidente da Câmara que, após alguns anos sobre tal decisão, viesse dizer, sem qualquer consulta prévia à sua Câmara e à Assembleia Municipal de Tomar, que, afinal, já não seria Tomar a candidatar-se, mas o conjunto da Comunidade Urbana do Médio Tejo, assentando as iniciativas no triângulo Tomar – Torres Novas – Abrantes, sem que estas cidades tenham também, que se saiba, sido ouvidas?

Como pode alguém ter confiança num Presidente da Câmara que, na última Sessão da Assembleia Municipal, abandona a sala no início do debate do tema e documentos sobre “A Cultura como factor de desenvolvimento concelhio”?

Como pode alguém ter confiança num Presidente da Câmara que, nesse mesmo debate, regressado enfim à sala quando criticado pelo abandono, tem como único argumento em defesa da sua “política cultural” a consolidação da malha urbana, designadamente na separação dos esgotos pluviais dos domésticos?

Ainda bem que o Governo não escolheu Tomar para Capital Europeia da Cultura em 2012, pois, com este Presidente e esta Maioria em funções até 2009, não existiriam quaisquer garantias de preparação condigna, sucesso e credibilidade internacionais da nossa Cidade e do nosso País. A menos, é claro, que António Paiva promovesse as acções a partir do seu gabinete em Bruxelas…

Um aplauso a José Sócrates que, neste caso, mostrou sagacidade e sensibilidade cultural.

De resto, como poderia o Primeiro-Ministro ter confiança num Presidente da Câmara que nem sequer consegue concretizar a virtualíssima Candidatura da Festa dos Tabuleiros a Património Mundial Imaterial da UNESCO, embora aborde o assunto quando lhe dá jeito, nomeadamente em Janeiro de 2003, última data conhecida, sendo previsível que volte a abordar o assunto em 2007, para dizer que “é desta que vai”, ao género da história do Pedro e do lobo.

E, já agora, como poderia o Primeiro-Ministro ter confiança num Presidente da Câmara que se revela preocupantemente incapaz de promover nacionalmente um caseiríssimo e paupérrimo “programa” de comemorações do centenário do maior compositor português do século XX, o tomarense Fernando Lopes-Graça?


Tomar, 9 de Outubro de 2006
Carlos Trincão

*Título da responsabilidade do editor

11 comentários:

Francisco marques disse...

Bem

Guimarães enfim não se entende mesmo, acho que aquela pavoa que se diz ministra deve ter algum lobbie bem feito daquela cidade.

É mais uma trapalhada daquela ministra, afinal nunca tivemos ministro da cultura muito menos temos politicas de cultura, mas isso é outra história, o que importa é o deficit e cortar nos direitos de quem trabalha.

Quanto ao Paiva e da promessa feita no 1º mandato enfim, aqui neste brilhante país prometer e não cumprir não dá como na Hungria manifestações de rua e pedido de demissão, aqui neste quadrado plantado, mentir é sobreviver.

FM

Anónimo disse...

A propósito de Coimbra ter ficado de fora na escolha para Capital Europeia da Cultura 2012 houve um comentador que escreveu:
"Mas o que é que Coimbra queria? Ha ja uns 25 anos que Coimbra começou a desaparecer do mapa. Alguem aqui ja disse que Coimbra é hoje a 11ª cidade deste País.
Já não ha gente importante e com categoria em Coimbra que seja politico ou faça politica. Já lá vai o tempo de 1ª Ministros, Ministros ,Secretarios de Estado, Deputados, Directores Gerais,Procuradores Gerais da Republica, Cardeais etc que eram e faziam COIMBRA.
Hoje Coimbra acaba por ser uma cidade de labregos analfabetos e de provincianos rurais a quem já ninguem lhe dá importancia. Coimbra acobardou-se e refugiou-se na sua interioridade. É disso flagrante a qualidade dos deputados que representam o distrito de Coimbra e os presidentes distritais dos dois maiores partidos politicos. Quando se olha para um Jaime Soares e para um Vitor Batista não ha que admirar que Coimbra seja assim tão mal tratada."

Com as devidas adaptações onde se lê Coimbra pode ler-se Tomar e onde se lê Distrito de Coimbra pode ler-se Distrito de Santarém e é só colocar o nome certo dos deputados e temos uma crítica acutilante.

FederaçãoPSRibatejo disse...

Com a devida vénia aos patrocinadores destes sucessivos comentários, relembro as 17 propostas do PS apresentadas na última Assembleia Municipal sobre a Cultura. (O Documento total pode ser lido em Sítio do PS ):

Assim propõe o PS, que sejam consideradas as seguintes acções urgentes, por parte do Município de Tomar:

1. A criação do Conselho Municipal da Cultura, em 2006;

2. A elaboração por parte do Município de um Plano de Desenvolvimento Cultural em estreita articulação com o Conselho Municipal da Cultura criado, em 2007;

3. A reformulação dos serviços de Turismo e Cultura, do quadro orgânico do Município, de forma a preparar a criação de uma Empresa Municipal de promoção Turística e Cultural, em 2008;

4. A consignação em Plano plurianual de investimentos de verbas capazes de garantir a participação do Município no Plano de Comemorações Templárias, a decorrer entre 2008 e 2013 (5 anos), que integrem os 700 anos da extinção da Ordem dos Templários e a criação da Ordem de Cristo (2008), os 850 anos da Fundação de Tomar (2010), a Festa dos Tabuleiros (2011), o ano de Tomar Capital Nacional da Cultura (2012) e o “Encontro Mundial de Cidades Templárias” (2013);

5. A consignação mínima, no decurso do quinquénio referido (2008-2013), de um montante financeiro anual equivalente a 10% das receitas anuais do Estado, ao abrigo da Lei de Finanças locais, para o reforço da capacidade produtiva local de bens culturais de dimensão nacional e ibérica, com especial incidência nas áreas do Teatro, Música e Expressão Corporal (Desportiva e Artística);

6. A realização das bienais de Música e Pintura (2007, 2009, 2011 e 2013), de Teatro e Escultura (2008,2010, 2012) e de Dança e Literatura (2009,2011 e 2013);

7. Garantir em 2007 o funcionamento do novo Parque de Campismo Municipal da Machuca, facilitar a instalação no Concelho de Tomar de novas Unidades de alojamento turístico de diferentes escalões de serviço, bem como o desenvolvimento de uma “rede de Turismo Rural”;

8. Desenvolver uma estratégia articulada com os outros Municípios da sub-região do Médio Tejo, ou da Região do Vale do Tejo e Oeste, para a constituição até 2013 de uma Orquestra semi-profissional;

9. Valorizar numa articulação consistente com o Conselho Municipal de Educação a valorização e interpretação ambiental do espaço Concelhio, com especial incidência na Mata Nacional do Sete Montes, Sítio da Rede Natura 2000, Vale do Nabão (do Agroal à foz) e Albufeira do Castelo de Bode;

10. Valorizar a actuação sobre o património material e imaterial do Concelho, através da valorização económica da Festa do Tabuleiros, da Rota Arquelógica Romana do Concelho e dos edifícios de valor patrimonial classificados no PDM;

11. Criar um Prémio Anual que promova, em diferentes níveis etários, os que mais se destacaram na área da Cultura e do Desporto;

12. Repor, a nível de Planos de Ordenamento, a possibilidade da criação em Tomar de Centro de Estágios Desportivos, Pousada de Juventude e Museu da Indústria;

13. Interagir, com a participação da Rede Social e do Conselho Municipal de Educação, de forma a institucionalizar a passagem de saberes, seja através de uma, ou várias, Universidades Seniores, seja através de um Plano de Testemunho cultural imaterial a ser fomentado e integrado nos Planos Educativos dos Agrupamentos Escolares do Concelho;

14. No quadro das competências do município garantir o retorno económico directo da acessibilidade ao Monumento Património Mundial (Convento de Cristo) e fomentar a produção de eventos que tirem partido da sua existência;

15. Protocolar com os diferentes Departamentos do Instituto Politécnico de Tomar, a integração do know-how existente para a valorização e intervenção do Município nas áreas da Cultura e Património;

16. Desenvolver, em articulação com o Instituto Politécnico de Tomar e a Direcção do Convento de Cristo, a instituição em Tomar de uma Escola de Artes e de um Centro de estudos da Ordem dos Templários.

17. Reformular o sistema de apoio ao Associativismo, em parceria com o Conselho Municipal da Cultura, de forma a valorizar a capacidade endógena instalada no Concelho, com especial incidência nas áreas do Teatro, Música, Expressão Corporal (Desportiva e Artística), actividades outdoor e etnografia.

Tomar, 29 de Setembro de 2006
O Grupo Socialista da Assembleia Municipal de Tomar

Anónimo disse...

Com respeito às propostas colocadas pelo Sr. Gabinete (todas já conhecidas no Programa partidário de 2005) aqui ficam outras:

A CULTURA COMO FACTOR DE DESENVOLVIMENTO CONCELHIO
Contributos para a definição de um pensamento estratégico de médio prazo


, todavia, algumas recomendações iniciais, designadamente:

1 - Criar um Departamento Cultural no organigrama da Câmara que inclua o sector do Turismo, com um único responsável político.

2 - Estimular a iniciativa privada para a produção em série de materiais de promoção e venda turística sobre Tomar e o seu Imaginário.

3 - Criar, desde já, um processo cultural dinâmico que desague em 2010 com as comemorações dos 850 anos da fundação de Tomar, associando-as ao fenómeno templário, podendo este processo ser indutor de uma candidatura a Capital Nacional da Cultura nesse ano ou em 2011, ano de realização previsível de uma edição da Festa dos Tabuleiros.

4 - Iniciar a construção de um novo equipamento cultural (Centro de Artes e do Espectáculo) que garanta, nas condições técnicas e artísticas exigíveis hoje em dia, grandes espectáculos de música, bailado, teatro ou ópera.

5 - Estabelecer contactos com o Ministério da Cultura no sentido da criação de Direcção Regional de Cultura em Tomar ou para o reforço das estruturas regionais de Coimbra ou Castelo Branco nesta região.

6 – Considerar como estruturante a criação de companhias profissionais de dança e de teatro, bem como uma orquestra profissional.

Seguem-se as restantes propostas.

Cultura e Ambiente

Assumir com o Conselho Local de Educação, em articulação com o Centro de Interpretação Ambiental, a Educação Ambiental como projecto educativo permanente transversal aos vários graus e sectores de ensino.

Identificar didacticamente as espécies existentes e enriquecer o património vegetal da Mata Nacional dos Sete Montes, conferindo ao local um estatuto misto de zona de lazer e Parque Educativo Vegetal.

Intervir no Pinhal de Santa Bárbara e zona da FAI de modo a, desmantelando o parque de máquinas da Câmara e transferindo-o para local apropriado (Zona Industrial), recuperar o património vegetal em risco, constituindo uma “unidade verde” complementar à Mata.

Integrar num plano comum as albufeiras do Castelo do Bode e do Carril, Agroal (com necessidade de um Plano específico), Açude de Pedra, praias e pontos de recreio fluvial nas freguesias ribeirinhas, assegurando que quaisquer complexos de exploração turística ou imobiliária respeitem a integridade ambiental desses locais.

Promover o aproveitamento económico do Rio Nabão de forma sustentada e gradual: limpeza, desobstrução e desassoreamento; estímulo à criação de Viveiros Piscícolas em zonas de águas frias e de rápidos; aproveitamento hidroeléctrico.

Articular com as freguesias ribeirinhas acções que permitam percursos de lazer e recreio em barcos tradicionais adaptados, possibilitando a criação de postos para comercialização de produtos gastronómicos e artesanais.

Cultura e Associativismo

Constituir um Conselho Municipal de Cultura.

Articular a acção dos vários departamentos da Autarquia com as Associações que intervêm em áreas de tangência.

Lançar, com o Movimento Associativo, um programa de promoção, estímulo à criação, desenvolvimento sócio-cultural, salvaguarda e visibilidade do Património Material e Imaterial do Concelho.

Definir, com as Associações, o modelo de apoios institucionais e realizar reuniões com as mesmas antes da apresentação do Plano de Actividades e Orçamento da Câmara, assegurando, assim, a concertação e definição das programações de referência.

Editar, para distribuição a nível nacional, uma publicação anual que sirva de índice de recursos sócio-culturais e de promoção das nossas actividades, e que contenha, entre outros elementos, um mapa detalhado das actividades, instalações, equipamentos e valências de cada Associação, assim como a listagem dos Artistas e Autores nas áreas do Teatro, da Música, da Escultura, do Design, da Fotografia, da Pintura, da Literatura, da Arquitectura, da Dança, do Artesanato e da Instalação.

Consolidar a programação cultural de referência da responsabilidade do Movimento Associativo, concertando as várias propostas (Música, Teatro, Dança, Animação de Rua, Letras, Artes Plásticas) e reforçando a intervenção e empenho da Autarquia na sua organização e promoção externa.

Cultura e Conhecimento

Formar um Parque de Ciência articulando o Complexo Museológico dos Lagares d’El Rey, do Centro de Ciência Viva e do Centro de Interpretação Ambiental.

Criar um centro de documentação complementar da Mostra Permanente da vida e obra de Lopes-Graça e estabelecer uma política de relacionamento com a Câmara Municipal de Cascais, potenciando projectos comuns em torno da figura do Maestro.

Complementar, com instituições musicais do concelho, a actividade curricular das Escolas com concertos pedagógicos e intervir na perspectiva da existência de um projecto concertado para o ensino secundário da Música.

Propor ao e apoiar o Instituto Politécnico na criação de uma Escola Superior de Artes, a qual interaja também com o trabalho do Movimento Associativo.

Identificar o estádio de desenvolvimento dos trabalhos de recuperação do Arquivo Histórico e concluir o processo, complementando este espólio documental com o Espólio Fotográfico Silva Magalhães e criar instalações adequadas para depósito e consulta da documentação dos Arquivos Histórico e Fotográfico.

Editar uma obra de referência actualizada sobre a História de Tomar e uma outra dirigida às Escolas, com as necessárias adequações aos diversos ciclos de ensino. Neste enquadramento, ou não, rever o local de depósito e exposição das peças do Guarda-Roupa Sam-Levy, classificar e regulamentar a utilização do espólio pelo Movimento Associativo e Escolas e editar um catálogo com biografia do Benemérito.

Cultura e Criação Artística

Garantir, na área da Música, os apoios à Orquestra Nacional de Sopros dos Templários e às orquestras juvenis que o Movimento Cultural local crie, tendo em conta os pareceres do Conselho Municipal de Cultura; estimular a criação de uma orquestra juvenil das escolas de música do concelho; assegurar a realização de um grande festival anual das artes musicais.

Estabelecer de um programa conjunto com as Companhias e Grupos locais de Teatro que aprofunde a formação de actores e técnicos, estimule a criação e os autores e promova uma dinâmica de espectáculos regulares, incluindo um Festival Internacional de Teatro.

Intervir na tripla perspectiva da Dança Contemporânea, Dança Clássica e Dança Popular, estabelecendo com os criadores e formadores locais um plano regular de formação e apresentações devidamente apoiado.

Promover um programa no domínio das Artes de Rua enquadrando-o numa política de formação e apresentações diversificadas dos recursos.

Assumir o Cine-Teatro Paraíso como local privilegiado para apresentação das iniciativas do Movimento Associativo apoiadas pelo Município; estabelecer com o Movimento Associativo as regras de utilização no sentido de, nos ritmos a encontrar, ser possível manter uma programação anual regular.

Iniciar um processo credível de acção e aquisições institucionais aos criadores no domínio das Belas-Artes, passando pela criação de condições acessíveis de exposição e promoção de Encontros, Festivais ou Concursos.

Cultura e Desporto

Organizar um Conselho Municipal de Desporto e elaborar a Carta Desportiva enquanto instrumento orientador da Política Desportiva, articulando-a o objectivo geral de apoio às modalidades amadoras e com as ofertas e as procuras das escolas, incluindo um Plano de Formação para Animadores Desportivos.

Destacar anualmente o “Desportista do Município” enquanto reconhecimento do trabalho individual e colectivo dos desportistas tomarenses e dos clubes de onde provêm nos planos regional, nacional e internacional, dotando o atleta e o respectivo clube de uma “bolsa desportiva” em moldes a definir.

Consolidar a rede de equipamentos desportivos (formais e informais) existentes, designadamente pela identificação das necessidades de reparação / conservação de polidesportivos e construção – ou apoio à construção – dos imprescindíveis.

Definir uma política de apoio às Escolas que passe essencialmente por um programa de aquisições de material didáctico, pela criação de condições de acesso aos equipamentos desportivos municipais e pela promoção de um Programa Municipal de Desporto Escolar.

Construir um novo Complexo / Parque Desportivo, na zona das Avessadas, que possa sustentar a existência de um Centro de Estágios e Formação susceptível de atrair agentes desportivos exteriores.

Considerar os Jogos Tradicionais como valia intrínseca do Concelho e estimular a sua prática como forma de salvaguarda da Memória.

Cultura e Encontro de Culturas

Promover um Centro de Investigação sobre as grandes manifestações vivas da Bacia do Mediterrâneo e Europa, articulando-o com as iniciativas em torno da Festa dos Tabuleiros.

Investir no passado judaico de Tomar como factor de atracção de visitantes (Museu Luso-Hebraico, Centro de Documentação e Biblioteca, recuperação e animação do espaço, pessoal, material informativo, animação, contactos com a cidade israelita de Haddera, geminada com Tomar, contactos com localidades de forte presença judaica, em Portugal ou no Estrangeiro).

Criar um Centro Internacional de Lusofonia, em parceria com o Ministério da Educação, Ministério dos Negócios Estrangeiros e Instituto Camões (se possível), que assuma a dimensão histórico-cultural dos territórios onde Portugal interveio, muitos deles países independentes na actualidade, e promova a defesa da língua portuguesa como factor comum de identidade, de cooperação e de desenvolvimento.

Desenvolver um programa de apoio à comunidade imigrante em Tomar.

Iniciar um processo sistemático e coerente de geminações com cidades dos países de Língua Oficial Portuguesa com vista a intercâmbios e cooperação científica, cultural e comercial, podendo alargar-se o processo antes referido a outros territórios onde se verifica ainda uma forte componente da Cultura Portuguesa (p.e. Goa, Malaca, Macau).

Retomar os Encontros Internacionais de Tomar / Rencontres de Tomar (da década de 80), de dois em dois anos.

Cultura e Património

Criar o “Núcleo da Latoaria” no âmbito do Museu Municipal de Tomar, assegurados que estejam os direitos e os desejos da família Migalhas em Protocolo com a Autarquia.

Conceber o “Núcleo da História de Tomar”, no mesmo enquadramento do anterior, enquanto estrutura que preserve a Memória, a História e o Património do Concelho, podendo o mesmo incluir uma “secção pedagógica” de actividades económicas e profissões já desaparecidas. Neste contexto, apoiar as colecções etnográficas existentes nas Freguesias criando um plano de divulgação, sinalização e apoio em rede, e estudando com as Direcções das instituições proprietárias dos espólios as formas de apoio e estimulo à recuperação e modernização das instalações.

Diligenciar no sentido da busca de condições e apoios destinados à criação de um futuro Museu Nacional de Arquitectura, sustentando a pretensão na riqueza monumental edificada e na concepção urbanística do Centro Histórico.

Encetar contactos com a Família da Pintora Maria de Lourdes de Mello e Castro no sentido da rápida e urgente concretização da sua Casa-Museu.

Criar o Museu da Fiação complementado com um percurso fluvial ilustrativo do Património Arqueológico Industrial geral do Concelho e com a edição de materiais informativos sobre a importância da água no desenvolvimento económico de Tomar.

Iniciar um processo de aquisição, junto das rádios e das televisões, de documentação sonora e visual produzida sobre Tomar e o seu Concelho.

Cultura e Promoção & Turismo

Desenvolver um projecto integrado de edições e promoção junto de todas as outras cidades portuguesas e estrangeiras com as quais mantemos relações, articulando acções relativas à Captação de Investimentos, Festa dos Tabuleiros, Campos de Férias, e Feiras.

Identificar as características turísticas, culturais, produtivas e comerciais e industriais das cidades com que temos mantido relações institucionais, geminadas ou não, de forma a estabelecer protocolos singulares que captem fluxos de visitantes e propiciem investimentos recíprocos.

Promover, com a ACITOFEBA, Região de Turismo e Meios de Comunicação Social, a promoção turístico-cultural no país e no estrangeiro, potenciando as colaborações do ex-ICEP e das cidades com as quais Tomar mantém relações, recorrendo à edição de materiais apropriados e distribuindo-os nos portos, aeroportos, zonas de descanso das auto-estradas, superfícies comerciais e outros locais considerados eficazes.

Definir um Plano Turístico Municipal que inclua a construção de um pavilhão de divulgação das potencialidades do concelho, para itinerância.

Transformar a Casa Vieira Guimarães no principal local de informação turística, articulando com a Região de Turismo dos Templários, e criar, durante a época alta, em locais estratégicos, postos de informação e promoção turística, assegurados por jovens.

Idealizar uma semana de actividade lúdica e gastronómica que reconte a História de Tomar com reconstituições, feiras, refeições antigas, jogos, dramatizações e espectáculos.


Cultura e Solidariedade

Concertar esforços com o Instituto Português da Juventude para criar uma Pousada e uma Casa de Juventude que sejam também espaços de criação e de divulgação das diferentes manifestações artísticas (teatro, dança, artes plásticas, fotografia, artesanato, escultura, pintura, banda desenhada, graffitti).

Organizar ciclos temáticos visando o enriquecimento inter-cultural e inter-geracional.

Promover, com Instituições do Concelho, programas que prossigam objectivos de ocupação do tempo livre e de promoção da saúde, os quais podendo ser coordenados pelos Serviços da Autarquia, deverão ser da responsabilidade das entidades aderentes ao convite do ponto de vista técnico e são comparticipados, em termos a definir, de forma a salvaguardar os custos adicionais que as entidades aderentes tenham que suportar.

Dinamizar acções de informação e apoio às pessoas mais idosas, aos deficientes e seus familiares, às pessoas com menor grau de instrução, entre outros, no sentido de os auxiliar a usufruir dos diferentes programas sociais existentes ou que venham a ser criados.

Criar a Escola Livre de Tomar, vocacionada para pessoas com idade superior a 50 anos, que potencie a imensidão de conhecimentos dos mais velhos e que contribua positivamente para o crescimento sócio-cultural dos mais novos.

Considerar as diferentes manifestações da chamada Cultura Popular como património vivo susceptível de apoios, visibilidade e potencialidade para funcionarem como instrumentos de aglutinação das pessoas e das comunidades.

Cultura e Tradição

Defender a Festa dos Tabuleiros, nomeadamente pela criação o Museu da Festa dos Tabuleiros, edição uma obra de investigação, cedência de espaço para Sede Permanente aí concentrando o espólio documental e iconográfico da Festa, instituição de um Fundo Financeiro gerido, numa primeira fase, pela Comissão Central da Festa e promoção da Candidatura a Património Mundial Imaterial.

Estabelecer um programa de divulgação conjunta dos vários eventos gastronómicos de Tomar (cabrito, lampreia, sopas e feijão) e criar um momento equivalente para as Fatias de Tomar e outra doçaria típica.

Lançar uma campanha nacional autónoma de divulgação e promoção das Fatias de Tomar (e outra doçaria típica) e registar a patente da panela típica de confecção das mesmas.

Estabelecer um programa de apoio à formação e produção na área das Artes e Ofícios Tradicionais, incluindo as artes da construção de barcos, da construção das rodas de rega do Nabão e as ligadas à Festa dos Tabuleiros, e criação de circuitos de escoamento e promoção.

Contemplar devidamente, reestruturando e definindo localizações eficazes, a Feira de Santa Iria e a Feira de Artesanato.

Com devido enquadramento da Feira de Santa Iria, associar os recursos etnográficos do Concelho, os Grupos e Ranchos Folclóricos e o tecido produtivo agrícola no sentido da criação de um grande momento de promoção dos produtos da terra, no Outono “Festas das Vindimas e do Azeite”.

CARLOS TRINCÃO - BRUNO GRAÇA - JOÂO SIMÕES DEPUTADOS MUNICIPAIS

João disse...

N ha por ai mais nenhum programa eleitoral...n se acanhem estejam a vontade!!!

Anónimo disse...

Foda-se, é por isso que os partidos destes senhores não ganham eleições.
São muito colturais, para o gosto do zé povinho...

Anónimo disse...

Caro Anonimo!
A cultura (coltura) para si, é que não reside em si.....

Anónimo disse...

O anônimo malcriado é aquele que diz: qundo me falam em cultura apetece-me puxar o gatiho.
Ainda p´ra mais vem falr em nome do zé povinho.
Só merece mesmo uma resposta à Bordalo - um valentíssimo manguito.

Francisco marques disse...

Eu deixo uma ideia ao Luis Ferreira, porque não fazer no auditório da Biblioteca um forum aberto sobre este assunto.

E deixo uma sugestão mais, porque não fazer do colégio um centro de artes, com universidade que conjugue todas as artes, está na hora de mudar, um país que ignore os artistas é um país morto, será que já ninguem lembra que isso era uma das maiores batalhas que deu origem ao 25 de Abril.

FM

Anónimo disse...

E porque não fazer da sede do p.s. o Tomar capital da cultura em 2.000 e muitos.
Botavam lá o retrato do Carrilho, da Isabel Pires de Lima e de mais uns quantos como eles.
Era de estalo.

FederaçãoPSRibatejo disse...

A oposição em Tomar (Ps, IpT, CDU e BE) em Tomar, pode até ter, como tem, visões diferentes sobre os n temas relevantes para o desenvolvimento do Concelho, mas pelo menos têm propostas!

Alguém conhece alguma do PSD?
Do Paiva? Do Corvelo? Do Carrão? da Rosário?

Dão-se alvísseras...