Já que
estamos em maré de balanços, seja-me permitido que puxe a brasa ao meu carapau,
isto porque 2019 vai ser o ano do carapau. Já era tempo de ser o ano do barbo, isto
porque andam ali os peixes à volta do Mouchão e ninguém lhes dá valor … nem ao
Mouchão. Vou então puxar a brasa ao nosso recanto.
Moro na cidade e há anos que passeio pelo jardim
onde agora, em especial logo pela manhã, o dito verdejante é mais usufruído
pelos cãezinhos que pelos munícipes. Ou seja, 2018 confirmou a moda de cada vez
mais os cidadãos, alguns bastantes jovens, gostarem de passear os caninos pelas
trelas. Anterior executivo deu uma boa ajuda
na obra de beneficiação da zona quando extinguiu o parque de merendas e colocou
aquelas lombas de relva a convidarem a uso como WC dos cãezinhos. Bem melhor
que o WC dos cidadãos.
O Mouchão manteve em 2018 o mistério daquele
quiosque que nunca foi utilizado. Penso que estamos em condições de revelar para
que serve o quiosque - isso mesmo, não serve para nada.
O Mouchão manteve em 2018 os aspersores
desalinhados exímios em regarem os bancos e os espaços de circulação pedonal em
vez de regarem a relva. Até dá ideia que o objectivo é mesmo afastar os cidadãos,
privilegiando os caninos.
Se o cão é ainda o grande amigo do homem, o
Mouchão é que já não é tão seu amigo.
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