sexta-feira, janeiro 25, 2019

Livros para deprimidos

                                                                                                                            cultura.m.gov.br

Agora que escasseiam medicamentos, ironicamente, dizem, por serem mais baratos

         Livros para deprimidos

            Com o título “Leitura terapêutica”, há tempos, a editora e escritora Maria do Rosário Pedreira escreveu no seu blogue “Horas extraordinárias”:
            - Muito se falou já no poder empático da literatura, veículo criador de laços que permitem ao leitor experimentar emoções e sentimentos fictícios e senti-los na própria pele como se fossem reais. Esta capacidade transformadora dos livros levou recentemente a que se associassem médicos e bibliotecários ingleses para receitar livros de ficção, poesia e autoajuda a doentes com depressão e ansiedade, em vez de lhes ser administrada outra medicação que pode ter efeitos secundários bastante mais nocivos
            A lista abrangia títulos muito variados, com uma secção especial de obras humorísticas para «animar» os mais deprimidos
            Por outro lado, no seu romance “Número zero” Umberto Eco escreveu que existe uma palavra em alemão “Chadenfreude” que significa prazer com a desgraça alheia.
            Temos para nós, se a esmagadora maioria dos cafés colocam como suposta leitura preferencial dos clientes os jornais e revistas dedicados à desgraça alheia, que receitar no nosso país esta iniciativa de se associarem médicos e bibliotecários para receitar livros de ficção aos deprimidos poderá ser tão eficaz como os receitar pentes para carecas. Mesmo assim, em termos de humor, apesar de descrentes, aqui ficam as sugestões de autores possíveis de “fazerem bem”, talvez mais que os medicamentos, isto, naturalmente, salvo melhor opinião, devem ser receitados livros de:  
            - Ricardo Araújo Pereira
            - Rui Zink
            - Nuno Markl
            Considerando Ricardo Araújo Pereira como o nosso melhor humorista da atualidade, sugerimos que seja receitado o seu programa “Gente que não sabe estar”, como vimos no domingo, TVI, no jornal das 8. Vale a pena ir buscar, isto com as novas tecnologias, ou ver no próximo domingo. Melhor que isto para a depressão só assistir, por exemplo, às transmissões da Assembleia da República.

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