segunda-feira, janeiro 21, 2019

Indo eu, indo eu ... Caminhada dominical

                                                                                              clubecalma.pt
Tomar. Ontem. Domingo. Grupo reunido na largo traseiro da biblioteca municipal, organização do Calma. Após uns dias de chuva, manhã soalheira. Benfazejo ensejo a uma caminhada. Palpites de que o clube detém o número celestial do telemóvel de São Pedro, daí manhã plena de sol. Caminheiro tipo novo testamento opina que o são Pedro só gere as entradas no céu, quiçá presidente do júri das alminhas a admitir. Há testemunhos a garantirem que só entram 300 mil, meia dúzia de campos de futebol dos grandes. Sorte de tempo, resumiram os mais dados à crueza terrena. A cada um as suas convicções.
            Andando, a caminhado de Alvaiázere. Mais um dos percursos que fazem deste concelho um dos privilegiados na descoberta dos segredos e mistérios concedidas pela prodigiosa natureza. Alvaiázere, centro de vila ladeado por moradias solarengas, relíquias de mansões, espelhos de história.  
            Início da caminhada. Carreiros empedrados. Imaginam-se antigos almocreves (como descreveu Aquilino Ribeiro, “Terras do demo”) calcorreando encostas, mulas bravias, carroças reforçadas, a proverem o reabastecimento dos povoados perdidos, o comércio dos produtos alimentares, das lavouras, agora referenciadas no azeite e no queijo.
            Subidas agrestes, pisos empedrados, vales profundos, ribeiras vazias de leitos revestidos a lajedos. Convidativo aroma das plantas com que se temperam as azeitonas. Manhã inteira repleta da salutar fragrância das serranias, vigorosos arvoredos, sossego dos enredos.
            Regresso a Tomar, almoço no Pereiro. Cada dose a servir substância reforçada, alternativas do bacalhau, polvo, picanha, costeleta de novilho. Naturalmente o vinho.
            Então queriam que, após uma dura caminhada de 10 quilómetros, se bebesse coca-cola? A água bebe-se no decorrer da caminhada. 

Sem comentários: