Lemos em entrevista que o escritor Mário
Carvalho assume não necessitar de grandes passeios, assim disse ao “Diário de
Notícias”, “Nunca fui um amante de viagens … agora, gosto mais da minha rotina”.
Imagina-se que Mário Carvalho, nossa referência entre os actuais escritores
portugueses, encontra nas leituras o lenitivo de quem prefere o sossego do seu
cantinho, a comodidade caseira. Quem, por exemplo, lê aos sábados, a “Fugas”, no
“jornal Público”, encontra nas suas reportagens a ilusão de quem nos transporta
aos locais onde nunca fomos nem de certo iremos.
Isto
para dizer que, no domingo, fomos à Serra da Lousã. Em grupo, isso mesmo, em
excursão. Partida de Tomar, às 7h00, dois autocarros, noventa gentes, estrada
fora, as moradias a estenderem-se das vistas, olha aqueles têm piscina, olha os
casões abandonados.
Saída
no castelo da Lousã. Vale a pena ver ao vivo o enquadramento, vale a pena ver
as aldeias históricas, as encostas, algumas que os grandes incêndios transformaram
agora em tonalidade cinzenta, da cinza.
Depois
Castanheira de Pera, conhecida pela extensa piscina das ondas marítimas, o fartíssimo
almoço, o bailarico para quem gosta de dar ao pé, alternativa do passeio pela
vila, o lanche, o regresso a Tomar.
Vantagens
da ida em excursão: a comodidade de se sentar no autocarro e não se preocupar
mais com a condução, o poder beber o seu copito sem se preocupar com o teste do
balão, o momento de animação se gostar de ouvir anedotas contadas ao microfone,
se não gostar não ligue. Preço 35 euros. Chegada a Tomar às 20h00.
Quem
prefira uma viagem no remanso das páginas de excelente português de Mário
Carvalho, pode escolher no seu livro “Cronoletas”, a “Arte de morrer longe”. Embala
assim:
“Na
bela e nunca por demais celebrada cidade de Lisboa, urbe das urbes, afamado
remanso de brandura, nimbado de zimbórios e palmeiras, a moda das tartarugas
exóticas começou um dia a fatigar…''Nota: por 35€ pode viajar em alternativa em/por/com 2 ou 3 livros. A escolha é sua. Sempre!
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