Sobre a exposição do Eça de Queiroz, na minha qualidade de
eleitor do blogue “Horas extraordinárias”, de Maria do Rosário Pedreira, acrescento
o que a editora e escritora reportou de um comentário do escritor recolhido
nessa exposição, no caso sobre Havana.
Então,
diz a editora, diplomata na cidade, dizia dela (de Havana) numa carta a Ramalho
Ortigão (sim, fui à exposição sobre Eça num destes domingos de manhã e foi aí
que li esta pérola): «Detesto-a a esta
cidade esverdeada e milionária, sombria e ruidosa – este depósito de tabaco,
este charco de suor, este estúpido paliteiro de palmeiras!»
Como se
lê, nos seus comentários Eça de Queiroz tinha muito pouco de meigo. Como é uso
dizer-se, não tinha papas na língua, muito menos na caneta. Segundo os
especialistas queirosianos, escrevia de pé, sempre com a sua caneta preferida.
Talvez daí, por escrever de pé…
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