sexta-feira, setembro 30, 2005

Investidor tomarense espera seis anos por reunião com Paiva

O empresário que queria fazer algo pelo Agroal….mas que espera há seis anos por uma reunião com o presidente da Câmara- António Paiva

Manuel Rodrigues nasceu há 55 anos no Vale Calvo, filho de um ferroviário, é hoje um empresário de sucesso. De uma vasta família de vários irmãos recorda-nos o tempo em que palmilhava a pé de Vale do Calvo a escola Industrial e Comercial de Tomar onde tirou o antigo 5º ano do curso de serralharia. “ Se hoje cheguei onde cheguei devo muito ao Mestre Magalhães e Mestre Craveiro, embora me recorde dos professores todos e que moldaram a minha maneira de ser” recorda-nos. Com 16 anos rumou a Lisboa onde frequentou a Escola Afonso Domingues. O serviço militar levou-o até Angola e depois da tropa ficou por lá. A descolonização fê-lo desembarcar em Lisboa “ com uma mão à frente outra atrás” mas não desanimou e começou tudo do zero. Juntamente com mais três irmãos, seus sócios lançou-se em vários negócios. Há 11 anos está no ramo das águas minerais e de mesa. Em Pernes comprou a Quinta de S. Silvestre e relançou no mercado as águas minerais de S. Silvestre, um aquífero muito bom, confirmado pelas exigentes análises, com água de muito boa qualidade, recomendada pelos médicos para o bom funcionamento do aparelho digestivo; com grande expressão no mercado nacional e internacional tendo sido o maior exportador português de água em 2003, para o mercado fora de portas. No país vizinho a Espanha, explora e tem no mercado outra água mineral de nascente com a marca Sierra Fria, que nasce nas encostas do lado da Espanha da Serra de S. Mamede. Brevemente no ramo alimentar das bebidas vai relançar a tão conhecida marca de outros tempos de refrigerantes “ Superfresco”.
Mas nem só de águas vive o clã “Rodrigues” hoje sociedade anónima, outras empresas, e outros ramos de negócio se dedicam estes empresários. Por exemplo no ramo do turismo, quem passar por Sesimbra depara com um moderno e diferente parque de campismo “ Campimeco” um projecto destes empresários, onde exploram em moldes diferentes e modernos um campismo de qualidade em parque com 2400 lugares. Situado na Praia das Bicas na Aldeia do Meco, concelho de Sesimbra. Nele estão instaladas, como estão aí por muito parque de campismo, como por exemplo a Campidouro nas margens do Douro, as caravanas residenciais fabricadas na metalomecânica, propriedade desta família “ Metalomecânica Soares Rodrigues e Irmãos Lda” sediada em S. Julião do Tojal. A Campimeco é um projecto e uma exploração turística da família Rodrigues. As caravanas residenciais com a área de que vai desde os 6X3 metros aos 8X7 m, devidamente mobiladas e com todo o conforto são o novo conceito de férias para a classe média e média alta, que alia a vida ao ar livre, em locais com todas as infraestreturas e todo o género de serviços, como a segunda casa, a casa de férias, mas que um dia se pode mudar de local e com preços muito mais acessíveis que uma moradia fixa. Diz-nos que era disto que o país precisava e “ segundo os autarcas de Sesimbra, este concelho deve muito a vós e na sua ascensão turística”. Mas na Costa Vicentina- S. Torpes é outro parque de campismo fruto da tenacidade destes tomarenses bem como na terra do café Campo Maior.
Consulte www.parqueverde.pt e www.roteiro-campista.pt.

No decorrer desta conversa este empresário recorda-nos que há seis anos pensou em fazer algo pelo Agroal, que tão bem conhece, pelas suas águas frias, onde em tempos deu grandes banhocas, pela falta de investimento e de condições e pelas potencialidades que ali são oferecidas. “ Já imaginou as encostas escarpadas, transformadas em socalcos a exemplo do parque de campismo da Campidouro, junto ao Douro, fazer algo semelhante” mas refere-nos “ quando se adormece e não se chamam, por parte dos autarcas, os investidores, nada se pode fazer. Aqui no concelho de Santarém quando me instalei, sempre tive e tenho excelentes relações com o elenco autárquico em exercício ou que esteve à frente dos destinos da Câmara, noutros concelhos o mesmo se passa, em Espanha, chego junto do Alcaide e em pouco tempo sou recebido, na hora mesmo e no concelho onde nasci, infelizmente pedi uma reunião por escrito, há seis anos, ao Presidente em exercício António Paiva, onde queria apresentar fazer A,B, ou C na zona do Agroal, que sim, que marcavam, me telefonavam e até hoje, continuo à espera. Não estou habituado a esta maneira de agir”.
Felizmente Tomar ainda se pode orgulhar de ter muito dos seus filhos, empresários de sucesso noutras paragens, por vezes aqui bem perto. Bom seria que os mesmos fossem devidamente reconhecidos e cativados para investir num concelho com potencialidades, que tão bem conhecem e que afinal é o seu. Oxalá que isso possa vir a acontecer, mas certamente não acontecerá com o charme empresarial destes nossos autarcas, para cativar investidores…

António Freitas
Jornalista
Carteira Prof. 3050
Agfreitas netcabo.pt

1 comentário:

darrylant disse...

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