Luís Ferreira, cidadão activo com responsabilidades políticas efectivas e ao contrário de tantos, do seu e de todos os partidos políticos, com perspectiva e visão política da sociedade no particular e no geral, ''colou'' um post a que damos destaque para que a sua reflexão possa ser mais visivelmente alargada à discussão. No fundo levanta a questão e fundamenta a legitimidade de participação de listas de independentes no nosso processo democrático, mas por outro também questiona o que muitas vezes ''parece'' ou é uma ''salganhada'' de diferentes correntes. No caso de Tomar destaca por exemplo a ''mistura'' de Luís Marcelino, que publicamente se afirmou contra o facto de ''desertores'' da guerra colonial ocuparem agora lugares de destaque no poder e administração pública portuguesa, com por exemplo Ferrnando Oliveira que acreditamos estar manifestamente contra tal posição, poque reconhecido anti-fascista ...
Aqui vai a reflexão de LF: ''Apesar de tudo devia haver um pouco mais de decoro, nos ataques que por aqui estão à Lista de Independentes, muitos deles anónimos.É perfeitamente compreensível que num Estado Democrático, listas de cidadãos independentes possam concorrer a eleições autárquicas.Foi aliás nesse espírito que o PS propôs e ao fim de alguns anos o PSD aceitou, que também para as Câmaras Municipais cidadãos "auto-agrupados" podessem apresentar candidaturas.Não vem nenhum mal ao mundo que tal aconteça. Convém porém, no nosso caso específico de Tomar, reflectir do porquê de um conjunto de figuras mais ou menos públicas, que já passaram por diversos Partidos, de repente surjam como eventuais "salvadores da pátria".Pedro Marques foi Presidente de Tomar durante 8 anos, como independente pelo PS e a sua Câmara só funcionou devidamente enquanto este se "sujeitou" ao "controle democrático" da respectiva estrutura partidária, ou seja durante o primeiro mandato. Foi aliás o que claramente aconteceu com o independente António Paiva, até ao momento em que se conseguiu "livrar" de António Fidalgo (PSD)da Câmara.Temos portanto o quadro dos "independentes" enquanto Presidentes eleitos por Partidos: tudo funciona enquanto trabalham colectivamente com os respectivos, deixa de funcionar quando se começam a achar "os reis da banana".Quanto a outros dos intervenientes na candidatura independente, estranha-se a presença de vários ex-CDU, nunca assumidamente militantes ou respeitadores das regras internas do Partido Comunista, ao lado de conhecidas figuras de renome como o Engº Marcelino, ex-Adjunto de Pedro Marques e posteriormente cabeça de Lista do CDS-PP ou o dissidente do PSD José Júlio da Silva.O que levará esta panóplia de "ex-tudo" a juntarem-se num momento tão crucial para o Concelho de Tomar?Ter-se-ão transformado as Listas de Independentes num repositório de excluídos do sistema político ou em "testas de ferro" de interesses estranhos à causa pública? No caso de Tomar fica claramente essa dúvida no ar, sem que pela idoneidade e legitimidade democrática de qualquer um dos intervenientes no processo, o signatário duvide.Acresce neste contexto, o interessante desconforto que o outro independente, António Paiva, vai demonstrando, certo de que, como sempre o PS vem dizendo desde há ano e meio, o seu fim político enquanto Presidente de Câmara esteja próximo.Como vai o PSD sobreviver sem os seus D.Sebastiões no poder em Lisboa (já perdido) e em Tomar (a perder em 9 de Outubro)?Da parte do PS a serenidade costumeira: Um Projecto trabalhado para o médio prazo do desenvolvimento, uma equipa "limpa" e renovada de protagonistas e uma vontade férrea de voltar a dar dignidade à política pelas bandas do Nabão.A aposta que o PS vem fazendo em alertar para as soluções do desenvolvimento económico, reorganização dos serviços camarários tirando partido das tecnologias, uma solução para o trânsito caótico da cidade, a imediata revisão do PDM e a facilitação dos investimentos privados em Tomar, levam em linha de conta a aprendizagem com os erros cometidos por Pedro Marques e por António Paiva, sem deixar de reconhecer os importantes trabalhos que foram realizados, em especial, nos primeiros mandatos de cada um deles.Mas acham mesmo que Tomar entrar numa estratégia de "virar o disco e tocar o mesmo" é o caminho para o seu futuro?Carlos Silva e a sua equipa do PS, fazem claramente o diferença dos vários "pântanos" que nos são propostos.Ah... e já agora, os Tomarenses contam ao votar no PS, com a vantagem de terem gente que procura valorizar Tomar onde quer que se encontre: junto do Governo PS, ou em diversas entidades públicas para as quais têm ligação e competência.Por tudo isto é que alguns dos "velhos do restelo" e dos "salvadores da pátria", se vão contorcendo todos os dias.Mas, como alguém dizia: É a vida...Luis Ferreira - Presidente do PS de Tomar ''
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