quarta-feira, março 01, 2006

Castelo Templário, 1 - Câmara de Tomar, 0


Propositadamente marcada para a tarde do dia 1 de Março (feriado municipal de Tomar), pelo simbolismo do dia, tinha lugar, cerca das 16 horas, um protocolo entre o IPPAR e a Associação Portuguesa dos Amigos do Castelo com o objectivo da busca de soluções para o financiamento de obras de restauro, consolidação e conservação do Castelo dos Templários, cujo início de construção teve lugar neste dia, nos idos de 1160.
Numa intervenção muito clara, Jorge Custódio, Director do Convento de Cristo, colocou o dedo nas várias feridas de que padece o Castelo, enquadrando-os nos conceitos internacionais que orientam as acções em torno deste tipo de monumentos, designadamente a diferença entre “resíduo” e “recurso” e os correspondentes graus de interesse. Por enquanto, e à luz das normas, o nosso castelo é mais resíduo que recurso potenciável, apesar de integrado num conjunto monumental classificado de Património Mundial.
Parece, pois, de todo o interesse tal protocolo. Assim o confirmaram o Director do Convento, o Vice-Presidente do IPPAR e o Presidente da Associação dos Amigos dos Castelos. A Câmara não se pronunciou... por não estar presente!O curioso é esta cerimónia fazer parte da Agenda Cultural da CMT, donde ser do seu pleno conhecimento. Afinal, a CMT anda ou não anda de costas voltadas com o Convento? Não há coordenação entre as instituições num dia como este?

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