quinta-feira, novembro 17, 2005

TomarOnLine Cumpre a sua Função ... A Promoção do Debate de Ideias Livres ... Por gente Livre

Destacamos aqui um conjunto de comentários/opiniões desencadeados pelo nosso post sobre os ''distúrbios'' em França. É assim que se promove e desenvolve a Democracia. Na exigência mínima de ter e exprimir a opinião!

ykom said...
quando as pessoas perceberem o poder que têm e que chegou a hora de se juntarem para os fazer engolir o neoliberalismo e a falta de vergonha, pode ser que a sociedade se torne mais justa e equitativa...até lá,temos a amostra da raça humana no seu pior

1:35 PM


AnabelaCPS said...
Eu digo NÃO, à entrada da Turquia na União Europeia. Digo NÃO, à entrada de mais emigrantes. A Europa esgotou todos os seus recursos sociais... A Europa não necessita mais de ser reconstruída... A Europa não necessita igualmente de ser destruída... Hoje foi França, Inglaterra, os palcos de violência e vandalismo. Ontem foram os EUA... Amanhã, será Portugal, seguramente, se se permanecer sem medidas que visem travar este desequilíbrio social provocado pela sobre lotação e falta de empregabilidade. Olhemos para alguma camada de emigrantes e percebe-se que o rastilho pegará, seja na Cova da Moura, seja no Pinhal de Marrocos...

4:44 AM


ykom said...
Não há nada pior do que o racismo encapotado atrás do desemprego e da sobrelotação...psicologia de senso comum, ou melhor, de falta de senso...dou-lhe razão se me conseguir apontar um único estudo que consiga provar que a falta de emprego se deve aos emigrantes...sabe porquê? É que normalmente os emigrantes são aproveitados como mão de obra barata para os trabalhos que os do país se recusam a fazer por míseros tostões...o problema reside na falta de vergonha de quem explora essa mão de obra quando lhe convém e os despeja quando não precisa...se as políticas mundiais se preocupassem mais com as pessoas talvez ninguém tivesse que emigrar, e nós somos um país de emigrantes...se outros países fizerem o mesmo aos portugueses emigrantes quero ver qual será a sua opinião...como vê, para si apenas conta a cor da pele...é pena.

1:54 PM


AnabelaCPS said...
"É que normalmente os emigrantes são aproveitados como mão de obra barata para os trabalhos que os do país se recusam a fazer por míseros tostões..." Este sim, é que é o argumento, que no meu entender não tem cabimento nem justifica, a entrada de mais emigrantes. Repare que, contrariamente ao que sugere, os emigrantes portugueses, são gente de trabalho, de princípios, de metas a alcançar, de responsabilidades laborais. É a nossa cultura... Já a cultura de outros povos... O que não se pode, é continuar a afastar a decisão de fechar as fronteiras, com o pretexto de fugir ao epíteto de Racistas e Xenófobos. Eu sou por Portugal, pelos portugueses, em primeiríssimo lugar. Depois os outros...

7:26 AM


ykom said...
Já não basta a cor da pele, agora também a cultura dos outros povos e a sua capacidade e competência de trabalho é inferior à dos portugueses...é por isso que os nossos indíces de produtividade são tão elevados e a nossa economia tão próspera...ou então alguém nos anda a enganar com estatistícas que não correspondem ao nosso pedigree...Houve um senhor de bigode, moreno, mas de raça ariana que pensava da mesma maneira... lembre-se que os seus direitos terminam quando começam os dos outros e os deles não são menos importantes que os seus...haja paciência

12:33 PM


ykom said...
...já agora, Salazar também era pelos portugueses em primeirissímo lugar...orgulhosamente sós, dizia! É por isso que andamos com 20 anos de atraso...50 no que respeita a mentalidades e atitudes, cada vez mais na cauda da Europa em tudo...mas culpa há-de ser sempre dos outros, a fonte de todos os males e nós de todas as virtudes...apagar Salazar da memória colectiva ainda vai demorar mais uma ou duas gerações...depois estaremos no bom caminho

12:43 PM


AnabelaCPS said...
"contrariamente ao que sugere, os emigrantes portugueses, são gente de trabalho, de princípios, de metas a alcançar, de responsabilidades laborais. É a nossa cultura... Já a cultura de outros povos..." Qual foi a parte que não percebeu? As pessoas, quando decidem sair do seu país, e emigrar para outro país, de certeza que não levam em mente passear, ir ao shopping, visitar monumentos, viver uma de "dolce fare niente", nem aderir à "movida"... Vão para arregaçar as mangas e trabalhar, para poderem regressar (alguns). É óbvio que você contraporá, dizendo que os emigrantes que Portugal recebe, não têm hipótese de emprego, ou que são explorados... Pois que não venham. Quanto à ideia que sugere que os portugueses não fazem qualquer trabalho, desengane-se. Até um licenciado se desunha para um lugar numa caixa de hiper, ou numa loja de bairro atrás do balcão. É a minha opinião, não tenho nada contra os povos de cultura diferente desta que vivemos, se bem que é cada vez mais mesclada, a cultura actual. Já não há nada para descobrir, aqui. Por isso, que não venham engrossar a mancha de miseráveis e esfomeados, pedintes que vão sobrevivendo... Já experimentou sair daí, de onde está, e passear-se por Lisboa? Faça-o, e vai ver a quantidade de pedintes de nacionalidade diferente da minha (eu sou portuguesa, caso não tenha reparado). Já agora, sugerir nuances de direita no meu post, seria igual a considerá-lo a si, membro de uma máfia de emigração, pela sua defesa à proliferação de emigrantes. Volto a dizer, não quereria ver as portas da Turquia abertas para a minha Europa, para o meu Portugal.

5:34 PM

10 comentários:

Francisco marques disse...

Para a estupidez não à comentários, pior é quando este genero de estupidez chega ao topo de uma nação, aconteceu uma vez e chamou-se holocausto.

FM

Anabela disse...

Habitualmente, o cidadão costuma-se refugiar atrás de escusas, para fugir ao Fachismo Branco ("Holocausto", "senhor de bigode e moreno, iraquiano" ou até "Salazar". Outros há, que se apoquentam com o Fachismo Vermelho, alimentando a ideia das injecções atrás da orelha nos velhinhos, e as criancinhas que se comem ao pequeno almoço... Mas eu compreendo a sua opinião, e repeito-a.

Francisco marques disse...

Cara Anabela

Respeitar o quê, se a senhora é contra, isso não é respeitar, chama-se ditadura.

Anabela disse...

Eu não sou nenhuma outra coisa, senão uma pessoa que preza a discussão reflexiva à volta das ideias... Para tal, é preciso que nos saibamos posicionar face a determinado tema... Queira desenvolver melhor essa sua ideia de "ditadura", se puder...

Francisco marques disse...

Como querem que sejamos um país evoluido se achamos que a universidade só serve para arranjar trabalho, haja paxorra para gentalha burra que governa os destinos desta nação.

FM

Anabela disse...

Caro francisco marques,

Agora seria a altura de escrever um parágrafo sobre a fronteira da boa educação, debatendo questões de liberdade de expressão, e tal, mas não. Vou esperar, até que me façam uma lobotomia, para poder entrar por aí.

Woody Allen, em “Annie Hall”, dividia a humanidade em dois grupos: o horror e a miséria. Os que viviam no horror eram os sofredores de condições físicas e mentais adversas (cegueira, surdez, deficiências físicas ou mentais, etc.), e os que vivem na miséria são todos os outros. Resumindo, todos devemos estar gratos por sermos miseráveis...

Os meus posts fazem uma distinção bastante mais simples: os que se posicionam, e os que não se posicionam. Tudo o resto (o seu linguajar) interessa-me tanto como a opinião da Lena d’Água sobre a nossa quota de pescas...

Anabela disse...

Caro ykom

"licenciados que se desunham nas caixas dos supermercados, é um péssimo exemplo, já que deviam estar a contribuir para a massa crítica e criativa do país e não no desemprego...", são palavras que escreveu e que eu não entendi. Culpa esta camada de gente, que não tem lugar no mercado de trabalho, que não estão para fazer certo tipo de trabalho, que não participam na sociedade crítica e activamente... será que foi isto

Anabela disse...

Peço desculpa, pois não sei o que sucedeu com o meu teclado.

(continuação, senhor ykom)

...será que foi isto que escreveu? Se não foi, é o que se pode ler nas entrelinhas.

Aconselho-o vivamente a, amanhã, sair para as ruas de Tomar (pode passar por cá pelo Entroncamento), de megafone em punho, e gritar à juventude o que pensa deles.

Diga-me uma coisa, é daqueles que acha quem um novo PREC virá salvar o estado da nação?

Anabela disse...

Caro Caravaggio,

Penso que Marx e Engels nunca foram perdidos de vista... pelo menos nos compêndios de economia política ou dos sistemas económicos...

Assim a Democracia na sua plenitude, de livre escolha quanto aos destinos políticos e económicos de Portugal estiverem nas mãos do povo, ele escolherá por livre vontade trazer, ou não, à tona o Marxismo e seus afins.

A sua sugestão de rewind na história, que é contemporânea, leva-nos à queda do muro de Berlim... não discordo, mas pode ser uma falácia... Se calhar a culpa é do degelo, que obrigou os povos a concentrarem-se, ou a separarem-se e diferenciar-se... É tudo uma possibilidade.

Recomendou-me "Vá a França e pergunte a um francês chauvinista o que pensa dos nossos emigrantes que ele dá-lhe a resposta", pois lhe digo que é possível que tenha razão. Mas eu não vivo em França, e por outro lado, acho a sua insinuação tendenciosa. Isto porque, se eu lhe pedir para perguntar a um português, que não eu, e que seja chauvinista, o que pensa de um turco em Portugal, verá igualmente a resposta... (Qué frô?)É fraco, no meu ver esse argumento.

Penso que nesta questão, todos os meus opositores negam uma evidencia inegável. Na verdade, quando me refiro à cultura portuguesa, aporto-me ao pensamento português, à vontade de um povo, à sua história, às suas conquistas, que se espelham nas suas atitudes, nas suas acções, nas suas escolhas.

Pergunto-vos então, a ser verdade o que escrevi, existe alguma notícia de envolvimentos de portugueses nos motins franceses?

Anabela disse...

E, para os mais distraídos, que se perderam nas lidos e escritos, eis o que sustenta a minha posição (que aliás está no meu 1º post):

"Eu digo NÃO, à entrada da Turquia na União Europeia. Digo NÃO, à entrada de mais emigrantes. A Europa esgotou todos os seus recursos sociais... A Europa não necessita mais de ser reconstruída..."

E digo mais: "...se se permanecer sem medidas que visem travar este desequilíbrio social provocado pela sobre lotação e falta de empregabilidade...".

Mas não suscitou o debate, estas nuances, talvez por serem verdades inquestionáveis, e como conformistas que "somos" ("", porque eu não me incluo no vosso círculo), agarramo-nos que nem lapas à rocha, a sentimentos que não enaltecem coisa nenhuma, a não ser a transparência da ideia de vossas senhorias, se esforçam de facto por acreditar que são bons samaritanos... E transformamo-nos todos nos preciosistas da questão, invocando logo a abolição da escravatura, ou o holocausto, ou o salazarismo, ou... what ever.

A minha posição é apartidária. Se alguma política assim se posiciona, é mera coincidência. Coitada da Manuela Ferreira Leite, que por se ter abstido de votar o OE para 2006, pudesse ser considerada seguidora de Sócrates...