domingo, abril 30, 2006

Núcleo de Arte Contemporânea Comemora 2 Anos


O Núcleo de Arte Contemporânea do Museu Municipal de Tomar, doação de José-Augusto França, expõe uma colecção que permite traçar um roteiro pela história da arte contemporânea portuguesa, em particular a segunda metade do século XX.
Existe há já dois anos, num edifício que alia a sobriedade arquitectónica à exuberância das obras de arte, ali nas traseiras dos Correios, a dois passos da roda do Mouchão.
Se ainda não conhece, fique a saber que

Já lá vão dois anos -
Comemoração do 2º aniversário – 9 de Maio

Um museu para todos

16:00 – Visita Guiada por Rui Mário Gonçalves
17:00 – Tempo de Pronúncia por Raquel Henriques da Silva e Sofia Lapa
18:00 – Comentários Vadios
18:30 – Conversa com Todos
19:00 – Assoprar as Velas

Trânsito em Tomar sofre alterações nalgumas das principais vias

Alterações de trânsito para melhorar fluidez na cidade

A circulação automóvel na cidade de Tomar vai sofrer algumas alterações a partir do dia 2 de Maio, que pretendem agilizar o trânsito, nomeadamente nas zonas mais conflituosas.
Assim, quem subir a Avenida Norton de Matos, a seguir à Ponte Nova, passa a ter que optar obrigatoriamente por uma de duas alternativas antes de chegar à rotunda dos Bombeiros: a faixa da direita para quem queira virar à direita, a faixa central para quem queira seguir em frente ou virar à esquerda.
A Rua Carlos Campeão (paralela à Norton de Matos, entre os Bombeiros e a Biblioteca) passa a ter apenas um sentido, de poente para nascente.
Quanto à Rua Manoel de Mattos, passa a ter dois sentidos em toda a sua extensão.
Isto significa a existência de uma verdadeira alternativa para quem se dirige do centro histórico para a zona nova da cidade, podendo passar a fazer o circuito Rotunda dos Bombeiros – Rua Carlos Campeão – Rua Manoel de Mattos – Estrada da Serra, evitando parte da Norton de Matos e a Av. Ângela Tamagnini.

sábado, abril 29, 2006

Concurso Lopes-Graça, Piano


Decorreu durante o dia de sábado, 29 de Abril, as provas eliminatórias, do III Concurso Lopes-Graça para Piano, no Auditório Fernando Lopes-Graça, na Associação Canto Firme.
Durante a manhã, prestaram prova, os alunos de nível médio, com frequência do 5º ao 8º grau do Curso Complementar de Piano.
No período da tarde, foi a vez dos alunos de nível superior, os que frequentam o curso Superior de Piano.
Ficaram apurados para a Final do Nível Médio, os executantes Sílvia Silva, Pedro Costa, Inês Andrade e Andrea Fernandes.
No que respeita ao Nível Superior, apresentar-se-ão na final, Luís Duarte, Joana Alves, Francisco Lourenço e Sara Batista.
A final terá lugar no Auditório da Biblioteca Municipal de Tomar, no domingo, 30 de Abril, a partir das 15 horas, estando marcado para as 21h 30m, o concerto dos laureados e entrega de prémios.

O júri, constituído por Miguel Henriques, Fausto Neves, Sérgio Azevedo e Gláucia Leal, é presidido por Olga Prats.

Na noite de sábado, terá ainda lugar a partir das 21h 30m, no Auditório da Biblioteca Municipal, um concerto de Violoncelo e Piano, com Miguel Rocha e Miguel Borges Coelho.

Acrobática do Ginásio ao mais alto nível nacional

Marco Santos e Guilherme Ferreira, ginastas do Ginásio Clube de Tomar que compõem o par masculino, representante do clube tomarense no Campeonato Nacional de Ginástica Acrobática de Juniores e Seniores B, prova disputada em Loulé, durante o dia de sábado, 29 de Abril, subiu à categoria A, graças ao desempenho na referida competição. No final, o par masculino do Ginásio Clube de Tomar, ocupou o último degrau do pódio, o 3º lugar, mas mais importante que o lugar do pódio, é a subida ao mais alto nível da ginástica acrobática nacional. Depois dos anos gloriosos vividos pelos ginastas do clube aquando da presença da equipa técnica chinesa composta pelo treinador Huang YonJun, tetracampeão mundial de acrobática e da coreógrafa Zhong Wei, campeã chinesa de trave olímpica e ginasta da selecção olímpica chinesa, chegou agora a vez de ex-ginastas da referida equipa técnica e agora treinadores do clube, começarem a colher os frutos da aprendizagem, dos métodos inovadores e rigor trazidos pelos técnicos chineses.
Parabéns aos ginastas, às técnicas Diana Lourenço, Joana Godinho e Márcia Godinho, mas também aos dirigentes que continuam a tentar dar o máximo de condições a todos os ginastas e que também vêem o seu esforço recompensado com os resultados dos ginastas.

terça-feira, abril 18, 2006

Ginásio Clube de Tomar - Ju-Jutso Kids, Aikido e Assembleia Geral


Ju-Jutso kids

São várias as crianças que têm demonstrado grande interesse em vir praticar Ju-Jutso connosco. Por isso, a professora Ana Paula Freitas e o Ginásio Clube de Tomar, decidiram abrir uma classe de JuJutso Kids que irá funcionar às 2ª e 5ª feiras das 17.30h às 19.00h.

Para inscrições e informações, por favor contactar a secretaria do Ginásio Clube de Tomar, Pavilhões da FAI, das 17.30h às 20.00h, ou através do Telf/Fax 249324381.

Aikido

No sentido de responder cada vez melhor às expectativas dos desportistas tomarenses, o Ginásio Clube de Tomar, vai iniciar uma nova modalidade – o AIKIDO.

O Aikido é uma arte marcial que tem origem na ancestral tradição do Samurai. Esta tradição que servia originalmente para lesionar, imobilizar e vencer foi sublimada e conduzida para uma atitude que visa o despertar de sensibilidade e Harmonia interna e externa.

Venha treinar por desporto, aliviar o stress ou paixão pelas Artes Marciais. Aprenda a defender-se, libertando corpo e mente treinando com e sem armas mas sempre com suavidade. Aspectos como a Tensão, Agressividade e Competição são colocados de parte. Esta é uma modalidade destinada a homens e mulheres dos 7 aos 70 anos!

As aulas vão ser leccionadas pelo professor Leonel Alves, às 4ª, 6ª e Domingos, no Centro de Treinos da FAI. Inscrições e informações na secretaria do Ginásio Clube de Tomar, Pavilhões da FAI, das 17.30h às 20.00h, ou através do Telf/Fax 249324381.

ASSEMBLEIA GERAL- CONVOCATÓRIA

Devido à demissão dos actuais Orgãos Sociais do Ginásio Clube de Tomar, irão realizar-se no próximo dia 21 de Abril, nas instalações do GCT, pavilhões da FAI, pelas 21.00h, a eleições para os novos Orgãos Sociais desta Instituição. As listas devem ser apresentadas na secretaria do GCT, de segunda a sexta feira das 17.00h às 20.00h, até às 20 horas do dia 19 de Abril e deverão ser dirigidas ao Presidente da Assembleia.

Por Si, somos Ginásio!

Poesia erótica e Paixão na Biblioteca Municipal de Tomar



O grupo O Contador de Histórias vai comemorar o Dia Mundial do Livro na Biblioteca Municipal de Tomar com o espectáculo ''Enamoramento, amor e outras coisas'', esta quinta-feira, dia 20 de Abril, pelas 21 horas.
Este é um espectáculo só para adultos, onde se cruzam poemas de alguns dos melhores autores portugueses e estrangeiros nos quais o amor, nas suas diversas vertentes e opções, é o tema base. Um espectáculo com a marca de O Contador de Histórias, pelo qual perpassam emoções, da tristeza à serenidade, do amor louco ao humor mais desbragado. Trata-se da estreia na cidade natal do grupo tomarense deste recital de poesia erótica e afim que já passou por locais como Lisboa, Faro, Santiagodo Cacém ou Rio Maior.
Uma forma de comemorar o Dia Mundial do Livro, que se celebra no domingo seguinte, tendo a Biblioteca Municipal de Tomar organizado em colaboração com O Contador de Histórias uma exposição bibliográfica e iconográfica a propósito da paixão pelos livros e dos livros sobre a paixão.

segunda-feira, abril 17, 2006

Foi da Bomba ...!

A carta de João Janes que a seguir transcrevemos na íntegra, fala por si. Publicamo-la com autorização do autor, para que possa servir de alerta a todos os consumidores de combustíveis.

''Subject: Protesto contra a Galp
To:
Drªa Ana Tapadinhas

Chamo-me João Janes e sou Jornalista da TSF. Não é pelo nome nem pela profissão que lhe dirijo este mail, mas sim, para dar conta enquanto cidadão deste país da situação que estou a viver"graças" à Galp.
No dia 2 de Fevereiro de 2006, atestei o meu carro com gasoleo ( à volta de 48 litros), na estação de serviço da auto-estrada de Cascais (A5) sentido Cascais-Lisboa. Um dia depois, o carro em plena rua em Oeiras parou. Chamei o reboque e foi para a oficina onde habitualmente costumo ir com o meu carro. Uns dias depois, porque a oficina não tinha disponibilidade temporal para resolver de imediato o meu problema, telefonaram-me a dizer que tinha sido a bomba injectora do carro que tinha rebentado ( estava cheia de água e as próprias peças danificadas devido a essa mesma água). Até aí, tudo bem, uma vez que as bombas dos carros também se gastam. Numa segunda-feira ( passados já mais ou menos 10 dias ) vou ao mecânico buscar o carro quando este me diz que afinal o problema devia ser outro porque não conseguiam que ele funcionasse. Fomos à Opel ( SGA em Paço de Arcos ) e feito check-up no computador, deu como avaria a bomba injectora ( estamos a falar de uma peça que custa quase 3000EUR). O fornecedor da bomba foi informado e optámos por enviá-la a quem a tinha vendido. Este, não muito convencido da falha do material que tinha acabado de vender, resolveu abrir a bomba para detectar a avaria. E o que viu? A bomba cheia de água novamente. O meu mecânico optou por despejar o depósito do gasóleo e para espanto de todos os que estavam presentes, o gasóleo tinha água. Por defeito de formação, tentei despistar se seria possível o gasóleo ter água misturada e informei-me junto da concorrência da Galp. Contactei um dos maiores revendedores da Repsol a quem expus o caso sem nunca referir o nome da gasolineira, ao que ele me disse, que sim, que era possível, que inclusivamente já lhe tinha acontecido num dos postos de abstecimento dele, e que tinha a ver com acumulação de humidade nos depósitos e que depois se juntam ao combustível. Não é uma situação normal, porém, acontece, e pelos vistos na Galp, não é assim tão anormal esta situação uma vez que pelo que apurei já no ano passado situação idêntica se passou com mais de uma dezena de carros a serem afectados. Mais, o meu amigo da Repsol contou-me que o procedimento correcto nestas situações, é o lesado apresentar a reclamação e a gasolineira assumir por inteiro as despesas. Inclusivamente, este revendedor da Repsol acrescentou que quando teve essa situação no posto dele, tratou de disponibilizar um carro ao cliente e pagou-lhe todas despesas. A par desta situação não me restou alternativa senão contactar a Galp, posto da AE Cascais sentido Cascais-Lisboa. Foram muio simpáticos no atendimento e disseram-me para eu apresentar um relatório do mecânico e apresentar o orçamento, o que eu fiz de imediato. Passados 10 dias, e porque não me diziam rigorosamente nada, voltei a contactar a supervisora do posto, D. Cristina de Jesus, que me disse ter entregue toda a documentação ao coordenador do Serviço de Clientes que me irira contactar nesse mesmo dia. Já passaram mais 8 dias e nada! Posto isto, estou ainda sem carro nesta altura porque a avaria não se resume á bomba injectora. Como o carro, neste caso, carrinha Opel Astra, tem um motor onde abundam as componentes eléctricas, o facto de ter entrado água no circuito, danificou todo o sistema eléctrico, descomandando mesmo a centralina ( nome técnico para a caixa codificada que distribui a informação ao motor). Já passou mais de um mês, já esgotei o meu plafond a alugar carro ( aluguei um carro de categoria mais baixa que o meu e só mesmo depois de saber que a culpa da avaria tinha sido da Galp) e não tenho uma única indicação da Galp. Só em arranjo do carro, reboques a mudar de um lado para o outro, aluger, etc, já lá vão mais de 5000EUR e da Galp, nem uma palavra.
Pior: não sei quando terei o carro pronto nem se fica em condições como me disseram na Opel, já que água no circutio elétrico de um automóvel é pior que um isqueiro num depósito de gasolina. Sinceramente não sei para onde me hei-de virar de forma a conseguir resolver este assunto a bem! Os tribunais todos nós sabemos são lentos, a Galp com a força de uma grande empresa, não tem um mínimo e consideração por quem, devido a uma falha deles, pagou gasóleo e levou água! Todas as facturas, e os relatórios estão na posse da Galp que opta pelo silêncio, numa clara tentativa de me vencer pelo desgaste, como é norma acontecer neste país. Daí eu ter recorrido à Deco, na esperança de conseguir algum avanço na resolução do meu problema ( que não deverá ser só meu já que quantas pessoas não têm avarias destas e não têm sequer a mínima noção do que lhes aconteceu). Eu, no meio do azar, tive sorte, ao "rebentar" a segunda bomba injectora, que levou a que o mecânico retirasse o gasóleo do depósito e visse a água, senão, tinha pago o arranjo e nunca sonhava que tinha sido esse o problema do carro. Como Jornalista da TSF e director de uma outra publicação, vivo do meu carro, já que tenho de me deslocar com muita frequência de um lado para o outro. O desgaste emocional, o dinheiro gasto, o que tenho deixado de fazer com prejuízo para a minha vida pessoal e profissional é algo que não consigo contabilizar em euros, mas digo, que representa muito dinheiro. Deixo à consideração da Drª Ana Tapadinhas esta queixa na esperança que este consumidor possa ser ressarcido de um enorme prejuízo que tem tido sem ter culpa alguma de ter escolhido a galp em vez de outra gasolineira. Termino com mais esta informação: o gasóleo que estava no depósito está na oficina Luis & Fernandes Lda, na rua de S. Paulo , em Oeiras ( tel:214439369 ), cujo mecânico é o sr. Paulo, assim como a bomba injectora para que qualquer especialista nesta área possa confirmar ou não da veracidade dos factos.
Os meus cumprimentos
João Janes''

Assembleia Municipal de Tomar reúne dia 20 de Abril

A Assembleia Municipal de Tomar vai reunir em Sessão Ordinária, no dia 20 de Abril, a partir das 15 horas, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.
Na Ordem de Trabalhos constam nos dois primeiros pontos a Discussão e Votação da Deliberação de Câmara sobre os Relatórios de Actividades e Contas de Gerência da Câmara Municipal de Tomar e dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento, referentes ao ano de 2005.
Estão também agendadas a Discussão e Votação sobre a 1ª Revisão às Grandes Opções do Plano e Orçamento de 2006 do Município de Tomar e a 1ª Revisão Orçamental dos Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento para o ano de 2006.
Os restantes pontos da O.T. referem-se a Avaliação do Património Municipal, Apreciação da Informação Escrita do Presidente da Câmara e a Discussão de Outros Assuntos de Interesse para a Autarquia.
A novidade desta reunião é o facto da alteração do dia e da hora comuns. A tradicional sexta-feira deu lugar à quinta e desta vez as 15 horas para o início, antecipa em cerca de 2 horas o habitual início da reunião.

Congresso da Sopa em Tomar (6 de Maio) conquista MacDonald's


Congresso da Sopa ganha mais uma batalha

Dia 6 de Maio, no Mouchão Parque, em Tomar, realiza-se a 13ª edição do Congresso da Sopa. Nada que assuste os organizadores: o 13 é um número cheio de personalidade, dizem, e esta vai ser mais uma batalha para vencer na luta pela alimentação saudável.
Significativo é que um dos novos restaurantes aderentes ao Congresso, este ano, seja nada menos que o MacDonald’s, o expoente máximo do fast food. A verdade é que, conforme explicou o coordenador do evento, Bento Baptista, na conferência de imprensa de apresentação, sexta-feira passada, à custa de todos estes anos a fazer passar a ideia de que a sopa é o prato mais saudável da dieta mediterrânica, tem-se vindo a verificar que nas grandes cidades as pessoas cada vez mais optam pela sopa quando têm de fazer um almoço rápido, apareceram lojas especialmente dedicadas à sopa e até a cadeia norte-americana que se tornou famosa pelos hambúrgueres criou especialmente para Portugal as Sopíssimas...
Mais. Diz Bento Baptista que “as mamãs voltaram a dar sopa aos seus meninos” e que, portanto, “nós ganhámos a batalha da sopa”. Até porque, como todas as boas ideias, o evento tem vindo a ser repetido um pouco por todo o país.
Como é também sabido, raramente os sucedâneos são tão saborosos como o original, e por isso mesmo o Congresso da Sopa continua a atrair todos os anos milhares de visitantes, e, embora a organização diga que isso não é o mais importante, a bater recordes: este ano haverá 47 restaurantes ou afins, que apresentarão nada menos de 86 sopas.
Entre os novos participantes, além do já referido MacDonald’s, destaque para o Grupo de Forcados Amadores de Tomar que, a comemorar 50 anos, apresentará uma óbvia sopa de corno. Outra novidade é o restaurante ucraniano Bojedar, um dos reflexos visíveis da imigração de Leste em Tomar, que trará uma sopa borsch. Com o caldo de cachupa da Associação de Estudantes Africanos do Instituto Politécnico, estes dois pratos garantem, mais uma vez, os sabores internacionais no Congresso.
No geral, aliás, e como vem sendo hábito, os sabores irão flutuar entre a confortável tradição e as mais diversas inovações. Se umas meras designações podem criar água na boca, aqui ficam algumas das sopas bem prováveis: sopa de entrudo, sopa de rabo de boi com chu-chu, sopa macho, sopa de maçã, sopa de noz, tomates à Condestável, o poder do mar, sopa dos casamentos e depois sopa dos bebés.
O 13º Congresso da Sopa decorre no Mouchão Parque, em Tomar, dia 6 de Maio, a partir da hora do almoço. As entradas custam 8 euros, com direito a kit completo (tigela, copo e colher), pão, água, vinho (este ano estarão disponíveis 17 variedades de seis produtores) e café, além das 86 sopas. Os lucros revertem, como habitualmente, para o CIRE – Centro de Integração e Recuperação de Tomar.
Os bilhetes vão estar à venda a partir de dia 28 de Abril no Edifício Municipal do Turismo e na sede da Região de Turismo dos Templários em Tomar, e na Casa do Concelho de Tomar em Lisboa.
Quanto às entradas no recinto vão ser este ano mais facilitadas, pois, além da habitual, pela ponte de acesso à Avenida Marquês de Tomar, junto à roda do Nabão, haverá outra pela nova ponte pedonal, do lado do Estádio.
O Congresso da Sopa é um dos três momentos gastronómicos promovidos pela autarquia tomarense, em colaboração com os restaurantes aderentes, seguindo-se à recente Mostra da Lampreia e antecipando o Feijão com Todos, em Outubro. Mas a qualidade dos restaurantes locais pode ser comprovada ao longo de todo o ano, paralelamente a uma visita ao património de excepção que é a marca de Tomar.
Valores em que a autarquia, representada na conferência de imprensa pelo vereador Carlos Carrão, pretende continuar a apostar seriamente, como forma de promover o concelho.

PS acusa a Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo


O Partido Socialista de Tomar, avaliada a situação vivida no Centro Hospitalar do Médio Tejo, atendendo a toda a especulação pública que se tem verificado nos últimos dias sobre os cuidados de saúde prestados às populações, decidiu tornar públicas as seguintes posições: A actual Administração não tem sabido gerir de forma clara, justa e aceitável a complementaridade entre os três pólos do Centro Hospitalar do Médio Tejo - Tomar, Torres Novas e Abrantes. Complementaridade não deve significar dependência. Para Tomar a complementaridade baseou-se até agora em pressupostos ainda não cumpridos. O novo hospital presta menos e piores serviços que o antigo. Para a comunicação social têm sido emitidas diversas tomadas de posição contraditórias, que não têm sido esclarecidas devidamente por essa Administração do Centro Hospitalar. Com isto, fica criado um ambiente de suspeição de favorecimento de uma Unidade em detrimento de outras, o que em nada favorece a opinião dos cidadãos sobre a forma de gestão e administração dos serviços de uso público, nem o trabalho dos profissionais que devem estar preocupados apenas com o exercício da sua profissão. Satisfazer a população, os profissionais e a Sociedade Civil em geral, deve ser o principal objectivo de actuação do Centro Hospitalar, o que neste momento não parece verificar-se. Assim sendo, estamos em crer que possa existir uma total desmotivação dos funcionários - médicos, enfermeiros e outros profissionais. Para a concelhia de Tomar do PS, deverá ser cumprido o Plano Funcional aprovado em 1998 aquando da constituição do Centro Hospitalar, o qual até hoje não foi alterado, mas também ainda não foi satisfatoriamente cumprido. Faltam em Tomar as diversas especialidades cirúrgicas.Se tal não for cumprido, será a altura então de considerar a hipótese de separação do Centro Hospitalar e autonomizar cada uma das Unidades Hospitalares. Praticamente só de Tomar existe pessoal destacado noutros hospitais. Tomar é o parente pobre do Centro Hospitalar, tem sido o armazém ou fonte de recursos para quando algo falta nos outros. Tal situação, quanto a nós, não pode manter-se!Com esta situação poderá estar a ser prestado um mau serviço aos cidadãos, não só do Concelho de Tomar, mas de todos os concelhos envolvidos. O actual Conselho de Administração tem tido uma série de instrumentos de gestão para implementar. Não houve no entanto, até agora, qualquer mostra de saber aproveitar devidamente os recursos do Centro Hospitalar. Esta experiência do Centro Hospitalar não está a funcionar com eficiência de acordo com os novos padrões que se requer na gestão pública, nem se prevê que funcione a manter-se a actual política de gestão do respectivo Conselho de Administração. Para o PS de Tomar, a verticalização do sistema de saúde, envolvendo os Centros de Saúde e as diferentes Unidades de Saúde Hospitalar, é o modelo que deverá ser seguido, em consonância com aquilo que são os compromissos eleitorais do PS, sufragados maioritariamente pelo Povo Português no ano transacto!Tomar assumiu ao longo dos últimos oito anos os seus compromissos, em matéria de complementaridade Hospitalar e respectivas responsabilidades inerentes, cabendo agora também aos outros assumir as suas. Por último, não podemos deixar de estranhar o silêncio da autarquia de Tomar em relação a esta matéria, a qual parece estar claramente conivente com a situação observada ao longo dos anos, sendo que a esta se exige que pugne pelos legítimos interesses dos cidadãos. Neste contexto, o PS de Tomar exige que seja cumprido o Plano de Gestão do Centro Hospitalar, optimizando os recursos humanos disponíveis, maximizando as capacidades das diferentes Unidades Hospitalares existentes, de forma a cumprir eficazmente o serviço público a nível dos cuidados de saúde, bem como exige de forma determinada a imediata demissão do seu Conselho de Administração, certo de que este, depois da sua completa incapacidade de gerir a situação, não tem quaisquer condições para continuar a merecer a confiança, nem dos cidadãos dos diferentes Concelhos envolvidos, nem sequer da tutela do Ministério da Saúde.
Certos de que esta é a visão estratégica que melhor serve os interesses, quer da população do Concelho de Tomar, quer dos restantes Municípios do Médio Tejo,
O PS de Tomar aos dezassete dias do mes de Abril do ano Dois mil e seis

domingo, abril 16, 2006

Tomar Paradisíaco e Monumental atrai turistas


O período da Páscoa trouxe a Tomar e em particular às unidades hoteleiras, uma autêntica avalanche de turistas. Para além da língua materna, nas ruas de Tomar ouviu-se sobretudo nestes dias, o galego, o castelhano, mas também italiano e alemão.
Na manhã de domingo, deslocámo-nos propositadamente para a entrada do castelo, porque sabíamos que o facto de se encontrar o portão fechado, proporcionaria uma conversa mais fácil com os turistas. O nosso objectivo era conhecer as razões da visita dos turistas, sobretudo estrangeiros.
De uma forma simples, dividimos em 2 grupos, os turistas com quem falámos informalmente.
Por um lado, os que pernoitaram em Tomar, por outro os que se deslocaram propositadamente para visita de passagem.
Quanto aos que pernoitaram em Tomar, a maioria confirmou já ter visitado em anos anteriores a cidade e a maioria do património monumental e arquitectónico. As razões que apontam para o terem voltado e continuarem a pretender regressar em períodos curtos de estadia, são a riqueza e diversidade do património cultural, a beleza natural, o ritmo calmo e tranquilizador que se vive na cidade, mas também a gastronomia, a qualidade do serviço hoteleiro e o comércio tradicional. A situação geográfica, no caso no centro do país, e sobretudo perto de Fátima, é uma das razões apontadas frequentemente pelos que ficam apenas uma noite.
No que respeita aos turistas que se encontravam de passagem, todos afirmaram que se deslocaram propositadamente para visitar o Convento de Cristo e mais alguns monumentos. A maioria veio por indicação de amigos e curiosamente a quase totalidade já trazia documentação sobre os monumentos e outros sítios a visitar. A quase totalidade iria almoçar na cidade, tendo também na maioria já indicação de restaurante.
O facto de o Castelo e Convento de Cristo estarem fechados provocava reacções diversas, mas na maioria a vontade de voltar.
Depois da vista do miradouro na Cerrada dos Cães, era visível a admiração pela organização ortogonal do casco histórico e a vontade de passear pelas ruas estreitas.
Esta foi uma forma diferente de passar parte da manhã de domingo de Páscoa, no contacto directo com os turistas que visitam Tomar. Não se pretendeu fazer qualquer estudo com base científica, apenas ter o contacto directo com as pessoas, de modo informal, pretensamente ocasional, para obter reacções de forma espontânea, sem a pressão de responder a inquérito previamente estabelecido.

Cidadania - Tomaronline Cumpre-se


Tomaronline Cumpre-se porque é Espaço Livre, de Informação, de Opinião, de Diferentes Opiniões.
E essa liberdade é não só praticada pelo editor, mas também por todos os que têm enriquecido o blog, com a informação e opinião plural e quantas vezes divergente.
A polémica tem existido, o que enriquece não só o exercício da democracia em geral, mas em particular a possibilidade de opinar sobre aspectos particulares do exercício do poder autárquico legítimamente eleito, mas não intocável.
A legitimidade do exercício do poder não diminui, antes pelo contrário, o direito e o dever da crítica.
Porque conhecemos os actores da política local, os do poder e os da oposição, mas também os seus staffs, sabemos que na sua maioria, compreendem e respeitam os valores da democracia e que na generalidade, os que sabem a importância da informação e da comunicação e entre esses, os que dominam os meios de difusão, são persistentes utilizadores deste blog, e porque na sua maioria inteligentes, sabem retirar o importante e credível de cada uma das informações e opiniões aqui plasmadas pelo cada vez maior número de comentadores.
Queremos que assim continue este espaço, plural e enriquecedor, mas que tenda cada vez mais para a objectividade, apesar de ser sempre interessante a especulação generalista.
Porque defendemos a participação responsável dos cidadãos e a partilha de saberes e de opiniões, evoluímos do anterior site Tomaronline, em que havia apenas a opinião do editor que sempre deu a cara, e quantas vezes com que custos, para o formato de blog em que desta forma, todos os interessados podem opinar i.e. exercer a cidadania. É por aí que queremos continuar. Continuem a colaborar para V. interesse.
Penso que a imagem sugere ...

Domingo de Páscoa em Tomar - recepção no Património da Humanidade

No Domingo de Páscoa em Tomar, esta era a recepção feita aos milhares de visitantes que durante todo o dia subiram ao monte, para entrar no Castelo Templário e Convento de Cristo, monumento que integra a lista de Património da Humanidade desde 1983. Testemunhámos, logo pela manhã, cerca das 10 horas, esta imagem de desalento e indignação dos turistas nacionais e estrangeiros. A informação de greve dos trabalhadores colocada nos dias anteriores no portão, já não estava colocada. Restava o horário normal de abertura. A romaria continuou durante todo o dia. Muitos dos visitantes crentes da possibilidade de haver outra porta de entrada, contornavam o monumento, não lhes restando outra alternativa senão o torna viagem e a incredulidade com tal recepção.
A subida ao Castelo Templário, fizémo-la tal como muitos dos turistas hospedados nas unidades hoteleiras da cidade, percorrendo a calçada de S. Tiago, cujo piso e envolvimento, se apresenta em parte do seu percurso no estado que a foto documenta.

sábado, abril 15, 2006

Do Templo ao Mar sem fim, livro de José Sousa Dias e Gabriel Lagarto, lançado no Convento de Cristo, no dia 18 de Abril

Integrado no Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, 18 de Abril, e na campanha Jovens de Hoje - Património de Amanhã, será lançado no Convento de Cristo em Tomar, pelas 17 horas, o livro Do Templo ao Mar sem fim, de José Sousa Dias (texto) e Gabriel Lagarto (ilustrações). Esta iniciativa está também no âmbito do programa Pais ao Convento com a colaboração do Agrupamento de Escolas Conde de Ourém. Esta iniciativa é aberta a todos os interessados.

18 de Abril-Dia Internacional dos Monumentos e Sítios
Jovens de Hoje - Património de Amanhã
O dia 18 de Abril foi estabelecido pelo ICOMOS como o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios. Representando um momento anual de celebração da diversidade patrimonial, pretende-se que este dia seja um marco comemorativo do nosso património nacional e que celebre em simultâneo a solidariedade internacional em torno da salvaguarda e valorização do património de todo o mundo.Considerando que os sentimentos de identidade cultural e de pertença a um passado comum se desenvolvem, principalmente, na infância e na juventude, e que é a partir da educação e sensibilização dos mais jovens que se pode gerar uma sociedade mais solidária na defesa dos vestígios materiais, o IPPAR elegeu para comemorar o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, o tema "Jovens de Hoje - Património de Amanhã". A recente assinatura do protocolo entre o Ministério da Cultura e o Ministério da Educação abre as portas para a interacção de ambas instituições com o objectivo de: sensibilizar, informar e educar os jovens para o conhecimento e salvaguarda do Património em paralelo com o ensino da História e a defesa dos bens ambientais, contemplados nos curricula das escolas.Este Programa Temático proporciona uma chamada de atenção para a desejável abertura dos Monumentos e Sítios às Escolas, às crianças e aos jovens, através de uma programação especial de cativação do público infanto-juvenil para o legado cultural. Neste sentido, os Serviços Educativos dos Serviços Dependentes, ao serem pólos estratégicos de difusão do património, quer para a concepção e produção de instrumentos de apoio, quer para o reforço e articulação do IPPAR com as entidades externas, optimizaram os seus programas, permitindo dar mais visibilidade a um trabalho já desenvolvido, e elaboraram novos projectos pedagógicos capazes de oferecer um leque diversificado de actividades culturais, pedagógicas e lúdicas proporcionando momentos especiais de aprendizagem às crianças/visitantes. Entender hoje o Património como um recurso estratégico nacional, instrumento de coesão social, memória do futuro e não como fóssil do passado deverá corporizar-se, na vertente visível do Território - a chamada "Paisagem Cultural". A cooperação de esforços na partilha das responsabilidades para a preservação dos bens culturais e da paisagem cultural, da qualidade arquitectónica e, num nível mais alargado, da qualidade da participação da sociedade civil, é uma preocupação desta Direcção. Na certeza de que este esforço se revelará mais eficaz e duradouro para o reforço dos testemunhos físicos e simbólicos de um passado e futuro de identidade comum, o IPPAR aposta nos meios de sensibilização para o conhecimento e defesa do património cultural, como vertente de acção cívica e de cidadania.

sexta-feira, abril 14, 2006

FIMR - Festival Internacional de Música do Ribatejo


O Festival Internacional de Música do Ribatejo que vai já na sétima edição, tendo sucedido ao Festival Internacional de Música de Tomar, continua no entanto a ser referido como sendo a décima sétima edição, apesar de em Tomar apenas terem lugar dois concertos.
O primeiro terá lugar já no dia 18 de Abril, a partir das 21h 30m no Convento de Cristo, com o Duo Contemp. Este Duo é composto pelos irmãos André e Filipe Cameira, respectivamente em flauta transversal e viola dedilhada. Do programa constam peças de Mauro Giuliani, Francisco Molino, Handel, Vivaldi, Gabriel Fauré e Jan Truhlár.
O segundo concerto apenas terá lugar no dia 10 de Junho, pelas 16 horas, com o Quarteto Artonus Ensemble, também no Convento de Cristo. O programa é composto por peças de Mozart, Paganini e Schubert.
Para além de Tomar, integram este Festival os concelhos de Alenquer, Almeirim, Chamusca, Coruche, Entroncamento, Golegã, Rio Maior, Santarém e Vila Nova da Barquinha.
O programa em cada um destes concelhos poderá ser consultado no site www.fimr.info .
O Festival é dedicado a W. A. Mozart, visto se comemorarem este ano os 250 anos do nascimento (Salzburg) de Mozart.

quinta-feira, abril 13, 2006

XXI Descida dos 3 castelos em canoagem


A Descida dos 3 Castelo que já vai na sua XXI edição, realiza-se nos dias 14 e 15 de Abril, entre Abrantes e Tancos, no concelho de Vila Nova da Barquinha.
Todas as informações no site http://clac.no.sapo.pt/descida.htm

Posição dos Independentes por Tomar sobre obras no Estádio Municipal 25 de Abril


PONTO 4.6 DA ORDEM DO DIA: “EMPREITADA DE REQUALIFICAÇÃO DO ESTÁDIO MUNICIPAL E ZONA ENVOLVENTE. PRORROGAÇÃO DO PRAZO DA EMPREITADA.

DECLARAÇÃO DE VOTO

Na reunião do Executivo realizada em 17.01.2005 e a propósito de idêntico pedido de prorrogação do prazo da empreitada apresentamos a seguinte declaração de voto:

“O levantamento da suspensão da execução das obras no Estádio Municipal 25 de Abril decidido na reunião anterior, tem implícito a solicitada prorrogação do prazo de empreitada.

No entanto, temos de expressar as maiores dúvidas sobre as razões e os fundamentos que motivaram a demolição da bancada do Estádio Municipal 25 de Abril, sendo certo que provavelmente não foram tão gravosas nem tão consistentes como as que hoje constatamos existirem no Parque de Estacionamento subterrâneo.

Por outro lado, demolida a bancada e não havendo condições financeiras para pagar a execução de uma nova, toda essa zona tem que ser objecto de arranjo urbanístico provisório, com os encargos suplementares inerentes.

O atraso nas restantes obras de requalificação do Estádio Municipal determina a necessidade da prorrogação, com o que concordamos, votando a favor”. (sic).

Ora, como a Fiscalização agora considera da responsabilidade do empreiteiro o atraso nos trabalhos (por falta de mão-de-obra e de coordenação entre as actividades), não se justifica a prorrogação, o Conselho de Administração do TomarPolis deliberou não aceitar a prorrogação.

Mas, poderá aceitar-se uma prorrogação a título gratuito (sem quaisquer encargos), como vem discretamente sugerido pela entidade fiscalizadora.

reunião do executivo de 11 de Abril

Não haverá ponte pedonal junto aos Lagares d'El-rei


INDEPENDENTES por TOMAR

PONTO 4.8 DA ORDEM DO DIA da reunião do executivo camarário de 11 de Abril: “EMPREITADA DE ELABORAÇÃO DO PROJECTO DE EXECUÇÃO E CONSTRUÇÃO DA PONTE PEDONAL JUNTO AOS LAGARES D´EL REI”.

DECLARAÇÃO DE VOTO:

Na reunião do Executivo de 08.11.2005 em que foi deliberada a abertura de novo concurso apresentamos a seguinte declaração de voto:

“A deliberação do Conselho de Administração da TomarPolis a anular o concurso público para a empreitada de elaboração do projecto de execução e construção da ponte pedonal junto aos Lagares d´El Rei merece a nossa concordância.
Mas, já o mesmo não podemos dizer em relação à oportunidade da continuação de um processo de uma obra, cuja prioridade e necessidade consideramos perfeitamente discutíveis, tendo em conta as ligações pedonais já existentes (vias Ponte Velha e, sobretudo, Ponte Nova) e as limitações orçamentais por todos conhecidas, que exigem um rigoroso critério nas obras a realizar.
Aliás, cumpre salientar que qualquer ponte pedonal que atravesse o Rio Nabão deve ser convenientemente integrada no seu rico ambiente natural, para evitar a agressiva descaracterização do Rio, com infelizmente já aconteceu com o mamarracho que, recentemente, passou a ligar o Mouchão à Zona Desportiva.
Por estas razões votamos CONTRA a abertura de novo concurso” (sic).

Mas, a maioria decidiu (com o voto de qualidade do Vice-Presidente da Câmara) abrir o concurso limitado para que foram convidadas seis empresas e a que apenas duas responderam.
Para o preço de consulta de 389.935,17 Euros só veio a ser considerada uma proposta no valor de 550.000,00 Euros (+ IVA).
Atendendo a que a proposta supera em 25% o preço de consulta, sendo a verba disponível de 330.750,00 + 16.537,20 Euros, o Conselho de Administração do TomarPolis deliberou não adjudicar a empreitada nos termos propostos.
Esta decisão, que se impunha, veio demonstrar, mais uma vez, que tínhamos razão ao desaconselhar que se levasse por diante uma obra não prioritária, nem necessária em tempos de aplicação criteriosa de recursos, cada vez mais escassos.

Pelo que, concordando com a decisão do C.A. da TomarPolis, insistimos em que, na actual conjuntura, a construção da Ponte deve ser abandonada, como é de bom senso.

Independentes por Tomar contra abertura do parque de estacionamento subterrâneo na zona desportiva e apreciam Processos da TomarPolis

DECLARAÇÃO SOBRE O PONTO 4 DA ORDEM DO DIA: “APRECIAÇÃO DE PROCESSOS DA TOMARPOLIS”, da reunião do executivo camarário de Tomar em 11 de Abril.

A designação de obra de ”Ampliação e Remodelação do Pavilhão Municipal de Tomar” é intencionalmente enganosa, uma vez que sempre se tratou da construção de raiz de um novo Pavilhão Municipal em edifício destinado a espaço gimno-desportivo nos seus dois pisos elevados e a estacionamento de veículos (com capacidade para 280 lugares) no único piso enterrado, com a área de cerca de 7.000 m2.

Mas, esta obra tem constituído uma fonte de problemas, cada vez mais intrincados e é (e será) um sorvedouro de fundos públicos e dos recursos do Município, esbanjados numa obra, de que sempre discordámos.

Tudo começou com a demolição do anterior Pavilhão e a destruição do anterior Parque de Estacionamento à superfície, o qual tinha sido recentemente construído e onde se tinham investido dezenas de milhares de contos (à data), sem o mínimo proveito, numa “política de faz, desfaz e volta a fazer”, utilizando muito mal o dinheiro dos contribuintes.

Seguiu-se a infeliz decisão de construir um novo Pavilhão naquele local e de, sobretudo, nesse edifício se incluir um estacionamento de veículos no único piso enterrado (Parque de Estacionamento Subterrâneo) em “…zona de elevado nível freático das águas subterrâneas e presença próxima de um veio de água com caudal elevado, mas mesmo que os veios de água referidos não existissem, a proximidade do Rio Nabão e as cotas da laje térrea do piso de Estacionamento implicam a presença de águas subterrâneas, capilares ou não, produzindo níveis freáticos elevados que determinaram o projecto e a execução de sistemas de drenagem quer das paredes de contenção laterais quer da laje térrea...” (in “Relatório de Inspecção sobre as patologias existentes no piso do estacionamento” da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – Departamento de Engenharia Civil, de 28 Março de 2006) e “…A este facto acresce o de, a nascente do Pavilhão, existir uma zona urbana de cota mais alta, que origina um curso de água subterrâneo, afluente do Nabão, que foi interceptado pela construção do Pavilhão…” (in “Parecer de desenvolvimento de uma proposta de solução de engenharia para o problema” do Engº Civil José Matos e Silva (GAPRES), Março de 2006, pág. 3).

Ainda para mais não foram logo projectadas as soluções técnicas adequadas à ultrapassagem destes problemas (“estranha-se que, sendo a água, como se demonstrou, uma das principais condicionantes para a implantação do Pavilhão, a mesma não tenha sido considerada na concepção. A opção pelo fraccionamento do edifício, em corpos separados por junta de dilatação, também não se revela adequada à presença da água na envolvente da cave, uma vez que, através dessas juntas, se processa o fácil acesso da água ao interior da cave…” (in in “Parecer de desenvolvimento de uma proposta de solução de engenharia para o problema” do Engº Civil José Matos e Silva (GAPRES), citado, pág. 4) que, a terem sido também executadas, permitiriam evitar este cortejo de complicações, as quais se eternizam sem uma solução exequível e consensualmente aceite pelas entidades consultadas.

E, como uma desgraça nunca vem só, a TomarPolis detectou irregularidades na “Empreitada de Ampliação e Remodelação do Pavilhão Municipal de Tomar”, designadamente por lançamento nos autos de obra, de trabalhos que não foram executados e que foram facturados.

Tais autos, visados pela entidade fiscalizadora (Engimais, S.A.), foram apresentados a conferência e sequencialmente pagos ao empreiteiro (Constructora San José, S.A.).

Face às normas que regem este tipo de obras, bem como à sua forma de financiamento, em parte com fundos comunitários, este procedimento – não autorizado por qualquer das restantes entidades envolvidas, para além da fiscalizadora – colocou em causa a posição da TomarPolis em relação ao Estado e a outras entidades de natureza pública.

Acresce que tal actuação nunca foi comunicada à TomarPolis, só tendo sido detectada após análise aos autos de obra.

O consultor jurídico da TomarPolis, procedeu à análise da situação e, num primeiro Parecer (“NOTA” de 04.02.2006), é de opinião que ela poderá consubstanciar um ilícito criminal, dado poder considerar-se a existência de uma tentativa de apropriação ilícita de dinheiros (fundos públicos, no caso), através do conluio entre duas entidades, que simularam a existência de determinados factos com vista à prossecução desse fim e causando prejuízo e causando prejuízo patrimonial a terceiro.

E que tal conduta é punida pela nossa ordem jurídica, configurando o crime de burla (artºs 217º e 218º do Código Penal) e, como se está perante valores considerados elevados, a burla é qualificada (ou mesmo burla qualificada agravada). Além disto as duas entidades poderão ainda ter praticado o crime de falsificação de documentos (artº 256º do C.Penal), o de infidelidade (artº 224º do C.Penal), o de fraude na obtenção de subsídio ou o de desvio de subsídio (artºs 26º e 37º do D.-L. Nº 28/94, de 20.01).

O consultor jurídico considera que o prazo para a participação à entidade judicial terminava a 02 de Março de 2006 e sublinha que, não existindo dados concretos que permitam concluir pela efectiva prática destes crimes ou pela intenção real das partes em os praticar, o certo é que a simples tentativa de prática do crime e a negligência são puníveis.

Mais entende o consultor jurídico, que a substituição da entidade fiscalizadora – com base na perda de confiança e preterição de deveres legais e contratuais a que estava obrigado na sua actuação (cfr. Artº 180º f), i), n) do Reg. Jur. Das Emp. De Obras Públicas) – deverá ocorrer de imediato.

Posteriormente, em novo Parecer (“Nota” de 06.03.2006), o consultor jurídico considera que existiram inequivocamente irregularidades de ordem formal na “Empreitada”; que a responsabilidade recai maioritariamente sobre a Engimais e, em menor medida, sobre o empreiteiro; que tais irregularidades, afinal, não determinaram qualquer prejuízo patrimonial para o erário público ou consubstanciaram qualquer enriquecimento ilegítimo para qualquer uma das partes; que não existe fundamento para qualificar a conduta da Engimais e da Constructora San José como penalmente censurável; que, afinal, se tratou de uma conduta censurável do ponto de vista técnico e profissional da responsável indicada pela Engimais para acompanhamento da obra e propõe que seja elaborado um documento, subscrito por todas as partes, onde se exponham e descrevam todos os factos e conclusões do processo de averiguações, com assunção das responsabilidades, sugerindo que poderá ser a Acta de uma reunião havida em 24.02.2006 com representantes das partes, a assinar pelos legais representantes de todas as partes, considerando que tal actuação permitirá manter as relações profissionais entre as partes, essenciais para a boa conclusão desta e das outras empreitadas onde exista envolvimento das partes.

O Conselho de Administração da TomarPolis, reunido em 29.03.2006, face aos factos e à sua gravidade, deliberou comunicar o assunto ao Ministério Público para as devidas averiguações e dar conhecimento do processo à Câmara Municipal.

Ora, tem de apurar-se TODA a verdade, custe o que custar, doa a quem doer, para salvaguarda de todos os envolvidos.

Mas, é indubitável que a entidade fiscalizadora não tem mais condições para continuar a exercer as suas funções neste e noutros processos da Câmara Municipal de Tomar.

Pelo que, nem tão pouco podemos admitir que se equacione sequer a prorrogação do prazo do contrato com a Engimais, como se propõe (ponto 4.9).

Mas, o facto é que o Parque Desportivo “25 de Abril” está totalmente inoperacional vai para três anos, bem como o Parque de Campismo, que esta maioria, com o apoio implícito e explícito do Partido Socialista, liquidou já.

Ora, perante a situação de total inoperacionalidade do Parque Desportivo “25 de Abril”, as colectividades que regularmente o utilizavam tiveram prejuízos avultados, que até se reflectiram no seu desempenho desportivo.

Mas, o comércio local foi muito mais afectado, uma vez os visitantes ficaram impossibilitados de aí acorrer – pela vedação do espaço e pela realização das obras – o Parque de Campismo fechou abruptamente em plena época de Verão, o que tudo contribuiu negativamente para o desenvolvimento de Tomar, ainda para mais em tempo de estagnação económica.


Da detalhada leitura dos Relatórios das entidades que se pronunciaram sobre as patologias que afectam o estacionamento (e, concomitantemente, o Pavilhão) podemos concluir que:

- não se encontram ultrapassados os graves problemas de que enfermam tais edificações;

- ainda não foi encontrado um diagnóstico preciso da solução destes problemas e faltam ainda os Relatórios do Laboratório Nacional de Engenharia Civil e do Instituto Superior Técnico;

- não estão criadas as condições para permitir a utilização do Pavilhão e do Parque de Estacionamento com toda a segurança, salvaguardando inequivocamente a integridade de pessoas, dos seus bens e das próprias instalações;

- os fundamentos que conduziram à demolição da bancada do Estádio Municipal serão, certamente, de muito menor gravidade dos que se verificam no Pavilhão/Parque de Estacionamento Subterrâneo.

A actuação da maioria do Executivo neste processo de obras no Parque Desportivo de Tomar é altamente censurável e tem lesado significativamente Tomar e os Tomarenses, mesmo que as suas profissões de fé e os seus discursos tentem esconder esta tristíssima realidade.

Assim, não podemos compactuar com a gestão municipal deste Executivo (e do que o antecedeu) e exigimos a prossecução de políticas que recuperem o ainda recuperável, (que nos parece muito pouco) e o estancar do esbanjamento dos dinheiros públicos em prejuízo de realizações susceptíveis de melhorar o nível e a qualidade de vida dos Munícipes e de engrandecer Tomar.

DECLARAÇÃO SOBRE O PONTO 4.4 DA ORDEM DO DIA:
“EMPREITADA DE AMPLIAÇÃO E REMODELAÇÃO DO PAVILHÃO MUNICIPAL DE TOMAR – ANÁLISE TÉCNICA DO PROBLEMA DAS INFILTRAÇÕES”.


Alicerçados nas conclusões extraídas dos Relatórios das referidas entidades consultadas, as quais apontam para efectivos perigos, susceptíveis de colocar em risco a integridade de pessoas, dos seus bens e das próprias instalações, não aceitamos, nem nos responsabilizamos pela abertura – mesmo parcial - do Parque de Estacionamento Subterrâneo, nem para a utilização daquela infra-estrutura.

Assim, votamos CONTRA qualquer decisão que viabilize a sua utilização.

Independentes por Tomar contra abertura do parque de estacionamento subterrâneo na zona desportiva e apreciam Processos da TomarPolis

DECLARAÇÃO SOBRE O PONTO 4 DA ORDEM DO DIA: “APRECIAÇÃO DE PROCESSOS DA TOMARPOLIS”, da reunião do executivo camarário de Tomar em 11 de Abril.

A designação de obra de ”Ampliação e Remodelação do Pavilhão Municipal de Tomar” é intencionalmente enganosa, uma vez que sempre se tratou da construção de raiz de um novo Pavilhão Municipal em edifício destinado a espaço gimno-desportivo nos seus dois pisos elevados e a estacionamento de veículos (com capacidade para 280 lugares) no único piso enterrado, com a área de cerca de 7.000 m2.

Mas, esta obra tem constituído uma fonte de problemas, cada vez mais intrincados e é (e será) um sorvedouro de fundos públicos e dos recursos do Município, esbanjados numa obra, de que sempre discordámos.

Tudo começou com a demolição do anterior Pavilhão e a destruição do anterior Parque de Estacionamento à superfície, o qual tinha sido recentemente construído e onde se tinham investido dezenas de milhares de contos (à data), sem o mínimo proveito, numa “política de faz, desfaz e volta a fazer”, utilizando muito mal o dinheiro dos contribuintes.

Seguiu-se a infeliz decisão de construir um novo Pavilhão naquele local e de, sobretudo, nesse edifício se incluir um estacionamento de veículos no único piso enterrado (Parque de Estacionamento Subterrâneo) em “…zona de elevado nível freático das águas subterrâneas e presença próxima de um veio de água com caudal elevado, mas mesmo que os veios de água referidos não existissem, a proximidade do Rio Nabão e as cotas da laje térrea do piso de Estacionamento implicam a presença de águas subterrâneas, capilares ou não, produzindo níveis freáticos elevados que determinaram o projecto e a execução de sistemas de drenagem quer das paredes de contenção laterais quer da laje térrea...” (in “Relatório de Inspecção sobre as patologias existentes no piso do estacionamento” da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – Departamento de Engenharia Civil, de 28 Março de 2006) e “…A este facto acresce o de, a nascente do Pavilhão, existir uma zona urbana de cota mais alta, que origina um curso de água subterrâneo, afluente do Nabão, que foi interceptado pela construção do Pavilhão…” (in “Parecer de desenvolvimento de uma proposta de solução de engenharia para o problema” do Engº Civil José Matos e Silva (GAPRES), Março de 2006, pág. 3).

Ainda para mais não foram logo projectadas as soluções técnicas adequadas à ultrapassagem destes problemas (“estranha-se que, sendo a água, como se demonstrou, uma das principais condicionantes para a implantação do Pavilhão, a mesma não tenha sido considerada na concepção. A opção pelo fraccionamento do edifício, em corpos separados por junta de dilatação, também não se revela adequada à presença da água na envolvente da cave, uma vez que, através dessas juntas, se processa o fácil acesso da água ao interior da cave…” (in in “Parecer de desenvolvimento de uma proposta de solução de engenharia para o problema” do Engº Civil José Matos e Silva (GAPRES), citado, pág. 4) que, a terem sido também executadas, permitiriam evitar este cortejo de complicações, as quais se eternizam sem uma solução exequível e consensualmente aceite pelas entidades consultadas.

E, como uma desgraça nunca vem só, a TomarPolis detectou irregularidades na “Empreitada de Ampliação e Remodelação do Pavilhão Municipal de Tomar”, designadamente por lançamento nos autos de obra, de trabalhos que não foram executados e que foram facturados.

Tais autos, visados pela entidade fiscalizadora (Engimais, S.A.), foram apresentados a conferência e sequencialmente pagos ao empreiteiro (Constructora San José, S.A.).

Face às normas que regem este tipo de obras, bem como à sua forma de financiamento, em parte com fundos comunitários, este procedimento – não autorizado por qualquer das restantes entidades envolvidas, para além da fiscalizadora – colocou em causa a posição da TomarPolis em relação ao Estado e a outras entidades de natureza pública.

Acresce que tal actuação nunca foi comunicada à TomarPolis, só tendo sido detectada após análise aos autos de obra.

O consultor jurídico da TomarPolis, procedeu à análise da situação e, num primeiro Parecer (“NOTA” de 04.02.2006), é de opinião que ela poderá consubstanciar um ilícito criminal, dado poder considerar-se a existência de uma tentativa de apropriação ilícita de dinheiros (fundos públicos, no caso), através do conluio entre duas entidades, que simularam a existência de determinados factos com vista à prossecução desse fim e causando prejuízo e causando prejuízo patrimonial a terceiro.

E que tal conduta é punida pela nossa ordem jurídica, configurando o crime de burla (artºs 217º e 218º do Código Penal) e, como se está perante valores considerados elevados, a burla é qualificada (ou mesmo burla qualificada agravada). Além disto as duas entidades poderão ainda ter praticado o crime de falsificação de documentos (artº 256º do C.Penal), o de infidelidade (artº 224º do C.Penal), o de fraude na obtenção de subsídio ou o de desvio de subsídio (artºs 26º e 37º do D.-L. Nº 28/94, de 20.01).

O consultor jurídico considera que o prazo para a participação à entidade judicial terminava a 02 de Março de 2006 e sublinha que, não existindo dados concretos que permitam concluir pela efectiva prática destes crimes ou pela intenção real das partes em os praticar, o certo é que a simples tentativa de prática do crime e a negligência são puníveis.

Mais entende o consultor jurídico, que a substituição da entidade fiscalizadora – com base na perda de confiança e preterição de deveres legais e contratuais a que estava obrigado na sua actuação (cfr. Artº 180º f), i), n) do Reg. Jur. Das Emp. De Obras Públicas) – deverá ocorrer de imediato.

Posteriormente, em novo Parecer (“Nota” de 06.03.2006), o consultor jurídico considera que existiram inequivocamente irregularidades de ordem formal na “Empreitada”; que a responsabilidade recai maioritariamente sobre a Engimais e, em menor medida, sobre o empreiteiro; que tais irregularidades, afinal, não determinaram qualquer prejuízo patrimonial para o erário público ou consubstanciaram qualquer enriquecimento ilegítimo para qualquer uma das partes; que não existe fundamento para qualificar a conduta da Engimais e da Constructora San José como penalmente censurável; que, afinal, se tratou de uma conduta censurável do ponto de vista técnico e profissional da responsável indicada pela Engimais para acompanhamento da obra e propõe que seja elaborado um documento, subscrito por todas as partes, onde se exponham e descrevam todos os factos e conclusões do processo de averiguações, com assunção das responsabilidades, sugerindo que poderá ser a Acta de uma reunião havida em 24.02.2006 com representantes das partes, a assinar pelos legais representantes de todas as partes, considerando que tal actuação permitirá manter as relações profissionais entre as partes, essenciais para a boa conclusão desta e das outras empreitadas onde exista envolvimento das partes.

O Conselho de Administração da TomarPolis, reunido em 29.03.2006, face aos factos e à sua gravidade, deliberou comunicar o assunto ao Ministério Público para as devidas averiguações e dar conhecimento do processo à Câmara Municipal.

Ora, tem de apurar-se TODA a verdade, custe o que custar, doa a quem doer, para salvaguarda de todos os envolvidos.

Mas, é indubitável que a entidade fiscalizadora não tem mais condições para continuar a exercer as suas funções neste e noutros processos da Câmara Municipal de Tomar.

Pelo que, nem tão pouco podemos admitir que se equacione sequer a prorrogação do prazo do contrato com a Engimais, como se propõe (ponto 4.9).

Mas, o facto é que o Parque Desportivo “25 de Abril” está totalmente inoperacional vai para três anos, bem como o Parque de Campismo, que esta maioria, com o apoio implícito e explícito do Partido Socialista, liquidou já.

Ora, perante a situação de total inoperacionalidade do Parque Desportivo “25 de Abril”, as colectividades que regularmente o utilizavam tiveram prejuízos avultados, que até se reflectiram no seu desempenho desportivo.

Mas, o comércio local foi muito mais afectado, uma vez os visitantes ficaram impossibilitados de aí acorrer – pela vedação do espaço e pela realização das obras – o Parque de Campismo fechou abruptamente em plena época de Verão, o que tudo contribuiu negativamente para o desenvolvimento de Tomar, ainda para mais em tempo de estagnação económica.


Da detalhada leitura dos Relatórios das entidades que se pronunciaram sobre as patologias que afectam o estacionamento (e, concomitantemente, o Pavilhão) podemos concluir que:

- não se encontram ultrapassados os graves problemas de que enfermam tais edificações;

- ainda não foi encontrado um diagnóstico preciso da solução destes problemas e faltam ainda os Relatórios do Laboratório Nacional de Engenharia Civil e do Instituto Superior Técnico;

- não estão criadas as condições para permitir a utilização do Pavilhão e do Parque de Estacionamento com toda a segurança, salvaguardando inequivocamente a integridade de pessoas, dos seus bens e das próprias instalações;

- os fundamentos que conduziram à demolição da bancada do Estádio Municipal serão, certamente, de muito menor gravidade dos que se verificam no Pavilhão/Parque de Estacionamento Subterrâneo.

A actuação da maioria do Executivo neste processo de obras no Parque Desportivo de Tomar é altamente censurável e tem lesado significativamente Tomar e os Tomarenses, mesmo que as suas profissões de fé e os seus discursos tentem esconder esta tristíssima realidade.

Assim, não podemos compactuar com a gestão municipal deste Executivo (e do que o antecedeu) e exigimos a prossecução de políticas que recuperem o ainda recuperável, (que nos parece muito pouco) e o estancar do esbanjamento dos dinheiros públicos em prejuízo de realizações susceptíveis de melhorar o nível e a qualidade de vida dos Munícipes e de engrandecer Tomar.

DECLARAÇÃO SOBRE O PONTO 4.4 DA ORDEM DO DIA:
“EMPREITADA DE AMPLIAÇÃO E REMODELAÇÃO DO PAVILHÃO MUNICIPAL DE TOMAR – ANÁLISE TÉCNICA DO PROBLEMA DAS INFILTRAÇÕES”.


Alicerçados nas conclusões extraídas dos Relatórios das referidas entidades consultadas, as quais apontam para efectivos perigos, susceptíveis de colocar em risco a integridade de pessoas, dos seus bens e das próprias instalações, não aceitamos, nem nos responsabilizamos pela abertura – mesmo parcial - do Parque de Estacionamento Subterrâneo, nem para a utilização daquela infra-estrutura.

Assim, votamos CONTRA qualquer decisão que viabilize a sua utilização.

quarta-feira, abril 12, 2006

Forum Romano - o abandono

Na reunião de 11 de Abril do executivo camarário de Tomar, os vereadores independentes apresentaram o seguinte requerimento:

Na reunião de 3 de Janeiro de 2006, após proposta dos Independentes por Tomar, que não chegou a ser votada, foi deliberado:

“Oficiar o IPPAR para, no prazo de 60 dias executar as obras de limpeza e vedação exigíveis para preservação de um património desta natureza, como aliás é sua obrigação legal”.

Já decorreram mais de três meses e constata-se que não existe qualquer acção de limpeza e/ou de vedação e que o Forum Romano continua ao abandono.

Pelo que, vimos requerer informações sobre o estado e andamento deste processo, sublinhando que o rico património histórico de Tomar deve merecer sempre a melhor atenção da autarquia.

ALTERAÇÃO DE TRÂNSITO NO CRUZAMENTO DA AV. GEN. BERNARDO FARIA COM A AV. DOS COMBATENTES DA GRANDE GUERRA (ESTAÇÃO DA C.P.)

Os vereadores dos Independentes por Tomar, a reunião de 11 de Abril do executivo camarário apresentou o seguinte requerimento:

Na reunião de 3 de Janeiro de 2006, por proposta dos Independentes por Tomar apresentada ao Executivo em 22.11.2005, foi deliberado:

“Que a solução definitiva para a circulação de trânsito nesta zona deve passar pelo estudo de uma rotunda que se adeqúe ao espaço em causa Para a resolução imediata da questão, a Câmara deliberou aprovar a proposta apresentada a coberto da informação técnica nº 928/2005, do Departamento de Obras Municipais”.

Já decorreram mais de três meses e constata-se que nada foi alterado o que, já motivou reclamações de munícipes em órgãos de comunicação social nacionais.


Assim, queremos saber porque razão ainda se não deu execução no terreno à proposta do D.O.M que o Executivo aprovou e também pretendemos informações detalhadas sobre o andamento do processo conducente à implantação da rotunda nesse local, principalmente quando se prevê dar início à sua construção.

Workshop ''Cruzes'' em Cem Soldos


Do site da Rádio Cidade de Tomar, numa notícia de Manuel Subtil, transcrevemos a seguinte notícia:
''O Sport Club Operário de Cem Soldos (SCOCS) organiza no dia 15 de Abril um workshop subordinado as celebrações da Páscoa e recebe o nome de “Cruzes”.
Na manhã de domingo de Páscoa o cortejo da “Aleluia” percorre as ruas de Cem Soldos. Contudo, o ritual é precedido de uma pequena tarefa. Quem integra o cortejo tem de preparar as cruzes de cana e os ramos de flores. Este workshop pretende aproximar a tradição do cortejo da “Aleluia” aos interessados pelo tema, dirigindo-se no entanto a um público mais jovem. A formação integra uma contextualização histórica da tradição, para depois passar à constrição dos elementos figurativos que integram o cortejo: as cruzes.
A inscrição é gratuita. As inscrições podem ser feitas junto da sede do SCOCS e em alternativa, através do telefone 249 345 232 ou do endereço de correio electrónico clubcemsoldos@mail.telepac.pt ''

Quando na notícia se fala em constrição, deverá ler-se destruição de forma gratuita e violenta das cruzes. Tradição envolta em polémica, restaurada há alguns anos por um grupo de jovens de Cem Soldos, numa forma de afirmação e propaganda da originalidade da tradição, desta localidade do concelho de Tomar, que se tem imposto nas duas últimas décadas por uma intensa, diversa e qualificada actividade sócio-cultural.

Censura ... Não, Obrigado e a Arte da Polémica


Quando escolhemos este título e pensávamos na melhor pontuação, vimos que não haveria problema qualquer que ela fosse, pois não daria hipótese de equívoco. Ao contrário de alguns conhecidos, em que a colocação ou não de uma vírgula, pode custar milhares ou milhões de euros, como foi um caso bem conhecido em Portugal há alguns anos, já em plena construção do sistema democrático, ou outro caso, em que a colocação de uma vírgula antes ou depois de uma palavra fazia depender a vida ou a morte de alguém. Este caso está descrito num post recente de João Pedro George, que veio para a ribalta nos últimos dias com o lançamento do livro Couves e Alforrecas, sobra a crítica literária que fez à obra de Margarida Rebelo Pinto, post que transcrevemos na íntegra.

''A Arte da Pontuação
Colocar uma vírgula antes ou depois de uma palavra pode ser uma questão de vida ou de morte. Em Perdón Imposible, José Antonio Millán relata-nos um episódio em que o imperador Carlos V, na iminência de assinar uma sentença de morte que dizia «Perdão impossível, cumprir a condenação», viu-se acometido por um ataque de magnanimidade e, antes de rubricar, resolveu corrigir a frase: «Perdão, impossível cumprir a condenação». Bastou mudar uma vírgula e salvou-se, assim, a vida de um homem.''

Censura?
Este post tem como objectivo responder a um habitual comentador de tomaronline, que muito tem valorizado a discussão neste blog, com as suas perspicazes e sustentadas opiniões, que colocava a hipótese de o editor do blog apagar alguns comentários. Outro dos comentadores assíduos já deu a resposta à questão levantada.
Diremos apenas que Não está nos nossos horizontes por não fazer parte da nossa filosofia o impedir a livre expressão.

Livre e Alargada Discussão
É também sugerido por um comentador alguns pertinentes temas de discussão.
Este é um espaço de livre participação, logo sugerimos aos eventuais interessados em colocar temas sustentados em textos de suporte para discussão, que o façam, enviando os referidos documentos para o mail tomaronline@sapo.pt .
Por uma democracia plural e participativa Somos Todos www.tomaronline.blogspot.com

O Manguito de Virgilo ou a Verdadeira ''estória'' do Pavilhão e Parque de estacionamento subterrâneo

Sobre a Problemática do Pavilhão Desportivo, Parque de estacionamento e afins, não há nada como destacar o comentário de Virgilo, a um post anterior, pela sua clareza e objectividade na análise e nos dados técnicos. Depois de ter acabado justamente de ler por sugestão de uma amiga ''Nem Tudo Começa com um Beijo'' em que são ratos os protagonistas da ''estória'', apetece dizer ''Ele há cá cada Rato''. Vamos então a isto:

''Os problemas de fundo do PAVILHÃO E DO PARQUE SUBTERRÂNEO resumem-se, no essencial,ao seguinte:
1- Obstinação patológica do PAIVA, ao insistir em construir ali o monstro, contra tudo e contra todos.
2- Nem ele, nem qualquer outro responsável político e/ou técnico, tiveram até hoje a coragem e a humildade de reconhecer o erro base.
3- A pressão da água sob e sobre a lage do pavimento é igual a uma coluna de água com mais de 1,75 mts de altura.
4- Essa pressão já provocou fissuras na lage ao longo de todo o parque,incluindo cerca de 25 mts por baixo do pavilhão. São centenas de fissuras a deixar passar água.
5- A estrutura (pilares e vigas) que sustentam o pavilhão estão a ser sujeitas, na sua base, à erosão de um enorme caudal de linhas de água subterrâneas, podendo causar uma tragédia de efeitos imprevisíveis a nível humano e material no pavilhão e no parque.
E, se alguém duvida disto, a Exma Câmara que abra as portas do parque, durante 15 dias, à visita livre da população e o velho ditado surgirá em todo o seu fulgor: VALE MAIS UMA IMAGEM DO QUE MIL PALAVRAS.
E esta é a verdadeira história da demissão (que depois fez marcha atrás) do eng.Monteiro. É que é muita para um só BODE sacudir dum capote.
O resto,o resto SÃO TRETAS para enganar o ZÉ POVINHO e evitar que lhes faça um VALENTE MANGUITO... ''

Abre Parque de Estacionamento subterrâneo do Pavilhão Municipal?!

O Parque de estacionamento subterrâneo do Pavilhão Municipal de Desporto, na zona desportiva, na margem esquerda do rio Nabão em Tomar, vai abrir com apenas 120 lugares. Os problemas levantados com as infiltrações, impossibilitam que a totalidade dos lugares estejam disponíveis. A abertura efectuar-se-á logo que seja adjudicada a segurança do parque a uma empresa especializada. Esta decisão foi aprovada na reunião de 11 de Abril do executivo camarário.
Este parque de estacionamento é uma alternativa muito mais barata para os utilizadores, ao parque de estacionamento nas traseiras da Câmara Municipal de Tomar.
Lembramos que o parque de estacionamento subterrâneo do Pavilhão Municipal de Desporto, foi projectado para dois pisos subterrâneos.
Fomos os únicos, no site Tomaronline, que precedeu o actual blog, que denunciou a irresponsabilidade técnica e política de tal decisão, questionando eventuais estudos de comportamento do solo, tal a proximidade do leito do rio Nabão, e sobretudo devido à situação em leito de cheia. Só a irresponsabilidade, incompetência e desconhecimento poderiam levar em frente tal solução. O projecto foi alterado, passando para apenas um piso subterrâneo. Durante a fase de construção a laje de isolamento foi alterada em cerca de mais 18 centímetros, com óbvios custos acrescidos, quer de projecto quer de obras a mais, para um eficaz combate às infiltrações. Pelos vistos nem essa situação veio combater o que desde a fase de intenção e depois de projecto denunciámos. O arrastamento e insolubilidade terá levado o Administrador da empresa TomarPolis, homem de conhecido rigor, competência e pouco dado a jogos de palavras e de cintura tão característicos do cada vez mais ausente António Paiva, o intermitente Presidente de Câmara de Tomar, em diferentes momentos a apresentar o seu desejo de fasatamento do cargo. Assim a modos de rebuçado, é dado ao Administrador a possibilidade de ver disponibilizado ao Povão uma pequena fatia do Parque.
Siga o Baile ...

Nas mãos do advogado síndico - algumas contas do Polis

Na reunião do executivo municipal de Tomar do dia 11 de Abril, foi decidido colocar nas mãos do advogado síndico da Câmara o caso de ''trabalhos facturados e não efectuados, por parte da empresa responsável pela construção e da empresa de fiscalização da obra (Pavilhão Desportivo Municipal)''.
A situação a confirmar-se, levará à entrega de alguns fundos comunitários por parte do município e augura eventual crime da parte das empresas.

terça-feira, abril 11, 2006

Chun, o writter vencedor


Chun, o vencedor do concurso de graffitis, em S. Silvestre, no concelho de Tomar, junto do seu trabalho. Segundo este writter, a música e a dança, são elementos constantes nos seus trabalhos. Nesta obra, em estilo 3D, o preferido de Chun, ao contrário de muitos graffitis, a leitura é simples, o que valoriza ainda mais a sua obra e a mensagem que pretende transmitir.

Reunião da Câmara de Tomar - Posições do PS


POSIÇÕES DO PS NA REUNIÃO DE CÂMARA DE 11 DE ABRIL
Com a presença do Arq. José Vitorino, em substituição do Vereador Carlos Silva - ausente do Concelho , o PS tomou as seguintes posições nesta reunião de Câmara:
3. REDE NATURA 2000
DISCUSSÃO PÚBLICA DO PLANO SECTORIAL
Em relação a este processo propomos que o Instituto da Conservação da Natureza, promova, em Tomar, uma sessão pública de esclarecimento do Plano Sectorial.
4.1 EMPREITADA DE AMPLIAÇÃO E REMODELAÇÃO DO PAVILHÃO MUNICIPAL DE TOMAR -
IRREGULARIDADES DETECTADAS EM AUTOS DE MEDIÇÃO E CORRESPONDENTES FACTURASOs factos em apreço revestem-se da maior gravidade e põem em causa o prestígio das entidades intervenientes perante a opinião pública, o Estado e entidades financiadoras. Tal preocupação é, de resto, referida nos documentos (pg. 4 de anexo 2 parecer de Henrique Abecasis & Andersen Guimarães, Sociedade de Advogados, RL) podendo mesmo consubstanciar, segundo o mesmo documento, um ilícito criminal.Verificamos, por outro lado, que se corre o risco de deixar prescrever os prazos para uma eventual apresentação de queixa.Nestas condições, a análise por nós efectuada dos documentos facultados verifica-se insuficiente e deixa demasiadas questões em aberto.Em face do exposto, propomos que a Câmara Municipal de Tomar promova, com urgência, uma auditoria externa e independente ao processo, sem prejuízo de um eventual pedido de imediata intervenção do Tribunal de Contas.Por fim, e apenas com carácter de declaração para a acta, manifestamos total repúdio pelos comentários constantes da pg. 3 do anexo 3 datado de 6 de Março de 2006, e que transcrevemos: acabou por ser o interesse público da obra e da cidade de Tomar os beneficiados com a situação. Embora o parecer jurídico refira tal afirmação como reflexo das opiniões da empresa construtora e da fiscalização, considera-a suficientemente relevante para a incluir no documento. Tal forma de ver as coisas não pode ser aceite, pois, a ser assim, estaríamos a defender a total falta de regras com base numa avaliação do interesse público por parte de quem as não cumpre.
4.3. FISCALIZAÇÃO E COORDENAÇÃO DE SEGURANÇA DA EMPREITADA DE AMPLIAÇÃO E REMODELAÇÃO DO PAVILHÃO MUNICIPAL DE TOMAR
PROPOSTA DE SUBSTITUIÇÃO
A solução que nos propõem parece demasiado simplista. A gravidade dos factos deverá conduzir a uma averiguação de todas as circunstâncias e actuações que tiveram as consequências com que nos deparamos.A evidência dos trabalhos facturados que não foram realizados, como nos mostram os documentos que acompanham o ponto 4.2 da ordem de trabalhos, é tal que será lícito supor que se verificou algum alheamento por parte dos técnicos que conviveram com a obra e seus documentos. Como não notar que faltam quase três mil metros quadrados de calçada, ou quase duzentos metros lineares de corrimão, para referir apenas dois dos sessenta e cinco trabalhos irregulares?A medida que nos é proposta não resolve nenhum problema e pode parecer, aos olhos da opinião pública, uma forma de encontrar alguém que venha a absorver uma eventual turvação do processo.Ao contrário, entendemos que a equipa de fiscalização se deverá manter em funções apenas nesta obra, até à sua conclusão, com vista a uma eficaz resolução dos problemas e cabal esclarecimento das circunstâncias que conduziram ao actual estado de coisas.Com esta solução estaremos igualmente a contribuir para a poupança de verbas na conclusão do processo.
4.4. EMPREITADA DE AMPLIAÇÃO E REMODELAÇÃO DO PAVILHÃO MUNICIPAL DE TOMAR
ANÁLISE TÉCNICA DO PROBLEMA DAS INFILTRAÇÕES
Se a obra apresenta deficiências tão graves como as que se assinalam em pareceres técnicos que classificam a estrutura de não estável face a situações de maior solicitação, cremos que deverão ser tomadas medidas que se adeqúem à gravidade do problema. Deverá, nestas circunstâncias, questionar-se se o edifício poderá ser utilizado.Por outro lado, não ficam claras as causas da deficiência. Pela leitura da alínea 3) da informação O01_64 de 27 de Março de 2006 (ou de 23 de Março de 2006), parece que nesta altura ainda não se sabe se houve erro no projecto ou se foi na obra.Esta situação é inaceitável. Câmara Municipal, Sociedade TomarPolis, Sociedade Gestora, Empresa fiscalizadora, Empresa de construção, Equipa projectista, não haverá ninguém que possa analisar o projecto e verificar se contém erros? E não haverá relatórios da fiscalização ou actas que nos possam esclarecer se houve erros de execução?Parece evidente que estas questões deverão ser esclarecidas antes de qualquer tomada e posição em relação à solução a adoptar. Estamos a considerar custos de reparação, excluindo projectos, que podem atingir trezentos mil euros.Quanto à abertura parcial do parque de estacionamento seria também necessário conhecer os relatórios do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, com vista a avaliar as condições de segurança.
4.9. EMPREITADA DE AMPLIAÇÃO E REMODELAÇÃO DO PAVILHÃO MUNICIPAL DE TOMAR
TRABALHOS A EXECUTAR A CURTO PRAZO
Como já referimos anteriormente o contrato com a empresa fiscalizadora deverá ser mantido até à conclusão do Pavilhão Municipal, e apenas para esta obra. Não existem condições de confiança para alargar a sua actuação a qualquer outro projecto.
5.1. REGULAMENTO DO PARQUE DE ESTACIONAMENTO SUBTERRÂNEO DO PAVILHÃO MUNICIPAL CIDADE DE TOMAR APÓS INQUÉRITO PÚBLICO
Quanto às alterações nada temos a opor.Não podemos, contudo, deixar de alertar para o grande desequilíbrio de tarifas entre este parque, se puder funcionar, e o parque da encosta do Castelo. Cremos que a Câmara Municipal estará consciente de que tão distantes custos para os utentes se irão reflectir num grande desequilíbrio de ocupação, por sua vez com reflexo directo na vivência urbana da zona envolvente a cada um deles.Quanto aos compromissos que a Câmara Municipal assumiu anteriormente com a Parque T, vamos esperar este parque e as suas tarifas não se venham a traduzir em indemnizações a pagar.
5.2. CONCURSO PÚBLICO PARA ADJUDICAÇÃO DA LOCAÇÃO DE MÃO DE OBRA PARA SEGURANÇA E VÍDEO VIGILÂNCIA DO PARQUE DE ESTACIONAMENTO SUBTERRÂNEO DO PAVILHÃO MUNICIPAL CIDADE DE TOMAR
Não nos é dado a conhecer qualquer estudo económico que comprove a viabilidade do parque com o regime de tarifas que foi aprovado.Os montantes em causa são significativos. Tal como a obra, a exploração do parque poderá estar sujeita a posteriores despesas que não se conhecem no momento.Por outras palavras, as tarifas de ocupação invulgarmente baixas, e mais invulgarmente ainda quando comparadas com os exageros a que a Câmara Municipal submete os munícipes noutros serviços, poderá estar condenada a uma subida vertiginosa a breve prazo.

Campeonato Nacional de Acrobática - Trios Femininos do Ginásio Clube de Tomar


Ginásio Clube de Tomar - Acrobática, Aikido e Ju-Jutso

GINÁSTICA ACROBÁTICA

Trio Feminino Juvenil: Maria Rosa / Gisela Damásio / Inês Poupado
entre os 10 melhores de Portugal

Decorreu no dia 8 de Abril, no Complexo Municipal de Ginástica da Maia, o Campeonato Nacional de Ginástica Acrobática, prova esta que encerra a época competitiva dos ginastas do escalão de Juvenis.

Durante a tarde de sábado vinte e três trios apresentaram todo o trabalho desenvolvido ao longo do ano, demonstrando a evolução que a Ginástica Acrobática tem vindo a sofrer nos últimos tempos mesmo nos escalões mais jovens.

O Ginásio Clube de Tomar fez-se representar pelos Trios Femininos Juvenis Maria Rosa/ Gisela Damásio / Inês Poupado e Inês Leitão / Andreia Costa / Vanessa Mendes.

Classificações
Trio Feminino: Maria Rosa / Gisela Damásio / Inês Poupado – 10º Lugar
Trio Feminino: Inês Leitão / Andreia Costa / Vanessa Mendes - 16º Lugar

Parabéns às ginastas e equipa técnica!

Aikido

No sentido de responder cada vez melhor às expectativas dos desportistas tomarenses, o Ginásio Clube de Tomar, vai iniciar uma nova modalidade – o AIKIDO.

O Aikido é uma arte marcial que tem origem na ancestral tradição do Samurai. Esta tradição que servia originalmente para lesionar, imobilizar e vencer foi sublimada e conduzida para uma atitude que visa o despertar de sensibilidade e Harmonia interna e externa.

Venha treinar por desporto, aliviar o stress ou paixão pelas Artes Marciais. Aprenda a defender-se, libertando corpo e mente treinando com e sem armas mas sempre com suavidade. Aspectos como a Tensão, Agressividade e Competição são colocados de parte. Esta é uma modalidade destinada a homens e mulheres dos 7 aos 70 anos!

As aulas vão ser leccionadas pelo professor Leonel Alves, às 4ª, 6ª e Domingos, no Centro de Treinos da FAI. Inscrições e informações na secretaria do Ginásio Clube de Tomar, Pavilhões da FAI, das 17.30h às 20.00h, ou através do Telf/Fax 249324381.

Ju-Jutso kids

São várias as crianças que têm demonstrado grande interesse em vir praticar Ju-Jutso connosco. Por isso, a professora Ana Paula Freitas e o Ginásio Clube de Tomar, decidiram abrir uma classe de JuJutso Kids que irá funcionar às 2ª e 5ª feiras das 17.30h às 19.00h.

Para inscrições e informações, por favor contactar a secretaria do Ginásio Clube de Tomar, Pavilhões da FAI, das 17.30h às 20.00h, ou através do Telf/Fax 249324381.

Ginasta do Mês

Março é o mês em que destacamos não um mas três ginastas da classe de Ginástica Acrobática. O trio composto por Maria Rosa, Inês Poupado e Gisela Damásio, praticam ginástica há mais de três anos, atingindo um nível que lhes permitiu participar nos dois últimos campeonatos nacionais da modalidade.

Têm conseguido resultados de bom nível nas participações distritais e gradualmente vão crescendo para a modalidade, sendo uma aposta ganha enquanto par/grupo. Estão em destaque devido à sua entrega em treino e às suas participações nas demonstrações e competições.

Este mês foram várias vezes chamadas a mostrar o seu real valor e não defraudaram as expectativas, apesar das dificuldades em, por vezes, conciliar os treinos, a vida pessoal e académica. Continuem a desenvolver muito e bom trabalho porque pensamos que estão no caminho certo. Parabéns!

domingo, abril 09, 2006

São Silvestre Capital da Juventude - Bandas e Graffitis


V Festival Jovem de Bandas
Pelo quinto ano consecutivo, São Silvestre foi a capital da Música Jovem. O que foi há alguns anos inovador, a possibilidade de juntar e permitir que Bandas de Garagem se mostrassem ao exigente público jovem, está consolidado. No passado fim de semana foram mais de mil os participantes neste ''ajuntamento'' à volta dos diferentes tipos de música, proposto por 19 das 20 anunciadas bandas. A entrada livre era naturalmente um atractivo para os jovens, para quem os euros são naturalmente muito bem contados. Para além das felicitações às bandas presentes, ficam também de incentivo aos jovens dirigentes da Associação Cultural e Desportiva de São Silvestre, uma das mais dinâmicas associações das freguesias rurais do concelho de Tomar.


Concurso de Graffitis

Inovador neste Festival Jovem foi o Concurso de Graffitis, organizado pela ACDR São Silvestre. Depois de os candidatos terem apresentado os seu projectos previamente à organização, foram escolhidos o 3 candidatos para disputar os lugares de pódio e que apresentariam publicamente o seu trabalho.

Tomaronline esteve presente durante a realização dos graffitis e teve uma interessante conversa com os 3 writters finalistas, Chun, Diogo/DAFM5spray e André. São 3 jovens estudantes ligados a cursos de arte, Chun que frequenta o Curso de Educação Visual no Instituto Politécnico de Setúbal, Diogo, estudante de Conservação e Restauro no Instituto Politécnico de Tomar e André, estudante de Artes Gráficas, na Escola de Formação Profissional de Tomar.

Desta forma de expressão com base na cultura Hip-hop, para além do aspecto visual da mensagem, de leitura mais ou menos directa, mais ou menos tradicional ou futurista, de cores mais ou menos fortes, variando tudo isto do estilo de cada writter e consequentemente da mensagem que se pretende comunicar, fica-nos também o enriquecimento de vocabulário com termos como bombing, trow up, hall of fame, take, freeze e wild style.

A qualidade do trabalho destes 3 writters pode ser vista em algumas paredes da cidade de Tomar, como por exemplo junto ao Café da Nabância e na Sociedade Gualdim Pais, frente à Biblioteca Municipal. Chun é um writter que realiza também trabalhos de decoração em Bares e Cafés, verificando-se portanto que esta nova forma de arte começa também a ser actividade não apenas lúdica para alguns jovens. Curioso é o facto de Diogo para além de writter ser também coleccionador de graffitis, tendo neste momento, mais de sete mil peças a sua colecção.

Destacamos ainda o facto destes writters se manifestarem contra a pintura em propriedade privada.

Por questões técnicas não podemos no momento publicar as fotos desta actividade, o que esperamos aconteça em breve.

Património Mundial de Origem Portuguesa - Encontro Internacional

O Convento de Cristo em Tomar é um dos 13 bens em terrirório nacional, classificados como Património Mundial. Este integrou, em 1983, a lista dos 4 primeiros elementos de património português classificados na lista do Património Mundial, que preferimos qualificar como Património da Humanidade. Para além do Convento de Cristo, os outros 3 bens classificados em 1983, foram o Centro Histórico da Cidade de Angra do Heroísmo, o conjunto Torre de Belém / Mosteiro dos Jerónimos e o Mosteiro da Batalha.Para além da importância que tal classificação tem não só pelo passado histórico do espaço classificado, mas pelo valor que deveria ter na actualidade para a comunidade em que está inserido, mas também porque em Tomar, no Instituto Politécnico funcionam cursos relacionados com o Património, quer ao nível da Conservação e Restauro mas também da Gestão Turístico Cultural, achamos pertinente a divulgação do Encontro que decorre em Coimbra, no Auditório da Faculdade de Direito da Universidade, entre os dias 27 a 29 de Abril. É o Encontro Internacional Património Mundial de Origem Portuguesa. O significado e a influência cultural do património de origem portuguesa disperso pelo mundo propiciaram o contacto entre diferentes povos e civilizações, são largamente reconhecidos. Não só a língua portuguesa conta hoje com 200 milhões de falantes, como a própria Lista do Património Mundial estabelecida pela UNESCO inclui, a par dos 13 bens localizados em Portugal, outros 21 de origem portuguesa, distribuídos por quinze países e três continentes. Existem, além destes, muitos outros bens com a mesma origem que por condicionalismos diversos ainda não puderam aceder àquela Lista. Uma vez confirmado o seu carácter excepcional, os novos bens que venham a ser considerados Património Mundial poderão contribuir para reequilibrar a representatividade geográfica da Lista. O principal objectivo deste Encontro é o de contribuir para a criação de uma rede de cooperação internacional entre especialistas de todos os países com património de origem portuguesa, que permita articular diferentes modos de gestão e de valorização dos sítios classificados, aprofundar práticas de protecção e salvaguarda e, bem assim, melhorar o acesso desses países à Lista do Património Mundial, através de Listas Indicativas e Candidaturas devidamente fundamentadas. Este Encontro destina-se a todos os especialistas, docentes, investigadores e alunos que trabalhem ou se interessem pelos temas relacionados com o património, nas suas mais diversas vertentes.
O Encontro é promovido pela Universidade de Coimbra, pelo Instituto Português do Património Arquitectónico e pela Comissão Nacional da UNESCO.
Inscrições gratuitas em: www.uc.pt/whpoPrograma em: www.uc.pt/whpo/programa.html

quarta-feira, abril 05, 2006

Couves e Alforrecas e a Crítica Literária

Couves & Alforrecas: Os Segredos da Escrita de Margarida Rebelo Pinto, um livro de João Pedro George, tem feito por um lado correr rios de tinta e por outro, minutos de televisão e rádio. No seu blog, esplanar, George, tem escrito sobre este caso. Retirámos daquele blog, um dos seus últimos posts que consideramos interessante sobre a crítica literária.
Crítica Literária: uma perspectiva sociológica
Quem escreve - a maioria - quer ser publicado. Mas não só. Ou melhor, não chega. Sem o reconhecimento da crítica, nada feito. Há dois momentos que definem a identidade (neste caso a identidade de escritor): o sentimento do seu próprio valor como escritor e o reconhecimento de outrem, ou seja, das instâncias de consagração, como a crítica. A confirmação do valor próprio pelos outros é uma dimensão essencial da identidade, seja ela de escritor ou outra. Daí decorre a importância da crítica. Para que um texto seja considerado, socialmente, como literatura é necessária a aprovação das instituições literárias. Sem a interferência da crítica, um livro pode existir mas não é literatura; dito de outro modo, um livro só se torna literatura quando é reconhecido e exibido como tal.É nesta ideia que se joga uma premissa básica da Sociologia da Literatura: o carácter literário é definido não tanto como uma qualidade intrínseca dos objectos (os textos) mas antes como resultado de um processo de definição social. Assim, o valor não é uma característica inerente aos objectos, é antes e acima de tudo um juízo sobre eles que reside no sujeito: «A beleza não está na natureza dos objectos mas na nossa própria subjectividade» (Espinoza) ou «Nós não admiramos a Vénus de Milo porque ela é bela; ela é bela porque nós a admiramos» (Charles Lalo). Tanto assim é que as avaliações estéticas mudam de época para época, ou seja, um livro pode não possuir estatuto literário num determinado contexto histórico-cultural mas pode vir a adquiri-lo mais tarde (autores ignorados em vida mas posteriormente recuperados). E vice-versa. O valor não é algo conquistado de uma vez por todas e de forma inequívoca. Está sujeito a variações. Os clássicos greco-latinos, por exemplo, precisaram de esperar pelo Renascimento para readquirirem valor, para ganharem outro fôlego. E nada nos garante que daqui a uns séculos (se ainda por cá andarmos) não venham a perder novamente o elevado prestígio de que hoje usufruem.A qualidade literária atribuída a um livro depende da quantidade de atenção que lhe é dedicada pelas instituições literárias. Quanto maior a diversidade de opiniões, quanto maior a legitimidade (autoridade) dos críticos que as proferem e quanto maior a reputação dos sítios onde elas são publicadas, maior o valor literário de uma obra e de um escritor. Logo, a atribuição de valor literário é socialmente determinada; está dependente de factores sociais. E, sendo assim, na valorização de um livro o que é decisivo é o número de discursos críticos e não, como geralmente se assume, as suas supostas qualidades intrínsecas (em Teoria da Literatura, Wellek e Warren defendem que os alicerces em que devem assentar as classificações literárias são as «propriedades intrínsecas» presentes nos textos, propriedades essas passíveis de serem detectadas por um leitor especializado).Como os críticos não conseguem provar as qualidades da obra literária (as suas afirmações têm por base afirmações normativas e valorativas que não são susceptíveis de verificação nem de falsificação, ou seja, não são empiricamente testáveis), é tudo uma questão de crença. Trata-se de convencer os leitores em geral (bem como os outros críticos e os escritores) de que uma obra é literatura (boa, muito boa, excelente, etc) e, portanto, merecedora de atenção.Nos jornais não existe uma autoridade formal nem mecanismos de credenciação para determinar quem possui qualificações para exercer a actividade de crítica de livros (daí a importância dos favores e das ligações interpessoais na obtenção de empregos e de oportunidades, o que faz com que todos precisem uns dos outros e sejam mutuamente dependentes). Ainda assim, é possível estabelecer diferenças entre críticos (ex: quais os que possuem maior capacidade de suscitar adesão, quais os que têm maior poder de persuasão). Em primeiro lugar, tendo em conta indicadores de natureza social, como:1) prestígio do jornal, da revista ou da editora em que o crítico escreve;2) profissão do crítico (por exemplo: professor universitário);3) a sua experiência como crítico, ou seja, a regularidade da sua intervenção;4) a dimensão do espaço que lhe é conferido nessas publicações para exercer a sua actividade.Em segundo lugar, indicadores de natureza retórica, também eles responsáveis, como é óbvio, pela plausibilidade da crítica:1) a qualidade da sua escrita;2) o nível de erudição que ostenta/referências à tradição literária;3) a terminologia utilizada para descrever e analisar as obras;4) as estratégias argumentativas.São estes, em suma, alguns dos indicadores responsáveis pelo sucesso de um crítico e pela sua aceitação por parte dos críticos (os outros), dos escritores e dos leitores em geral. Tal aceitação acontece, por exemplo, quando a caracterização e análise que ele faz de um livro ou de um autor são adoptadas por outros críticos. A aprovação dos colegas, aliás, é a confirmação mais alta do valor dos seus juízos críticos (daí que a audiência privilegiada pelos críticos seja a dos outros críticos). Na verdade, um crítico pretende não apenas produzir, nos leitores, a crença no valor que ele atribuiu a um livro como também produzir uma crença no seu próprio valor enquanto crítico e enquanto especialista com competência para considerar um livro como literatura (ou como não literatura). Se os críticos fazem a reputação dos escritores, estes, por sua vez, também fazem a reputação dos críticos: os autores (principalmente aqueles com muito prestígio) ao aceitarem um discurso crítico (por exemplo, convidando um crítico para prefaciar um livro) aceitam simultaneamente a autoridade do crítico e a sua legitimidade para avaliar literatura. Logo, a carreira de um crítico está intrinsecamente ligada ao sucesso dos autores que ele valoriza.Como medir o reconhecimento de um autor?1) vários críticos falarão do mesmo livro (analisá-lo-ão), esse e outros livros do mesmo autor;2) o público leitor comprará o livro;3) o autor obtém apoio financeiro através de bolsas e prémios;4) as editoras interessam-se por reeditar o livro e asseguram a publicação dos livros seguintes;5) o escritor passa a constar em antologias;6) é incluído nos curricula dos liceus e das universidades;7) consta nas histórias e nos dicionários de literatura.Um livro que cumpra todos estes requisitos merece, provavelmente, a designação de obra-prima e tem garantido um prazo de validade mais alargado. Decisivas, a esse respeito, são as alíneas 5), 6) e 7). Um livro que se fique pelas quatro primeiras alíneas tem um prazo de validade reduzido (não obstando a que no futuro possa ser recuperado e objecto de canonização).A crítica pode ser dividida em três espécies (complementares entre si):1) Jornalística;2) Ensaística;3) Académica.Uma obra que não passa pelo crivo destes três níveis de crítica corre o risco de cair no esquecimento. Hierarquicamente, a crítica jornalística é a menos prestigiada e aquela que possui menos autoridade, ao passo que a crítica académica tende a ser a mais legítima e aquela com maior estatuto social. Ora, a primeira tende a ser repreendida pela segunda como superficial e como incapaz de prestar atenção suficiente às obras importantes. Dito de outro modo, a crítica académica considera os seus critérios de selecção, interpretação e análise mais adequados dos que aqueles em que se estriba a crítica jornalística. Todavia, nenhum dos três níveis de crítica pode dizer que possui, em relação aos outros, uma melhor capacidade selectiva. Todas elas assentam em bases epistemológicas e metodológicas muito frágeis e se baseiam em premissas normativas e em juízos de valor sobre o que deve ser a boa literatura. Como é óbvio, uma afirmação assente em juízos de valor não é testável empiricamente, não pode ser nem confirmada nem falsificada. Logo, não há razão para nenhuma delas se assumir como mais bem fundamentada, como mais acertada ou como mais objectiva. Assim se percebe que os desacordos entre discursos críticos raramente sejam eliminados através de uma discussão racional ancorada em argumentos empíricos.Não se pretende com isto que a crítica deve proceder de outra forma. Apenas que talvez seja útil não esquecer estes aspectos quando falamos de crítica e questões adjacentes. E que o reconhecimento da crítica jornalística (que acompanha, comenta e analisa a literatura contemporânea, aquela que vai sendo publicada todas as semanas e todos os meses), apesar de todos os diagnósticos pessimistas e de todos os discursos da crise, continua a ser fundamental na criação da identidade dos escritores.Para uma análise mais desenvolvida, aconselho os textos de Cees J. Van Rees: "How a Literary Work Becomes a Masterpiece: on the threefold selection practised by literary criticism", Poetics, vol.12, nº 4/5, 1983, pp. 397-417 e "How Reviewers Reach Consensus on the Value of Literary Works", Poetics, vol.16, nº 3/4, 1987, pp.275-294.